A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões norte e centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 75.645 hectares..As zonas mais afetadas localizam-se nas regiões de Aveiro, Tâmega e Sousa e Viseu Dão Lafões, que totalizam 75.645 hectares de área ardida, 71% da área ardida em todo o território nacional..De acordo com o sistema Copernicus, que recorre a imagens de satélite com resolução espacial a 20 metros e 250 metros, a contabilização do total de área ardida desde domingo chega aos 106.222 hectares, perto do dobro em relação a terça-feira, quando a área ardida ascendia aos 62.646 hectares..Os incêndios que lavram desde domingo em Portugal continental, com incidência nas regiões centro e norte, onde já arderam mais de 75 mil hectares, causaram a morte de sete pessoas e deixaram 118 feridas, 10 das quais com gravidade..Além dos sete mortos e 118 feridos, 10 em estado grave e 49 com ferimentos ligeiros, mais de 50 pessoas foram assistidas nos teatros de operações, sem necessidade de hospitalização..Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, em Tábua, morreram na terça-feira quando se deslocavam para um incêndio naquele concelho do distrito de Coimbra. O município de Tábua decretou três dias de luto municipal e vai propor a atribuição da medalha de mérito e altruísmo aos três bombeiros..A primeira morte registada foi um bombeiro vítima de doença súbita, no domingo, quando combatia as chamas em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, tendo hoje centenas de pessoas, entre elas o Presidente da República e a ministra da Administração Interna, participado na missa que decorreu em São Mamede de Infesta, Matosinhos..Na segunda-feira, as autoridades anunciaram mais duas mortes no distrito de Aveiro, a de uma pessoa encontrada carbonizada e um óbito por ataque cardíaco. Na mesma noite, uma idosa que tinha a casa numa zona de fogo em Almeidinha, Mangualde, morreu de doença súbita, segundo fonte do Comando Sub-Regional Viseu Dão Lafões..Apesar da chegada, pelas 03:00, de 230 bombeiros espanhóis da Unidade Militar de Emergências para ajudar no combate aos incêndios, em algumas zonas do país a situação complicou-se hoje, com a alteração do vento e vários reacendimentos..Aveiro continuou a ser um dos distritos mais fustigados, com as chamas a lavrar com intensidade nos concelhos de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda, que se mantém como o mais complicado..Os incêndios em Albergaria-a-Velha e Oliveira de Azeméis entraram, entretanto, em fase de resolução e, pelas 22:00, a Proteção Civil acreditava que os trabalhos em Sever do Vouga seriam também favoráveis à resolução do fogo..Durante a madrugada, as chamas que lavravam em Castro Daire, no distrito de Viseu, alastraram-se aos concelhos vizinhos de São Pedro do Sul e de Arouca, no distrito de Aveiro, sendo que, neste último já destruiu cerca de dois quilómetros dos Passadiços do Paiva..No distrito do Porto, depois de uma "noite terrível" no concelho de Gondomar, os focos de incêndios começaram a ceder aos meios e o fogo entrou em fase de resolução pelas 20:30..Em Viseu, com especial incidência em Mangualde, Nelas e Castro Daire, e Vila Real, com focos maiores em Vila Pouca de Aguiar, os fogos continuaram também a gerar preocupação..Em Braga, após cinco dias em que os incêndios não deram tréguas aos operacionais no terreno, todos os incêndios estão em fase de resolução, nomeadamente os que lavravam nos concelhos da Póvoa de Lanhoso e de Vieira do Minho..Num balanço feito às 20:00, o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, destacou que as próximas 24 horas "vão continuar a ser muito complexas" no combate aos incêndios, que "têm ainda muita intensidade e energia"..Os incêndios obrigaram hoje ao corte de várias autoestradas e estradas nacionais no Porto, Aveiro, Vila Real e Viseu..De acordo com a última atualização feita pela GNR, pelas 20:40, no distrito do Porto, a estrada nacional 108 (EN108), que estava cortada entre a rotunda da A41 E Melres, no concelho de Gondomar, foi reaberta..Também no distrito de Vila Real, foi reaberta a estrada nacional 2 (EN2), na zona de Vila Pouca de Aguiar, e a estrada nacional 108 (EN108), na zona do Planalto de Monforte..No distrito de Viseu, a estrada nacional 231 (EN231), que estava cortada entre Vila Viçosa e Mourelos, em Cinfães, foi reaberta, permanecendo, no entanto, totalmente cortadas ao trânsito as estradas nacionais 228 (EN228), entre Figueira Alva - Fermentel, e entre Pindelo e Ponte Pedrinha, e 225 (EN225), entre Cabril e Pinheiros..Em Aveiro, permanecem também totalmente cortadas as estradas nacionais 333 (EN333), entre Talhadas e Águeda, e 326-1 (EN326-1), entre Canelas e Alvarenga..Pelas 16:10 já não havia autoestradas cortadas em Portugal continental..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões norte e centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 75.645 hectares..Estima-se que o perigo de incêndio rural comece a desagravar a partir de quinta-feira, dia em que são esperados aguaceiros, que, no entanto, só vão chegar na sexta-feira às regiões do Norte e Centro, as mais afetadas pelos incêndios..Várias personalidades já manifestaram o seu pesar e solidariedade pelas vítimas dos incêndios, nomeadamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do parlamento da Madeira, José Manuel Rodrigues, o patriarca de Lisboa, Rui Valério, e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco..O Rei Felipe VI de Espanha transmitiu ao Presidente da República a solidariedade do povo espanhol perante a "tragédia provocada pelos incêndios" em Portugal e a disponibilidade para "reforçar apoios aéreos"..O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.. A atuação de oito aviões ajudou a acalmar o incêndio que estava a causar mais preocupações em Vila Pouca de Aguiar, onde outros três fogos entraram em resolução, disse hoje o comandante sub-regional do Alto Tâmega.."Neste momento, a situação está mais calma. Foi muito importante termos aqui a utilização dos 'canadairs' que nos vieram dar uma ajuda importante, tínhamos uma frente com muita atividade que podia colocar em risco a vila de Vidago (Chaves)", afirmou Artur Mota..Os oito aviões, que chegaram a Portugal ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, atuaram depois das 18:30 no incêndio de Sabroso de Aguiar, onde o fogo lavrava com intensidade numa área de pinhal e se encaminhava para a zona de Vidago, já no concelho de Chaves..No total foram realizadas 24 descargas de água.."Estiveram em trabalho até à ultima, fizeram aqui as últimas descargas enquanto tinham autonomia e depois regressaram às bases", apontou Artur Mota..O responsável explicou que as descargas foram mais eficazes na parte superior, onde o terreno era mais plano e onde os aviões conseguiram fazer uma aproximação. "Onde fizeram as descargas, foram 100% eficazes", salientou..No resto da área onde descarregaram, explicou, permitiu arrefecer o combustível e possibilitou a colocação de um grupo de operacionais, com ferramentas manuais, para consolidação do resto deste incêndio que estava a causar preocupações..O responsável disse que cerca de 80% deste fogo está dominado e, segundo adiantou, os restantes três incêndios que lavravam no concelho entraram em fase de resolução..A noite será passada em trabalhos de consolidação e rescaldo. Pelos quatro incêndios no concelho estão espalhados cerca de 130 homens.."Sempre atentos, porque temos muitas aldeias ali pelo meio e não podemos estar a descurar, mas durante a noite vamos ter uma situação muito mais calma", anteviu..Com as condições meteorológicas mais favoráveis durante a noite, com menos vento, baixas temperaturas e alguma humidade, vai ser possível, frisou, dar algum descanso aos operacionais para que, na quinta-feira, estejam preparados para possíveis reativações..O alerta para o primeiro incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi dado pelas 07:30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje.. O incêndio que deflagrou em Arouca terça-feira à noite já destruiu cerca de dois quilómetros dos Passadiços do Paiva e continua a lavrar com "média intensidade", informou hoje a autarquia, que decidiu continuar com as escolas fechadas na quinta-feira..Em causa está o fogo que, alastrando a partir de Castro Daire, no distrito de Viseu, rapidamente gerou três frente ativas no concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, em concreto na zona de Alvarenga, na de Covêlo de Paivó e Janarde, e na de Canelas e Espiunca..No balanço do dia feito à Lusa, fonte da autarquia disse que continuam cercadas várias freguesias do território, que, classificado como Geoparque da UNESCO, se distribui por 329,11 quilómetros quadrados, 85% dos quais de área florestal..Após o alerta da presidente da câmara municipal, que ao início da tarde dizia ter meios insuficientes no combate ao incêndio, às 21:00 estavam no terreno 187 bombeiros de 10 corporações, 10 militares da GNR, quatro técnicos do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, e ainda 30 operacionais do Afocelca - Agrupamento Complementar de Empresas para Proteção Contra Incêndios, sendo todos esses recursos apoiados por 40 veículos..Os Passadiços do Paiva, que estavam encerrados ao público desde segunda-feira, devido à ameaça de incêndio, foram parcialmente destruídos, numa extensão que, embora de início confinada ao troço entre a escadaria da Ponte de Alvarenga e a ponte suspensa "516 Arouca", está agora avaliada na ordem dos dois quilómetros..A zona mais preocupante ao início da noite continuava a ser, segundo a câmara, Ponte de Telhe, já que, se o fogo transpuser o rio Paivó, poderá a partir daí alastrar para novas frentes de combustão -- como aconteceu no incêndio de 2016, que destruiu cerca de 8.600 hectares em Arouca e, galgando para o município vizinho de São Pedro do Sul, ainda aí consumiu mais 17.000..Além de Ponte de Telhe, estão confinadas as aldeias de Telhe, Celadinha, Covêlo de Paivô, Meitriz, Regoufe, Silveiras, Vila Galega, Vila Nova, Várzeas, Bustelo, Vilarinho, Vila Cova, Serabigões e Mealha. De alguns desses povoados foram retirados os habitantes com mobilidade reduzida, assim conduzidos para casa de familiares..A câmara informou ter também fechado todos os estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho, afetando as escolas-sede dos agrupamentos de Arouca e Escariz ao acolhimento exclusivo de "filhos e dependentes dos profissionais diretamente envolvidos nas operações de socorro"..Encerrados estiveram igualmente os complexos desportivos municipais de Arouca e Escariz, que, tal como as escolas, se manterão fechados na quinta-feira. A medida prende-se sobretudo com a má qualidade atmosférica, mas acautela também eventuais dificuldades de circulação, já que as estradas EM 505 e o CM 1227 já reabriram ao trânsito, mas continuam cortadas nos dois sentidos a EN 326-1, no troço entre o Alto do Gamarão e Alvarenga, e a EM 510, no trajeto entre Ponte de Telhe, Covêlo de Paivó e Janarde..Nos vários incêndios ainda a lavrar em diferentes municípios das regiões Norte e Centro do país, desde domingo já morreram sete pessoas..Nesses fogos dos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, outras cerca de 120 pessoas ficaram feridas, 10 das quais com gravidade, e houve ainda a registar a destruição de dezenas de casas..Segundo o sistema europeu de observação terrestre Copernicus, a área ardida em Portugal continental ultrapassa desde então os 62.000 hectares, dos quais 47.376 só no território Norte e Centro..Face à dimensão desses incêndios, o Governo declarou o estado de calamidade em todos os municípios afetados e, atendendo às previsões meteorológicas, alargou até quinta-feira a situação de alerta..Dois dos quatro grandes incêndios que lavram no distrito de Aveiro, com um perímetro global de 300 quilómetros, já estão em resolução e há perspetivas de um terceiro entrar em resolução esta noite, informou a proteção civil.."Foi um dia bom hoje", observou o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre, durante um 'briefing', realizado pelas 21:30, no centro de comando distrital, em Oliveira de Azeméis..Mário Silvestre começou por registar a evolução positiva da situação, adiantando que os incêndios de Albergaria-a-Velha e de Oliveira de Azeméis já estão em resolução e os trabalhos na frente de Sever do Vouga "também correm de forma muito favorável".."Conto durante a noite de hoje, e não muito tarde, dar o incêndio de Sever do Vouga também em resolução, se correr tudo como previsto", afirmou..Relativamente ao incêndio na zona de Águeda, o comandante explicou que houve "uma rotação do vento" para sul, que "foi bastante positivo para o combate"..Neste momento, segundo Mário Silvestre, não há o risco de o incêndio galgar as fronteiras do concelho e passar para os municípios vizinhos de Anadia, Mortágua e Tondela, como alertou esta tarde o presidente da Câmara de Águeda, em declarações à Lusa.."Temos, neste momento, máquinas de rasto a trabalhar na zona de Cumeada virado a Sever do Vouga e aquilo que estamos a tentar é fechar toda essa zona e esse flanco, garantindo que este incêndio deixa de ter qualquer tipo de capacidade para fazer essa transposição dessa linha de cumeada", explicou..Mário Silva referiu ainda que o dispositivo está a ser reforçado com militares que vão participar em operações de patrulhamento e vigilância, de forma a libertar meios de combate para outro tipo de ocorrências no resto do país.."O trabalho vai-se manter. É preciso estar muito vigilante. Está tudo muito quente. Nós temos muitos pontos quentes. O perímetro é enorme. Eu tenho falado de 100 quilómetros, mas a última vez que medimos era de cerca de 300 quilómetros", adiantou o responsável.. A circulação na Linha do Douro foi suspensa entre Mosteirô e Ermida, em Baião, devido à proximidade do incêndio que lavra naquele concelho do distrito do Porto, indicou hoje a Infraestruturas de Portugal (IP)..Fonte oficial da IP referiu que o fogo lavra "nas imediações da via, junto a Juncal"..Pelas 19:00, o presidente da Câmara de Baião afirmou à Lusa que o incêndio na serra do Marão, no concelho de Baião, deveria entrar em fase de resolução nas próximas horas, tendo as pessoas que foram retiradas das aldeias já começado a regressar às suas casas.."Se se mantiverem as condições atmosféricas, a expectativa é que o incêndio fique resolvido nas próximas horas", disse Paulo Pereira..O autarca referia-se apenas ao incêndio que atingiu a encosta da Serra do Marão que faz parte do concelho de Baião e que tinha começado no concelho vizinho de Santa Marta de Penaguião, no distrito de Vila Real..Paulo Pereira adiantou ainda que das 15 pessoas que tinham sido retiradas das aldeias de Mafômedes e Gavinho, como medida de precaução, duas já regressaram e as restantes, devido à idade, deverão ser transportadas para as suas casas nas próximas horas..O presidente da Câmara de Baião sublinhou ainda o trabalho que está a ser feito de "proteção contínua", com homens dispostos no terreno a observar a possibilidade de reacendimentos..Quanto ao fogo que começou na terça-feira, pelas 02:55, na zona de Carneiro, Bustelo e Carvalho de Rei (serra da Aboboreira), em Amarante (Porto), fonte dos Bombeiros Voluntários disse à Lusa que "o incêndio ainda está ativo, mas a evoluir favoravelmente..De acordo com a mesma fonte, "já não há pessoas ou bens em risco", estando no local cerca de 90 operacionais..Os Bombeiros de Leça de Balio, em Matosinhos, no distrito do Porto, alertaram hoje para um falso peditório que está a ser feito em nome da associação, salientando que "nada têm a ver" com aquele apelo..Em declarações à Lusa, fonte da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntário de Leça do Balio (AHBVLB) confirmou que "várias pessoas" entraram em contacto com a associação a questionarem sobre um alegado peditório que estava a ser feito em nome daqueles operacionais..Numa publicação na rede social Facebook, a AHBVLB alerta para um apelo de donativos em dinheiro, via MBway, que está a circular, referindo que "nunca pediu" ao autor daquele apelo para realizar peditório algum.."Recebemos vários telefonemas sobre uma recolha de donativos por Mbway em nosso nome que está a ser feita por um Nuno Novo. Nós não sabemos quem é este senhor e não pedimos a ninguém que recolha donativos por nós", referiu a fonte..Segundo a mesma fonte, "quem ligou referiu que o mesmo peditório está a ser feito em nome de outras corporações"..A corporação de Leça do Balio é uma das que está mobilizada para vários dos incêndios que lavram Norte do país desde domingo..Quatro estradas nacionais que estavam parcialmente cortadas ao trânsito nos distritos do Porto, Vila Real e Viseu, devido aos incêndios que assolam a região Centro e Norte, já foram reabertas, indicou a GNR..Num balanço feito cerca das 20:40, a GNR indica que, no distrito do Porto, a estrada nacional 108 (EN108), que estava cortada entre a rotunda da A41 E Melres, no concelho de Gondomar, foi reaberta..Também no distrito de Vila Real, foi reaberta a estrada nacional 2 (EN2), na zona de Vila Pouca de Aguiar, e a estrada nacional 108 (EN108), na zona do Planalto de Monforte..No distrito de Viseu, a estrada nacional 231 (EN231), que estava cortada entre Vila Viçosa e Mourelos, em Cinfães, foi reaberta, permanecendo, no entanto, totalmente cortadas ao trânsito as estradas nacionais 228 (EN228), entre Figueira Alva - Fermentel, e entre Pindelo e Ponte Pedrinha, e 225 (EN225), entre Cabril e Pinheiros..Em Aveiro, permanecem também totalmente cortadas as estradas nacionais 333 (EN333), entre Talhadas e Águeda, e 326-1 (EN326-1), entre Canelas e Alvarenga..Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares..O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.. As próximas 24 horas "vão continuar a ser muito complexas" no combate aos incêndios que lavram há vários dias nas regiões Norte e Centro de Portugal Continental, alertou hoje o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil..Numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), para fazer o ponto de situação às 20:00 do combate aos incêndios que lavram no país, André Fernandes destacou que "em particular a madrugada e o dia de amanhã [quinta-feira] vão continuar a ser muito complexas",.De acordo com o responsável, os incêndios "têm ainda muita intensidade e energia"..Oito aviões reforçaram ao final da tarde o combate ao incêndio que estava a lavrar em "grande escala" na zona de Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, disse a presidente da câmara.."Chegaram agora ao final da tarde e em boa hora porque estávamos a ficar com uma situação incontrolável. Estão a atuar e estamos a ficar um pouco mais descansados", afirmou Ana Rita Dias à agência Lusa..Este incêndio progride numa zona de pinhal, aproximava-se da aldeia de Freixeda e avançava em direção a Vidago, já no concelho de Chaves..A atuação dos oito meios aéreos poderá ajudar, segundo a autarca, a "respirar um pouco mais de alívio depois de três dias intensos e de preocupação"..Foram três dias de pedidos insistentes de reforço de meios e de apoio aéreo ao combate por parte da autarca e do comandante dos bombeiros deste concelho do distrito de Vila Real..A atuação dos aviões está condicionada à luz do dia e esta é a frente ativa que, no município, estava a causar mais preocupações aos profissionais..A meio da tarde, o comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Hugo Silva, disse à Lusa que este incêndio estava a avançar "completamente incontrolável" numa zona de pinhal, com meios insuficientes para o combate, numa altura que estavam cerca de 130 operacionais no terreno..O alerta para o primeiro incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi dado pelas 07:30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje..Ana Rita Dias referiu que, pelas 19:30, estavam em resolução as frentes de Guilhado, Quintã e Parada, mantendo-se alguns focos ativos em Bornes de Aguiar, onde estão algumas equipas a intervir..De Vila Pouca de Aguiar, as chamas galgaram para o concelho de Vila Real, por Covelo e Samardã, onde atuaram hoje cerca de 100 operacionais, com a situação a estar mais controlada ao final da tarde..Ana Rita Dias já disse que em apenas três das 14 freguesias do concelho não houve alerta de incêndio desde segunda-feira, antevendo prejuízos enormes na floresta e agricultura..O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, reclamou hoje a demissão dos responsáveis pela coordenação técnica operacional na sequência das três mortes de bombeiros de Tábua, afirmando que o sistema falhou..Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha morreram na terça-feira quando se deslocavam para um incêndio rural junto à aldeia de Vila do Mato, na freguesia de Midões, no concelho de Tábua, distrito de Coimbra..Em declarações após a missa fúnebre do bombeiro João Silva, da corporação de São Mamede de Infesta (Matosinhos) que morreu no domingo em Oliveira de Azeméis, António Nunes, sem nunca citar nomes ou cargos, apontou o dedo a quem considera serem os responsáveis.."Se nós aceitamos um determinado modelo temos de tirar as consequências desse modelo", começou por dizer o responsável da Liga, logo depois deixando uma garantia: "Se me acontecesse aquilo que está a acontecer imediatamente ter-me-ia demitido perante a morte de três bombeiros (...) que morreram queimados"..Defendendo que estes quatro bombeiros "representam aquilo que de mais nobre há, que é a vida e que perderam a vida", António Nunes insistiu que perante esta circunstância [da morte] não se "pode ter nenhuma dúvida sobre o que fazer".."Se o sistema falhou alguém tem de tirar essas conclusões. Eu saberia tirá-las", reiterou..Questionado se estava a pedir a demissão da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, respondeu: "Não estou [a falar] ao nível político. Estou a falar ao nível daquilo que é a coordenação técnica operacional, não ao nível político".."A Liga dos Bombeiros nunca deve discutir as questões políticas. Estamos a falar, exatamente, do sistema", esclareceu..Setenta e quatro pessoas estão atualmente presas ou detidas em prisões do país à ordem de processos por crimes de incêndios florestais, informou hoje a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP)..Em resposta à agência Lusa, a DGRSP especificou que, entre este total, existem no sistema prisional 58 reclusos condenados e 16 outros preventivos a aguardar julgamento..A Polícia Judiciária (PJ) disse na segunda-feira que já deteve pelo menos 29 pessoas por suspeitas de incêndio florestal em 2024, num registo próximo daquele que foi alcançado no mesmo período do ano passado..De acordo com as informações facultadas à Lusa, os dados consolidados da PJ indicam 20 detidos até ao final de agosto, tendo entretanto o órgão de polícia criminal divulgado em setembro pelo menos outros nove comunicados de detenções de suspeitos pelo crime de incêndio florestal, em localidades tão diversas como Alvaiázere, Condeixa-a-Nova, Montalegre, Braga, Mondim de Basto, Loures, Tabuaço, Murça ou Vila Nova de Gaia..Os 29 detidos até à data ficam abaixo das 35 detenções efetuadas pela PJ por suspeitas de incêndio florestal entre janeiro e setembro de 2023, mas ainda restam cerca de duas semanas até ao final do mês, pelo que o número de detidos pode subir e alcançar o registo de 2023..Nos últimos dias, fortes incêndios estão a afetar o centro e norte do país, a GNR já informou da detenção de pelo menos sete pessoas suspeitas de terem ateado fogos florestais naquelas zonas e a PSP anunciou hoje a detenção de um homem por provocar um pequeno incêndio junto à estação de Metro de Matosinhos, Porto..Um bombeiro de 36 anos ficou hoje ferido num braço após ter sido atacado com uma forquilha por um popular, entretanto detido, aquando do combate de um incêndio em Resende, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.."O bombeiro andava em combate ao incêndio e reparou que o senhor ia com a forquilha atacar o colega e ele meteu-se à frente e acabou ferido no braço", disse o adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários de Resende, Luís Loureiro..O bombeiro em causa, de 36 anos, "foi agredido pelas 14:50, foi levado para o Hospital de Lamego e, felizmente, não sofreu lesões no osso nem nos tendões. Levou alguns pontos e já teve alta"..Luís Loureiro disse ainda à agência Lusa que o civil em causa, um homem com mais de 50 anos, "foi, entretanto, detido pela GNR que imediatamente chegou ao local, até porque andavam no teatro de operações".."Não sei o que o levou a fazer isso. O senhor tem ali naquela zona uma série de animais, desde vacas e cavalos. Não sei, sinceramente, nem o meu bombeiro sabe o que o levou a fazer aquilo", sublinhou..O adjunto lamentou ainda o facto de existirem "pessoas que exigem aos bombeiros, quando chegam aos teatros de operações, que façam o que elas querem e não o que tem de ser feito".."Eu próprio já tive várias abordagens nesse sentido, de me dizerem para onde devo ir e o que devo fazer e isso acontece muito aos bombeiros, porque cada pessoa quer salvar o que é seu. Mas somos nós que decidimos o que fazer e isso às vezes provoca reações menos boas", apontou o adjunto do comando de Resende..O incêndio que se mantinha ativo, entretanto, disse Luís Loureiro, "já está controlado"..Uma reativação com alguma intensidade hoje no Alto de Fiães, Alijó, está a ser combatida por 112 operacionais com o apoio de 33 viaturas, disse o segundo comandante sub-regional do Douro da Proteção Civil..O fogo deflagrou pelas 18:00 de terça-feira, esteve em resolução e reativou durante a tarde na zona do Alto de Fiães, freguesia de Vilar de Maçada, no concelho de Alijó..José Requeijo disse à agência Lusa que os operacionais estão a ser posicionados e que o incêndio tem duas frentes ativas, mas "a ceder aos trabalho dos meios terrestres".."Não temos, para já, habitações em perigo, arde mato e pinhal, os trabalhos estão a decorrer favoravelmente para as equipas que estão no terreno", afirmou o comandante..O homem, de 55 anos, que foi detido por suspeita de ter ateado um incêndio florestal em Cacia, Aveiro, vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva, informou hoje a Polícia Judiciária (PJ)..Em declarações à Lusa, a mesma fonte referiu que o suspeito foi presente hoje a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa..Na terça-feira, a PJ anunciou a detenção, em colaboração com a GNR, do presumível autor do incêndio ocorrido na madrugada de domingo em Cacia..Segundo a Judiciária, o incêndio, que ocorreu numa zona de extensa mancha florestal, tendo nas proximidades várias habitações e instalações industriais, foi provocado "com recurso a chama direta" e "só não atingiu grandes dimensões graças à pronta deteção e combate do mesmo"..A mesma nota refere que não foi possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação..Ainda de acordo com a PJ, o detido é também suspeito de, num passado recente, ter ateado, nas proximidades, pelo menos outros dois fogos, designadamente no Monte do Paço e em Mataduços e "revela uma propensão para a repetição do comportamento incendiário, tendo inclusive cumprido já pena de prisão pelo mesmo tipo de crime"..O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, disse hoje haver "grande vontade" do Governo e dos autarcas da região Norte para andarem depressa nos apoios às vítimas dos incêndios.."Eu diria que era impossível andar mais depressa do que estamos a fazer", afirmou, em declarações aos jornalistas..O Manuel Castro Almeida falava no final de uma reunião que realizou com autarcas da região Norte, em Penafiel, no distrito do Porto, acompanhado por cinco secretários de Estado, de várias áreas de atuação..No encontro, os representantes dos municípios elencaram ao Governo as situações mais gravosas nos seus territórios.."Os assuntos foram sinalizados, o levantamento formal vai começar amanhã [quinta-feira]", referiu, acentuando que as situações mais comuns referidas pelos autarcas têm a ver com casas ardidas.."Há várias casas de primeira habitação que têm de ser recuperadas rapidamente", observou, indicando que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte vai fazer chegar às câmaras um inquérito para que possam explicitar as diferentes naturezas dos danos"..Referiu ainda que, a partir de quinta-feira, a CCDR Norte já "estará disponível para ir com as câmaras ao terreno" para começar as avaliações dos problemas e calcular o montante dos danos"..Castro Almeida informou que a CCDR Centro já esteve hoje no terreno a avaliar as casas e as fábricas que arderam naquela região..Reafirmando a vontade de se "fazer tudo muito rapidamente, para ajudar as pessoas em dificuldades", sinalizou, porém, que tudo tem de ser feito "com grande segurança".."Às vezes, há apetites de pessoas de poderem usar estes fundos para meios indevidos e abusar da boa vontade do Estado", avisou, apontando para a necessidade de "conciliar um princípio de grande rigor, certeza e segurança, sem atrasar demasiado o processo, por uma questão de humanidade, porque há pessoas que estão à espera"..Reportando-se às situações em que agricultores do Norte "perderam tudo" o que tinham com os incêndios dos últimos dias, sinalizadas pelos autarcas, considerou que essas situações devem ser prioritárias nos apoios.."Muitas vezes, em zonas agrícolas, os agricultores dependem totalmente dos animais que têm em casa, do campo que têm à porta e do seu celeiro. Portanto, se ardeu tudo isto, ele está na iminência de ficar sem nada, sem ter o que comer. Isto vai ser objeto de atenção particular", destacou aos jornalistas..Indicou ainda que a reconstrução de escolas e centros de saúde afetados pelos incêndios também será prioritária..O apoio será realizado a partir de dois níveis: o municipal e o governamental.."O primeiro nível de intervenção é o das câmaras municipais, o Governo entra num nível de intervenção, onde as câmaras não podem chegar, que exige mais recursos financeiros", disse..Contudo, para o ministro, "o centro do apoio vai estar nas câmaras por estarem mais próximas dos problemas"..Questionado sobre os montantes que vão ser disponibilizados, referiu que essa questão só será definida quando for concluído o levantamento dos estragos.. O incêndio na serra do Marão, concelho de Baião, deverá entrar em fase de resolução nas próximas horas, tendo as pessoas que foram retiradas das aldeias já começado a regressar às suas casas, disse à Lusa o presidente da câmara.."Se se mantiverem as condições atmosféricas, a expectativa é que o incêndio fique resolvido nas próximas horas", disse Paulo Pereira..O autarca referia-se apenas ao incêndio que atingiu a encosta da Serra do Marão que faz parte do concelho de Baião e que tinha começado no concelho vizinho de Santa Marta de Penaguião (Vila Real)..Paulo Pereira avançou ainda que, das 15 pessoas que tinham sido retiradas das aldeias de Mafômedes e Gavinho, como medida de precaução, duas já regressaram e as restantes, devido à sua idade, deverão ser transportadas para as suas casas nas próximas horas..O presidente da Câmara de Baião sublinhou o trabalho que está a ser feito de "proteção contínua", com homens dispostos no terreno a observar a possibilidade de reacendimentos..Quanto a um fogo que começou na terça-feira, às 02:55, na zona de Carneiro, Bustelo e Carvalho de Rei (serra da Aboboreira), em Amarante (Porto), fonte dos Bombeiros Voluntários disse à Lusa que "o incêndio ainda está ativo, mas a evoluir favoravelmente..De acordo com a mesma fonte "já não há pessoas ou bens em risco", estando no local cerca de 90 operacionais..Um homem de 41 anos foi hoje detido por suspeita de ter ateado um incêndio com um isqueiro em terrenos junto à estação do metro Fonte do Cuco, em Matosinhos, disse hoje a PSP..Em comunicado, a PSP refere que o suspeito estava na estação de metro, dirigiu-se para a vedação que divide o cais com os terrenos ali existentes, baixou-se e provocou a ignição de um foco de incêndio naquele local.."Populares que se encontravam na estação de imediato acorreram ao local, munindo-se de garrafas de água e envidando esforços conjuntos conseguiram a extinção do foco de incêndio", afirma, acrescentando que o homem, "verificando a pronta intervenção das pessoas e a sua indignação, fugiu" a pé pela linha do metro em direção a Custóias..Os seguranças do metro, que transmitiram à PSP a informação, conseguiram intercetar o suspeito na estação de Custóias..A PSP, que já tinha sido acionada, "chegou momentos após, procedendo à detenção" do homem, desempregado e residente na Maia..O detido será presente às autoridades judiciárias na quinta-feira..O incêndio que começou na segunda-feira em Paços de Ferreira e passou para Santo Tirso "está dominado" e pelas 18:50 de hoje decorriam operações de rescaldo e vigilância, disse fonte dos bombeiros..À Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Pedro Santos, adiantou que todas as pessoas que tinham sido retiradas de casa por precaução já regressaram a casa.."Ainda há cerca de uma hora fizemos o retorno de uma pessoa à sua habitação", adiantou..No terreno, e segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estão 84 operacionais, apoiados por 28 viaturas..À Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Pedro Santos, explicou que o fogo que lavra "em vários pontos do concelho, com "várias frentes ativas", teve início no município vizinho de Paços de Ferreira, distrito do Porto.."Neste momento temos uma das frentes dominadas, mas há várias frentes. A situação começa a ficar mais tranquila, a previsão é que o vento diminua [de intensidade] nas próximas horas e esperamos, com isso, que o fogo nos dê algumas tréguas", disse pelas 11:00, adiantando que no terreno estavam 102 operacionais, apoiados por 32 viaturas e um meio aéreo..Segundo aquele operacional, "durante esta madrugada houve casas em risco, foram evacuadas por precaução"..Fonte da autarquia disse à Lusa que a maioria das pessoas retiradas esta madrugada de casa são idoso que, contudo, já regressaram às suas habitações esta manhã..Os doentes com pulseira azul e verde, que estavam a ser reencaminhados para o Centro de Saúde, voltam a ser atendidos na Urgência do Hospital de Aveiro, anunciou hoje a administração..A Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro, (ULS RA), decidiu revogar algumas das medidas tomadas no Plano de Emergência, face à redução da procura devido aos incêndios.."Face à diminuição da procura de prestação de cuidados por parte da população, decorrente da vaga de incêndios na região, e com o objetivo de não prejudicar a atividade programada, o Conselho de Administração da ULS RA decidiu manter o Plano de Emergência/ Catástrofe, "adotando, no entanto, medidas que tendem à normalização dos serviços"..A partir das 08:00 de quinta-feira, o Serviço de Urgência de Aveiro já vai atender os doentes triados com as pulseiras azul e verde, anuncia aquela entidade..Durante dois dias, esses doentes foram sendo encaminhados para o Centro de Saúde de Aveiro, com a colaboração da Cruz Vermelha no transporte..Os Serviços de Atendimento Complementar (SAC) dos Centros de Saúde de Aveiro e Albergaria retomam o seu funcionamento normal, à exceção de Sever do Vouga, que vai continuar aberto das 08:00 às 20:00.. "O Serviço de Urgência Básica de Águeda está a funcionar com normalidade, sendo que, caso a procura aumente, as unidades do Centro de Saúde do Concelho estarão disponíveis para apoio", esclarece..Apesar da situação estar a normalizar, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro "mantém a monitorização, com grande proximidade junto da Proteção Civil Distrital, podendo alterar as medidas, caso se justifique".. região do Ave tem todos os incêndios em fase de resolução, nomeadamente os que ainda hoje lavravam nos concelhos da Póvoa de Lanhoso e de Vieira do Minho, no distrito de Braga, indicou a Proteçao Civil..Em declarações à agência Lusa, pelas 18:30, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave, Rui Costa, deu conta de que todos os incêndios que estavam hoje ativos na região estão "em fase de resolução", após cinco dias (desde sábado) em que os incêndios não deram tréguas aos operacionais no terreno..O incêndio que deflagrou na manhã de segunda-feira, na freguesia de Riodouro, concelho de Cabeceiras de Basto, prolongando-se até terça-feira, foi o mais grave nesta região, destruindo duas casas, uma de primeira habitação, e consumiu ainda uma terceira parcialmente..Outros incêndios, como os que atingiram os concelhos da Póvoa de Lanhoso, de Vieira do Minho e de Guimarães, causaram preocupação devido à proximidade de casas, mas os operacionais conseguiram proteger as habitações..Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares..Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos..O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas..O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, confirmou hoje que o incêndio que lavra naquele concelho desde segunda-feira "está dominado" e em resolução, esperando-se que o rescaldo seja feito "nas próximas horas".."Neste momento o incêndio está dominado, tecnicamente em resolução. Entrará, nas próximas horas, na fase de rescaldo se não houver surpresas entretanto", disse à Lusa pelas 17:50 o também presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto..O incêndio em Gondomar deflagrou na segunda-feira e atingiu as zonas de Medas, Jovim, Jancido (Foz do Sousa) e Melres, bem como em Gens.."O incêndio foi cedendo sobretudo devido à inexistência de vento durante o dia e, entretanto, devido ao reforço de meios aéreos", acrescentou..Marco Martins disse ainda esperar que o rescaldo "durante o dia de amanhã [quinta-feira] possa ficar concluído", caso não haja más surpresas durante a noite.."Vamos ver. Não se podem criar demasiadas expectativas. Vamos estar vigilantes e aguardar", concluiu..Pelas 15:20, já tinha sido dado pela Proteção Civil como em resolução, algo agora confirmado pelo presidente da autarquia..À hora do almoço, a Câmara de Gondomar tinha informado que dos quatro focos de incêndio a lavrar desde segunda-feira no concelho apenas um, em Medas, continuava ativo, estando as outras três frentes, Jovim, Jancido e Melres, a ceder aos meios..No total, há a registar oito bombeiros feridos, seis na segunda-feira, dia em que deflagrou o incêndio, e dois na terça-feira, um deles em estado grave, que continua hospitalizado..Ainda segundo os dados disponibilizados, "não há desalojados nem perdas de primeiras habitações".."Contudo, há registo de danos em estruturas anexas e armazéns de apoio e em duas oficinas, em Jovim", acrescenta..Foram realizadas evacuações preventivas em Covelo, Jancido (Foz do Sousa), e Branzelo (Melres)..Ao início da manhã, em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia, Marco Martins, apelou às autoridades para que disponibilizassem mais meios para o combate ao incêndio, afirmando que já não havia bombeiros para substituir os que estavam "exaustos no terreno".."A noite foi terrível, as populações foram inexcedíveis e os bombeiros foram incansáveis, mas é um dia que começa dramático", sobretudo na zona sul do concelho, em Medas.. A Unidade Local de Saúde de São João (ULSSJ), no Porto, tem recebido e respondido a utentes preocupados com a qualidade do ar devido aos incêndios, disse hoje à Lusa a responsável dos cuidados de saúde primários.."Contactam-nos por telefone e 'email', por exemplo, porque estão preocupados e, naturalmente, recorrem a nós [profissionais de saúde dos centros de saúde] para esclarecer dúvidas como o uso ou não de máscara ou levar ou não as crianças à escola", descreveu a diretora clínica dos Cuidados de Saúde Primários da ULSSJ, estrutura hospitalar do Porto, um dos distritos mais afetados pelos incêndios que assolam o país desde domingo..Em declarações à agência Lusa, Lígia Silva contou que "vários" utentes têm pedido orientações e mostram preocupações com o nível de poluição no ar..Salvaguardando que as recomendações são diferentes, dependendo da área geográfica em que cada pessoa está, a diretora aproveitou para frisar: "é muito importante seguir as recomendações da Proteção Civil e da Direção-Geral da Saúde e proteger-se"..Sobre o uso de máscara, Lígia Silva defendeu que esta prática "é uma boa medida de prevenção, mas não de uso generalizado para toda a população", sendo de especial importância "para as pessoas com mais vulnerabilidade [crianças, grávidas, idosos] e pessoas com patologia respiratória".."Depende dos níveis de exposição. É importante fazer um uso racional da saúde", sublinhou..Segundo a especialista, as partículas presentes no ar podem provocar a irritação das vias aéreas e aumentar secreções que podem ser confundidas com outros sintomas, pelo que pediu "atenção a sintomas como irritabilidade da garganta, muita expetoração e tosse persistente".."Nesta fase, o importante é que as pessoas estejam atentas aos sinais de alarme e se tiverem um agravamento de doença deem contactar o SNS24. Os casos leves e moderados podem ser vistos nos cuidados de saúde primários e os mais graves encaminhados para as urgências", sintetizou..Outro dos conselhos é manter uma boa hidratação, evitar grandes esforços, só sair de casa para deslocações necessárias e manter portas e janelas fechadas.."Mas, uma pessoa residente no Porto tem recomendações diferentes de quem vive em Campo [freguesia de Valongo próxima de Gondomar, concelho atingido pelos incêndios] por exemplo. É muito importante seguir o que diz a DGS e a Proteção Civil", reforçou..Cerca de 340 hectares do concelho de Oliveira do Hospital foram destruídos pelas chamas no sábado, faltando ainda contabilizar a área ardida na terça-feira, revelou hoje o presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo..Em declarações à agência Lusa, o autarca de Oliveira do Hospital explicou que em menos de oito horas foram consumidos cerca de 340 hectares do seu concelho, depois do incêndio de Seia ter atravessado de Paranhos para Seixo da Beira.."Agora falta contabilizar a área ardida durante o dia de ontem [terça-feira]. Já está a ser feito o levantamento da área ardida e dos danos", informou..De acordo com José Francisco Rolo, o incêndio que atingiu o concelho na terça-feira ficou resolvido durante a manhã de hoje, vivendo-se agora "um momento estável e controlado".."Não há nenhum incêndio ativo no concelho. Está tudo tranquilo, mas em vigilância e alerta permanente, depois de Oliveira do Hospital ter estado cercada pelas chamas", evidenciou..O autarca recordou que na terça-feira tiveram "a norte um fogo a cercar Oliveira do Hospital do lado de Nelas e outro na zona das Caldas da Felgueira, também do lado de Nelas".."As chamas também nos cercaram do lado de Oliveira do Conde, concelho de Carregal do Sal, e ainda do lado do concelho de Tábua", acrescentou..À Lusa, disse ainda que durante a madrugada de hoje, por volta das 01:30, registou-se mais uma ocorrência entre Lagares da Beira e Meruge que, atendendo à hora e ao facto de a zona "estar tranquila", "levanta suspeitas de fogo posto".."Depois de dias com grande preocupação, com o concelho de Oliveira do Hospital cercado por várias ocorrências de grande dimensão, felizmente conseguimos acorrer com meios. Deixo uma palavra de reconhecimento e apreço ao esforço e organização dos bombeiros e a boa coordenação de meios", concluiu..Centenas de pessoas, entre elas o Presidente da República e a ministra da Administração Interna, participaram hoje, em São Mamede de Infesta, Matosinhos, na missa do bombeiro que morreu no domingo no combate ao incêndio em Oliveira de Azeméis..Na cerimónia que decorreu no quartel da corporação de bombeiros local participaram também o bispo D. Américo Aguiar, na qualidade de Capelão Nacional da Liga dos Bombeiros, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes..A missa de corpo presente demorou cerca de meia hora, saindo o corpo do quartel ao som da "sirene a chorar" e sendo transportado ao longo de um trajeto de 50 metros por colegas bombeiros, muitos emocionados..O corpo seguiu depois para o Tanatório de Matosinhos para ser cremado..Após o carro fúnebre abandonar o local, Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra Margarida Blasco mantiveram-se em silêncio preferindo não falar à comunicação social..João Silva, conhecido como o "30", morreu no domingo vítima de morte súbita, na pausa para refeição no combate que travava contra o incêndio na freguesia de Pinheiro da Bemposta, concelho de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro..O bombeiro ainda foi assistido no local por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica, mas acabou por não resistir..No mesmo dia, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e a sua equipa prestaram-lhe uma homenagem, considerando-o um "exemplo nacional de alguém que deu a vida pelo próximo"..No Tanatório de Matosinhos, cerca de duas dezenas de populares, alguns empunhando rosas brancas, esperaram o carro funerário que transportava João Silva, para prestar uma última homenagem ao bombeiro.. O presidente da Câmara de Sever do Vouga, Pedro Lobo, disse hoje acreditar que o incêndio que lavra neste concelho do distrito de Aveiro só fique resolvido quando chegar a chuva, contrariando as previsões da proteção civil.."Não tenho perspetivas de que [o incêndio] se resolva hoje. Não tenho perspetivas sequer que se resolva amanhã [quinta-feira], se não chover. Só acredito que isto se resolva quando vier a chuva", disse à Lusa o autarca..Num 'briefing' realizado ao início da tarde sobre os fogos no distrito de Aveiro, o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil disse que o incêndio em Sever do Vouga estava a evoluir de forma "muito favorável" e poderia "a breve trecho" entrar em fase de resolução..No entanto, o presidente da Câmara diz que o fogo está longe de ficar resolvido, adiantando que, neste momento, há quatro focos de incêndio no concelho, nas freguesias de Talhadas, Sever do Vouga e na União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas..Esta última zona é aquela que mais preocupa o autarca, porque "o fogo está a arder no mato, mas está próximo de habitações e empresas".."Temos meios no local, mas poderão não ser suficientes", disse Pedro Lobo, acrescentando que os meios aéreos não puderam atuar hoje nesta zona devido ao fumo que se faz sentir..O presidente da Câmara referiu ainda que, até ao momento, o incêndio consumiu uma área florestal de cerca de sete mil hectares, causou danos em várias casas de primeira habitação e destruiu quatro empresas..Às 17:40, segundo dados na página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, os dois fogos que lavram em Sever do Vouga desde domingo mobilizavam 802 operacionais, apoiados por 258 viaturas..As associações de futebol de Viseu e de Aveiro cancelaram hoje todos os jogos das competições distritais marcados para os dias 20, 21 e 22 de setembro, devido aos incêndios que afetam as regiões..Uma decisão semelhante à que havia já sido tomada pela congénere do Porto..Em comunicado, a direção a Associação de Futebol de Viseu justifica a decisão "pela necessidade de salvaguarda da saúde e segurança de todos os intervenientes nas partidas", e também da "verdade e equidade desportiva", lembrando que há várias equipas impossibilitadas de treinar devido aos incêndios, e em muitos concelhos do distrito há instalações desportivas encerradas..Lembra ainda a recomendação da Direção Geral de Saúde de que "a inalação de fumos" e "o calor podem provocar danos nas vias respiratórias"..As competições deverão ser retomadas no fim de semana de 27, 28 e 29 de setembro, e em todos os jogos será respeitado um minuto de silêncio..Quanto aos jogos agora adiados, "em breve" serão comunicadas as novas datas para a realização das partidas..Já a associação de Aveiro lembra que os incêndios que assolam o distrito causam impactos que desaconselham a prática de atividades físicas.."Atendendo aos incêndios que assolam o distrito de Aveiro, com elevado impacto na qualidade do ar, que não aconselha as atividades físicas ao ar livre e com efeitos nocivos na saúde dos atletas e demais agentes desportivos, foi deliberado suspender todas as competições seniores e da formação que se encontram calendarizadas para o próximo fim de semana", refere em comunicado..Uma mulher de 47 anos ficou hoje em prisão preventiva depois de ter sido indiciada pela prática de seis crimes de incêndio florestal agravado, no concelho de Condeixa-a-Nova, anunciou hoje o Ministério Público (MP) de Coimbra..De acordo com a página de internet da Procuradoria da República da Comarca de Coimbra, a mulher foi hoje presente a primeiro interrogatório judicial, depois de ter sido detida fora de flagrante delito.."Os factos considerados fortemente indiciados ocorreram nos dias 12, 13, 15 e 16 de setembro, no concelho de Condeixa-a-Nova"..Segundo o MP de Coimbra, a mulher de 47 anos terá ateado, na quinta-feira, fogo à vegetação rasteira existente junto a um caminho florestal, tendo ardido uma extensão de cerca de quatro hectares de pinhal e eucaliptal..No dia seguinte, noutro caminho florestal, terá ateado fogo ao mato rasteiro ali existente, sendo consumida uma extensão de cerca de 42 metros quadrados de pinhal e eucaliptal..Já no dia 15, nesse mesmo caminho florestal, "ateou fogo ao mato rasteiro", junto a um bidão que continha lixo, tendo ardido uma extensão de 32 metros quadrados de silvas e mato..Na segunda-feira, em três momentos e locais distintos, "ateou fogo a vegetação e mato rasteiro ali existentes, o qual alastrou e provocou a deflagração de três incêndios".."Em cada uma dessas ocasiões, a arguida abandonou os locais, onde arderam, respetivamente, cerca de 50 metros quadrados de feno, silvas e mato, 10 metros quadrados de fenos rasteiros e 1.004 metros quadrados de mato, silvas e feno", acrescentou..No comunicado é ainda evidenciado que "apenas a rápida intervenção bombeiros permitiu evitar que os incêndios tomassem maiores dimensões".."As condutas da arguida ocorreram em período de perigo muito elevado de incêndio florestal, face às condições climatéricas que se faziam sentir", refere..A rede ferroviária nacional estava a funcionar sem cortes nas linhas pelas 17:00 de hoje, disse à Lusa fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP), após vários cortes verificados nos últimos dias devido aos incêndios..De acordo com fonte da IP, os condicionamentos que foram ocorrendo hoje e nos últimos dias, principalmente nas linhas do Douro e Vouga, estavam, pelas 17:00, debelados..A mesma fonte sublinhou que, face à evolução dinâmica da realidade do combate aos incêndios no terreno, poderá haver novos cortes na circulação a qualquer momento..O homem detido na terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) suspeito de ser o autor de um incêndio florestal no concelho da Batalha saiu em liberdade, após ser presente a um juiz de instrução criminal, foi hoje divulgado..Fonte judicial disse que "o juiz não aplicou nenhuma medida de coação por entender que os factos descritos na promoção do Ministério Público e que são imputados ao arguido não integram a prática de qualquer tipo de crime"..Em comunicado enviado na terça-feira, a PJ anunciou a detenção de um homem de 39 anos, na Batalha, distrito de Leiria, suspeito do crime de incêndio florestal e que agiu motivado pelo "fascínio pelo mediatismo" dos fogos..Em comunicado, a PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, revelou que o homem estava "fortemente indiciado pelo crime de incêndio florestal", praticado pelas 23:30 de segunda-feira, na freguesa de São Mamede.."O suspeito, através da utilização de chama direta, usando isqueiro, ateou incêndio em floresta, em zona adjacente a habitações e a uma mancha florestal constituída por mato, pinheiros-bravos e carvalhos, colocando em perigo a integridade física e a vida de pessoas, habitações e mancha florestal de consideráveis dimensões", referiu o comunicado..Segundo a PJ, "o incêndio não assumiu proporções mais gravosas devido à rápida e eficaz intervenção, essencialmente, de vizinhos que acorreram ao local, numa fase inicial"..Fonte da PJ disse à agência Lusa que o suspeito não tem antecedentes criminais e agiu pelo "fascínio pelo mediatismo dos incêndios"..Todas as autoestradas do país estavam abertas ao trânsito pelas 16:10 de hoje, permanecendo oito estradas nacionais (EN) fechadas em Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, devido aos incêndios no Norte e Centro do país, segundo a GNR..De acordo com informação adiantada à Lusa por fonte oficial da GNR, pelas 16:10 não havia autoestradas cortadas em Portugal continental, permanecendo cortadas, no distrito de Aveiro, a EN 333, entre Talhadas (Sever do Vouga) e Águeda, e a EN 326-1 entre Canelas e Alvarenga (Arouca)..No distrito do Porto, na EN 108 permanece o corte entre a rotunda da autoestrada A41 e Melres, em Gondomar..Já em Vila Real, regista-se um corte na EN 2 ao quilómetro 24,4, em Vila Pouca de Aguiar, e na EN 103 corte entre os quilómetros 180 e 182,3, no Planalto de Monforte, em Chaves..No distrito de Viseu, regista-se o maior número de cortes, com um corte total na EN 228 entre Figueiredo de Alva e Fermontelos e entre Pindelo dos Milagres e Ponte Pedrinha, em São Pedro do Sul e Castro Daire, na EN 231 entre Vila Viçosa e Mourelos, em Cinfães, e na EN 225 entre Cabril e Pinheiros, em Viseu e Tabuaço..Face ao noticiado hoje de manhã pela Lusa, reabriram duas autoestradas, a A41 e A43, no distrito do Porto..Reabriram ainda a EN 16, entre Cacia e Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, e a EN 222 entre Oliveira do Douro e Freigil, no distrito de Viseu..Desde manhã também já não se registam cortes de estradas no distrito de Coimbra, Braga e Bragança..Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares..Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos..O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse hoje à Lusa estar a acompanhar a situação dos fogos em Portugal com muita atenção e vinculou esse cenário ao agravamento da crise climática..Em resposta à Lusa, em Nova Iorque, Guterres - que tem na questão ambiental uma das prioridades do seu mandato - frisou que a "crise climática é um fator multiplicador de todas as tragédias que assistimos".."Tenho estado a acompanhar a situação dos fogos em Portugal com muito atenção", disse o secretário-geral das Nações Unidas numa conferência de imprensa.."É absolutamente evidente que o agravamento dos incêndios em Portugal, o agravamento das cheias na Europa central e oriental, o agravamento das cheias na Nigéria e um conjunto de outros desastres que vemos multiplicar por toda a parte no mundo tem uma relação direta com o agravamento da crise climática. Hoje ninguém tem dúvidas a esse respeito", advogou..António Guterres recorreu também às redes sociais para abordar os incêndios florestais em Portugal, destacando que "os extremos climáticos estão a deixar um rasto mortal de destruição por toda a Europa".."Os meus pensamentos estão com todos os afetados. Precisamos de Ação Climática que corresponda à escala e urgência da crise", escreveu o ex-primeiro-ministro na rede social X..O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, apelou hoje à canalização de meios para combater o incêndio que lavra no município, alertando para o risco de as chamas passarem para os concelhos vizinhos de Anadia, Mortágua e Tondela.."Temos um fogo que sobrou de Sever do Vouga, que entrou no nosso concelho de madrugada, em Lourizela, e que tem um potencial incrível para ser uma coisa brutal", disse à Lusa o autarca, pelas 15:30..Jorge Almeida disse que, neste momento, há "muitos bombeiros mobilizados para o local", auxiliados por seis aviões canadair e máquinas de rasto, mas teme que isso não seja suficiente.."Esta é a nossa janela de oportunidade para agir. Precisamos indiscutivelmente de estruturação de trabalho, de sermos eficazes (...) O dia só tem mais algumas horas e se houver o vento noturno, como foi costume, os meus prognósticos são péssimos", afirmou o autarca..O autarca avisou que se foram ultrapassadas "determinadas margens" o fogo "vai parar muito longe e daqui a alguns dias", alertando para o risco de o incêndio galgar as fronteiras do município e passar para os concelhos de Anadia, no distrito de Aveiro, e Mortágua e Tondela, no distrito de Viseu.."É uma mancha florestal incrível. Neste momento tenho alguns focos de incêndio às portas da cidade e estou focado numa coisa que está a mais de 20 quilómetros do centro da cidade", vincou..Jorge Almeida criticou também a decisão do delegado de saúde local que, "de forma unilateral e sem falar com ninguém", mandou encerrar as escolas do concelho.."Tenho as escolas fechadas e tenho um ar límpido aqui em Águeda, e tenho pessoas que estavam a trabalhar que tiveram de ir para casa cuidar dos filhos", observou..O autarca disse ainda estar "fortemente chateado", com aquilo que disse ser "um caos", no que diz respeito à problemática dos incêndios florestais e da gestão das florestas em Portugal.."Isto não é um problema deste ou do anterior governo. Os grandes partidos têm que se unir na criação de soluções para este tipo de problemas. É uma necessidade absoluta que temos de avançar com medidas que efetivamente mudem este estado de coisas", concluiu.. O secretário-geral do PS disponibilizou-se hoje para "apoiar o Governo naquilo que for necessário" no combate aos incêndios, designadamente alterações legislativas, e considerou que este ainda não é o tempo para se tirarem ilações políticas..Em declarações aos jornalistas no parlamento, Pedro Nuno Santos defendeu que "este é o momento de união, de unidade" e não de se fazer "críticas ao Governo", salientando que devem estar todos mobilizados "no combate aos fogos, no apoio às populações".."Aproveito para disponibilizar o PS para apoiar o Governo naquilo que for necessário e disponibilizar também o PS para as alterações legislativas e políticas que vierem a concluir-se ser necessárias", afirmou..O líder do PS referiu que "muita coisa foi feito no passado, por diferentes governos, que correram bem, muitas outras coisas correram mal", acrescentando que é preciso "fazer a cada momento a avaliação crítica" e "ter a capacidade de repensar".."É muito importante um consenso alargado e o PS está disponível para esse consenso com o Governo", disse..Questionado se considera que o Governo tardou em reagir aos incêndios, Pedro Nuno Santos respondeu: "Nós não vamos fazer aquilo que o PSD fez em 2017".."Este não é o momento para estarmos a fazer críticas ao Governo. (...) Nós temos muitas perguntas para fazer, mas essa não é neste momento a nossa preocupação. A nossa preocupação é estarmos focados - com toda a população, bombeiros, autoridades políticas - no combate aos incêndios e é só nisso que neste momento queremos estar focados", referiu..Pedro Nuno Santos salientou que, "no momento certo", irá avaliar as medidas que foram entretanto adotadas pelo Governo, mas referiu que agora o importante é "ter o país unido a enfrentar esta catástrofe"..O secretário-geral do PS considerou que, "infelizmente e erradamente", em 2017, se procurou fazer a "avaliação crítica" e o "combate político" enquanto decorria o combate aos incêndios, numa alusão aos pedidos de demissão do PSD da então ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.."Nós não estamos a pedir a cabeça de nenhum ministro, como aconteceu em 2017. É importante que os políticos assumam as suas responsabilidades, obviamente - como aliás dizia o atual líder do PSD na altura -, mas chegará esse momento. Este não é esse momento", disse..Questionado se concorda com o alargamento das penas para o crime de incêndio florestal, Pedro Nuno Santos reiterou que este "não é o momento de fazer a avaliação das medidas", mas disse não ter "dúvidas de que grande parte do trabalho se deve centrar na prevenção e no combate aos incêndios".."Muito trabalho foi feito, como eu disse, por diferentes governos ao longo dos anos, mas há trabalho ainda para fazer e o PS está disponível para ser parte desse trabalho que precisa de ser feito", afirmou..Já interrogado se espera que o primeiro-ministro concretize quais são os "interesses que sobrevoam" os incêndios florestais, o secretário-geral do PS disse que comentar essas declarações "não é o caminho certo para fazer hoje", mas frisou que "a investigação criminal e os tribunais não são competência do executivo".."Todos nós esperamos que a Justiça funcione e que haja consequências, e a verdade é que isso tem acontecido e as detenções têm aumentado nos últimos anos. Essa é uma realidade que nós conhecemos e, obviamente, a perseguição, a punição dos responsáveis é uma preocupação de todos, mas obviamente não é o único aspeto e está muito longe de ser um aspeto central", disse..Questionado se estes incêndios vão afetar as negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025, e poderão atrasar a sua entrega, o líder do PS respondeu: "Eu julgo que são situações distintas".."O Orçamento tem um prazo para ser entregue, nada impede que isso seja cumprido e, por isso, vamos separar. Este não é o momento nem o dia para falarmos do Orçamento", referiu..A atuação dos meios aéreos tem sido "muito difícil" na maioria dos incêndios em curso "devido ao fumo intenso e espesso" que se faz sentir, explicou hoje o comandante nacional de emergência e proteção civil.."Devido ao fumo intenso e espesso que existe na maioria destes incêndios, é muito difícil operar com os meios aéreos, daí estarem 36 meios aéreos em operação", afirmou Ande Fernandes, na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para fazer um ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo..O comandante nacional explicou o está a ser feito no âmbito da utilização dos meios aéreos para contornar esta situação..Segundo André Fernandes, nos diferentes incêndios onde existe maior pressão junto das habitações e infraestruturas está a ser "garantida uma cadência de meios aéreos para auxiliar as operações que estão a ser executadas pelos bombeiros"..O comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, afirmou esta quarta-feira que "a situação meteorológica ainda se mantém bastante desfavorável, significa que ainda é adversa", pelo que, "nas próximas 48 horas, é expectável que o risco de incêndio florestal não reduza significativamente"..André Fernandes avisou mesmo que "as próximas 24 horas vão ser horas muito complexas, muito difíceis para os operacionais que estão no terreno e para a população que está a ser afetada". ."Apelamos à consciência e à adequação dos comportamentos face ao risco elevado e extremo que se mantém e vai-se manter nas próximas 48 horas", afirmou o responsável. .A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizou cinco mortos nos incêndios do norte e centro do país nos últimos dois dias, realçando hoje a existência de 118 feridos, dos quais 10 em estado grave.."Em termos de vítimas, no acumulado de 16 a 18 de setembro temos um total registado e validado de 123 vítimas, das quais cinco mortais, 10 feridos graves, 49 feridos ligeiros e 59 vítimas assistidas no teatro de operações que não tiveram necessidade de serem transportadas a unidades hospitalares", explicou hoje o comandante nacional André Fernandes, na conferência de imprensa realizada na sede da ANEPC, em Carnaxide..Questionado sobre a diferença no número de mortos registados, uma vez que até agora se falava num balanço de sete vítimas, o responsável da ANEPC referiu que as cinco mortes são a indicação que a Proteção Civil recebeu do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), não sendo contabilizados os dois civis que morreram de doença súbita..André Fernandes, comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, informou esta quarta-feira que estão em curso 44 incêndios, que envolvem 3.151 operacionais, 972 meios terrestres e 19 meios aéreos. .As regiões Norte e Centro do país são as que continuam a ser mais atingidas pelos incêndios. A região Centro tem 17 municípios afetados pelos fogos e a região Norte tem 58 municípios afetados, indicou o responsável no ponto de situação da Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras. .O comandante nacional da Proteção Civil indicou que as ocorrências mais complexas são as que se registam na região de Aveiro e na sub-região de Dão Lafões, na região Norte no Alto Tâmega e Barroso e no Tâmega e Sousa..No total, estão envolvidos 5.285 operacionais, 1.639 meios terrestres e 36 meios aéreos, disse André Fernandes. .Responsável afirmou que, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, já se encontram em Portugal oito aviões canadair de Espanha, França e Itália.."Do ponto de vista do protocolo bilateral, foi solicitada ajuda ao reino de Marrocos, com uma resposta positiva, com envio de dois canadair que já se encontram em Portugal", devendo começar a atuar na parte da tarde. . De Espanha, foram também enviados para Portugal duas companhias de combate a incêndios, num total de 270 operacionais, disse ainda André Fernandes. .O incêndio que está a atingir o concelho de São Pedro do Sul tem várias frentes ativas e afetou casas durante a madrugada desta quarta-feira.."Foi uma noite muito complicada, com várias frentes de fogo a entrarem por quatro a cinco localidades diferentes e longínquas, o que dificultou a distribuição dos já poucos meios existentes", disse à agência Lusa Vítor Figueiredo, presidente da Câmara, às 09:00..O autarca de São Pedro do Sul acrescentou ainda que, durante a noite, "foram várias as casas e palheiros que arderam, mas ainda não é possível contabilizar quantas e onde", apesar de adiantar que, em Maceiras e Pesos "há registos de habitações queimadas".."Há crianças que não conseguiram chegar às suas residências ao final do dia de ontem [terça-feira] e que tiveram de ser deslocadas para outras residências. E há pessoas alojadas em IPSS" (Instituições Particulares de Solidariedade Social), relatou..Vítor Figueiredo disse que já foi informado de que "chegaram militares espanhóis ao território para ajudar no combate às chamas" no concelho de São Pedro do Sul, que tem as localidades de Rio de Mel, Pindelo dos Milagres e Figueiredo de Alva em risco..Este incêndio chegou a São Pedro do Sul através do concelho de Castro Daire. Foi um fogo que teve origem pelas 21:23 de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões. Pelas 09:30, mobilizava 469 operacionais, apoiados por 137 veículos e sete meios aéreos..O Ministério da Administração Interna atualizou a informação relativa aos constrangimentos na circulação de comboios, devido aos incêndios que lavram desde domingo, sobretudo nas regiões Norte e Centro do país. .Saiba quais são os cortes nas linhas ferroviárias:.Linha do Douro:.Circulação suspensa entre Marco de Canaveses e Régua Circulação suspensa dos Comboios 4101 e 4100.Linha do Vouga:.Circulação suspensa no Comboio 5103 em todo trajeto, Circulação suspensa nos Comboios 5105, 5108 e 5107 entre Águeda e S. do Vouga.A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, de 54 anos, suspeito de ter ateado na terça-feira um incêndio florestal na Murtosa, no distrito de Aveiro, num quadro de dependência alcoólica, informou hoje aquele órgão de polícia criminal..Em comunicado, a PJ esclareceu que o suspeito é o presumível autor de um incêndio florestal, ocorrido na tarde de terça-feira, na localidade de Bunheiro, Murtosa..Segundo a Judiciária, o incêndio, que ocorreu numa zona de extensa mancha florestal, existindo ainda várias habitações e instalações agrícolas nas proximidades, terá sido ateado com recurso "a chama direta" e só não assumiu grandes dimensões "graças à pronta deteção e combate ao mesmo".."Não foi possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação, atuando o suspeito num quadro de dependência alcoólica", refere a mesma nota..O suspeito, que foi detido fora de flagrante delito, com a colaboração da GNR, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para eventual aplicação de medidas de coação..O incêndio que atingiu o concelho de Tábua desde terça-feira foi considerado dominado por volta das 11:10 desta quarta-feira, garantiu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Tábua, Rui Leitão.."Confirmo que as chamas foram dominadas pelas 11:10", referiu, à Lusa..Por volta das 10:00, o incêndio já se encontrava apenas com uma frente ativa, embora a progredir em local de difícil acesso, nas encostas do Mondego..Para além de um meio aéreo, no terreno encontram-se, por volta das 12:00, 231 bombeiros, apoiados por 70 veículos..O incêndio neste município do distrito de Coimbra teve origem no fogo que na segunda-feira eclodiu em Nelas e se estendeu a Carregal do Sal, no distrito de Viseu..Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, explicou que, com o incêndio em resolução, espera-se "que tudo regresse à normalidade e que quinta-feira os alunos voltem à escola"..Por razões de segurança, o Município de Tábua, em articulação com o Agrupamento de Escolas de Tábua e a EPTOLIVA, tinha decidido encerrar, durante o dia de hoje, todos os estabelecimentos de educação e ensino do concelho.."O trabalho das equipas de apoio psicossocial irá continuar com a sua intervenção", concluiu.A proteção civil de Baião (Porto) está esta quarta-feira a retirar 15 pessoas de duas aldeias da freguesia de Teixeira, onde lavra um incêndio numa das encostas da serra do Marão, disse à Lusa o presidente da câmara..Segundo Paulo Pereira, as aldeias afetadas são Mafômedes e Gavinho e a medida foi tomada por precaução..Os populares estão e ser enviados para a sede da Junta de Freguesia de Gestaçô, onde têm sido apoiados por seis colaboradores do município..O fogo, que começou no concelho vizinho de Santa Marta de Penaguião (Vila Real), conta com 30 operacionais, dispositivo que deve ser reforçado nas próximas horas, de acordo com o autarca..Nas proximidades, na localidade de Teixeiró, ocorre outro incêndio, que afeta também a serra do Marão, que está a ser combatido por bombeiros de Mesão Frio (Vila Real)..Em Amarante (Porto), na zona de Carneiro, Bustelo e Carvalho de Rei (serra da Aboboreira), onde o fogo começou na terça-feira, às 02:55, tem havido vários reacendimentos, mantendo-se no terreno 70 operacionais, apoiados por 24 viaturas..A proteção civil concelhia assinala que a situação é muito instável ainda, indicando haver outro incêndio, em Fridão, que também tem mobilizado meios de socorro, receando-se que evolua para zonas de floresta densa. O fogo também já esteve próximo de casas..Em Paredes (Porto), na zona de Sobreira e Aguiar de Sousa, no incêndio florestal que deflagrou às 05:21 de terça-feira, mantêm-se hoje mais de 132 bombeiros no terreno, apoiados por 43 viaturas..Porém, segundo a proteção civil municipal, a situação melhorou durante a noite e está controlada.."A situação está controlada, mas há registo de alguns reacendimentos, por isso é que muitos meios ainda estão no local de prevenção e a monitorizar", disse à Lusa o vereador Francisco Leal..Empresas agrícolas e habitações foram destruídas pelas chamas em Mangualde, lamentou esta quarta-feira o presidente deste município do distrito de Viseu.."A nossa preocupação é a das pessoas que estão sem os seus bens e muitas delas vivem daquilo que deixaram de ter. Há terrenos, empresas agrícolas que foram consumidas pelas chamas, há pessoas que estão sem habitações", afirmou Marco Almeida..O presidente do Município de Mangualde disse ainda que, pelas 10:30, a "situação é mais calma, mas de um momento para o outro a situação piora", já que o incêndio no concelho "continua com várias frentes ativas".."A nossa prioridade neste momento é salvar vidas e salvar as habitações. A seu tempo, iremos fazer o levantamento, juntamente com os presidentes de junta", acrescentou..Este fogo deflagrou em Miuzela, concelho de Penalva do Castelo (distrito de Viseu), pelas 00:15 de segunda-feira, e propagou-se para Mangualde, mobilizando, cerca das 10:30, 179 operacionais com 49 veículos e três meios aéreos..O incêndio florestal que deflagrou na segunda-feira, pelas 07:20, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, entrou hoje de manhã em fase de resolução, informou a proteção civil..Este é um dos quatro grandes incêndios que lavram no distrito de Aveiro e que mobilizou nos últimos dias o maior número de meios no combate às chamas..Em declarações à Lusa, o comandante dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, Albano Ferreira, disse que o fogo entrou em resolução cerca das 10:30..O responsável referiu ainda que uma parte do dispositivo que se encontrava no terreno já foi desmobilizada para combater o incêndio de Águeda, adiantando que os restantes meios irão manter-se em "prontidão e vigilância".."A área ardida é muito extensa e por isso vamos manter meios no local atentos a reativações e novos focos de incêndio que surjam", referiu o responsável..Segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 10:50, o incêndio de Albergaria-a-Velha mobilizava 408 operacionais, apoiados por 126 viaturas..O rei Felipe VI de Espanha telefonou na terça-feira ao presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.."O monarca espanhol transmitiu ao Presidente da República a sua total solidariedade e do povo espanhol face à tragédia provocada pelos incêndios que têm lavrado na região centro de Portugal, tendo ainda manifestado disponibilidade para reforçar os apoios aéreos e outros do Estado espanhol", anunciou a presidência..O combate ao fogo em Águeda começou hoje a ser "organizado" devido ao abrandamento do vento, mas há "incêndios perto de casas" e todas as escolas foram encerradas devido à qualidade do ar, revelou o presidente da Câmara.."Não conseguimos contabilizar o número de frentes de fogo. São várias, e em várias direções. Agora o vento parou, o que permite organizar o combate às chamas, sobretudo na parte florestal", descreveu Jorge Almeida, em declarações à Lusa pelas 10:00..Questionado sobre a existência de casas ameaçadas pelo fogo, o autarca preferiu usar a expressão de que "há incêndios próximos de habitações", indicando existirem apenas situações "pontuais" de retirada de pessoas das residências naquele concelho do distrito de Aveiro..Por outro lado, "o delegado de saúde determinou o encerramento de todas as escolas, devido à qualidade do ar", acrescentou..Jorge Almeida alertou que "o teto de fumo" sobre Águeda é "muito grande" e a "visibilidade é pouca", pelo que a recomendação é que as pessoas "se mantenham próximas das suas casas ou dos seus haveres, para identificarem eventuais focos de incêndio o mais depressa possível"..Questionado sobre se os meios são suficientes para o combate às chamas, o presidente explicou que há outros fatores a ter em conta.."Na terça-feira à noite fiquei muito feliz com um reforço de meios, até porque precisávamos que os nossos descansassem, mas isso não impediu que o fogo se descontrolasse", observou..Ao início da manhã o autarca revelou que o incêndio se complicou durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos..Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se "complicou extraordinariamente" - com a alteração do vento e os reacendimentos, "pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios".."Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado", disse o autarca pelas 09:00, explicando que o fogo "está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade"..Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas..A presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, afirmou esta quarta-feira que o incêndio, que chegou ao município na noite de terça-feira, vindo do município vizinho de Castro Daire, tem três frentes ativas. "O incêndio decorreu com muita intensidade, de uma forma muito veloz. Com os meios escassos que tínhamos, as equipas de bombeiros fizeram um serviço extraordinário, e estão a fazer", destacou em declarações à CNN Portugal a autarca, que lamentou a falta de meios. .Afirmou que, "neste momento, é impensável, com uma área tão extensa que está a arder", ter apenas 80 operacionais no território, dando conta que estão a ser afetados pelas chamas "cerca de sete mil hectares de território, de floresta". "É insuficiente para esta imensidão de território", sublinhou.."Temos cerca de 15 aldeias que estão confinadas. Estamos a tentar retirar as pessoas com mobilidade reduzida. Precisamos de meios no território, precisamos de proteger as pessoas, mas sem os meios disponíveis é impossível", vincou a presidente da câmara, referindo que já se procedeu à retirada de pessoas das suas casas e que foi ativado o plano de emergência do município..A autarca informou ainda que as "escolas do território" estão "encerradas" e que "algumas escolas-sede" estão a servir de "apoio aos operacionais e às pessoas mais debilitadas" que necessitam "de auxílio". "Retiramos as pessoas, os mais idosos e com mobilidade reduzida, para esses pontos", disse Margarida Belém. .O incêndio que lavra em Águeda, distrito de Aveiro, complicou-se durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos, e ao início da manhã de hoje a situação estava novamente descontrolada, segundo o presidente do município..Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se "complicou extraordinariamente" - com a alteração do vento e os reacendimentos, "pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios".."Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado", disse o autarca, explicando que o fogo "está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade"..A Lusa questionou o responsável sobre se tinha havido durante a noite necessidade de retirar pessoas de casas e Jorge Almeida disse estar ainda a recolher essa informação..Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas..De acordo com um ponto de situação sobre o distrito de Aveiro feito pela Proteção Civil ao final da tarde de terça-feira, em Albergaria-a-Velha foram apoiadas 23 pessoas, em Águeda 33 e em Sever do Vouga seis..Ainda nos incêndios do distrito, os que mobilizam mais meios, foram evacuados dois lares em Águeda, sendo as pessoas transferidas para as instalações da Santa Casa da Misericórdia local..O Ministério da Administração Interna atualizou esta manhã a informação sobre quais são os cortes de vias devido aos incêndios. .São estes os cortes de vias:.A43 - Entre Gondomar e A41A41 - Entre Medas e Aguiar de SousaN228 - Entre Figueira Alva – FermentelEN231 - Entre Vila Viçosa e Mourelos (Cinfães)N222 - Entre Oliveira do Douro e FreigilN225 - Entre Corte total entre Cabril e PinheirosA25 - Entre corte total, entre Albergaria e Reigoso (Viseu)EN16 - Entre corte total entre Cacia e Sever do VougaEN333 - Entre corte total entre Talhadas e Águeda.A circulação de comboios na Linha do Vouga foi esta quarta-feira retomada entre Aveiro e Águeda, continuando suspensa entre Águeda e Sernada devido aos incêndios rurais..A informação foi divulgada pela CP - Comboios de Portugal, numa atualização publicada na rede social Facebook pelas 07:20..A CP informa que também que na Linha do Douro a circulação de comboios foi retomada entre Marco de Canaveses e Régua.."Lamentamos profundamente o incómodo causado e pedimos a vossa compreensão. Atualizaremos sobre qualquer desenvolvimento", lê-se na publicação..Mais de 4.400 operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres, continuavam às 08:00 de hoje a combater cerca de 50 fogos rurais em Portugal continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)..Às 07:45 estavam ativos 46 incêndios no território continental que eram combatidos por 4.492 operacionais, segundo a informação disponível na página oficial da ANEPC na Internet..Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam a ser os que mobilizam mais operacionais e outros meios..Em Sever do Vouga, mantinham-se ativos dois incêndios àquela hora: um mobilizava 320 operacionais, com o apoio de 101 veículos, e o outro 296 elementos das forças de socorro e segurança, com o auxílio de 96 veículos..Em Albergaria-a-Velha, o incêndio que deflagrou às 07:20 de segunda-feira mobilizava 406 operacionais, assistidos por 125 meios terrestres..O fogo que deflagrou no domingo, pelas 15:00, no concelho de Oliveira de Azeméis estava a ser combatido por 408 elementos, apoiados por 156 veículos..Já no distrito de Viseu, continuava ativo o fogo que lavra em Nelas desde o final da manhã de segunda-feira, com 261 operacionais e 75 veículos no combate às chamas..Em Castro Daire, o incêndio que começou pelas 21:30 de segunda-feira mobilizava 295 operacionais, assistidos por 90 meios terrestres..O fogo de Penalva do Castelo, que deflagrou cerca das 00:00 de segunda-feira, era combatido por 157 operacionais, com 43 veículos..No distrito de Coimbra, o fogo de Tábua para o qual foi dado alerta às 10:39 de terça-feira mobilizava 252 operacionais e 81 meios terrestres..O incêndio de Arganil, que chegou a ter três frentes ativas e obrigou à evacuação do Centro de Recolha Animal e das aldeias de Salgueiral e Medas, entrou em resolução às 23:01 de terça-feira..Já no distrito do Porto, o incêndio que deflagrou pelas 13:00 de segunda-feira em Gondomar era combatido por 174 elementos das forças de socorro e segurança e 38 meios terrestres..Perto das 00:00 de hoje, algumas habitações na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar, foram evacuadas e a população retirada devido aos incêndios, avançou à Lusa o comando-geral da GNR..Ainda no Porto, o fogo que começou em Paredes pelas 05:20 de terça-feira ocupava 134 operacionais, apoiados por 44 veículos..O fogo que lavrava em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, estava a ser combatido por 79 operacionais, apoiados por 27 meios terrestres..O incêndio que deflagrou na terça-feira à noite numa zona de mato e pinheiros na freguesia de Vale de Asnes, em Mirandela, entrou esta quarta-feira em fase de rescaldo, embora ainda se mantenha um elevado número de meios no local..No terreno mantêm-se 109 operacionais, auxiliados por 38 veículos e três máquinas de rasto, estando a aguardar-se a chegada de um helicóptero para alcançar os locais inacessíveis por via terrestre, disse à Lusa fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Trás-os-Montes, em Bragança..De acordo com a fonte, neste incêndio rural, para o qual foi dado alerta às 20:49 e que atingiu "grandes proporções", não houve populações em risco e ninguém ficou ferido..Mais de 5 mil operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres, continuavam às 07:30 a combater 111 fogos em Portugal Continental, de acordo com a informação disponível na página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)..Antes, às 03:30, estavam ativos 140 incêndios no território continental que eram combatidos por 5.537 operacionais..Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam a ser os que mobilizam mais operacionais e meios..Em Sever do Vouga, mantinham-se ativos dois incêndios..O fogo que deflagrou às 02:17 de domingo estava a ser combatido por 322 operacionais, apoiados por 102 meios terrestres. Já o que teve início pelas 15:00 do mesmo dia mobilizava 291 operacionais, apoiados por 94 veículos..Não muito longe, em Albergaria-a-Velha, o incêndio que deflagrou às 07:20 de segunda-feira mobilizava 406 operacionais, assistidos por 125 meios terrestres..O incêndio que deflagrou no domingo, pelas 15:00, no concelho de Oliveira de Azeméis, estava a ser combatido por 400 operacionais, apoiados por 149 veículos..No distrito de Viseu são três os fogos que mobilizam mais operacionais e meios..O fogo que lavra em Nelas desde as 11:53 de segunda-feira era combatido por 261 operacionais, apoiados por 75 veículos..Já o incêndio que começou pelas 21:30 de segunda-feira em Castro Daire mobilizava 303 operacionais, assistidos por 92 meios terrestres..O fogo de Penalva do Castelo, que deflagrou às 00:15 de segunda-feira, era combatido por 157 operacionais, apoiados por 43 veículos..No distrito de Coimbra, os incêndios que deflagraram na terça-feira em Arganil e Tábua são os que mobilizam mais operacionais e meios..O fogo que começou às 10:39 em Tábua era combatido por 254 operacionais, apoiados por 83 meios terrestres. Já o que começou às 11:39 em Arganil era combatido por 166 operacionais, apoiados por 55 veículos..O incêndio de Arganil, que chegou a ter três frentes ativas e obrigou à evacuação do Centro de Recolha Animal e das aldeias de Salgueiral e Medas, entrou em resolução às 23:01 de terça-feira..Mais a Norte, no distrito do Porto, o incêndio que deflagrou pelas 13:00 de segunda-feira em Gondomar era combatido por 184 operacionais, assistidos por 40 meios terrestres..Perto das 00:00 de hoje, algumas habitações na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar, foram evacuadas e a população retirada devido aos incêndios, avançou à Lusa o comando-geral da GNR..Ainda no Porto, o fogo que começou em Paredes pelas 05:20 de terça-feira, mobilizava 148 operacionais, apoiados por 47 veículos..Os fogos que lavram em Vila Pouca de Aguiar, no concelho de Vila Real, um desde as 07:36 de segunda-feira e outro desde as 18:35 do mesmo dia, eram combatidos por 86 operacionais, apoiados por 28 meios terrestres, e 69 operacionais assistidos por 22 veículos, respetivamente..O comandante de serviço da ANEPC, em declarações à Lusa pelas 00:00 de hoje, referiu que aquela entidade está "a acompanhar 29 ocorrências em incêndios ativos, alguns com a situação normalizada".."Não há acréscimo de meios. O vento é sempre uma condicionante, mas as operações estão a ser monitorizadas", afirmou.. A Autoestrada 24 (A24) reabriu pelas 03:00 desta quarta-feira em toda a extensão na zona de Vila Pouca de Aguiar, depois de ter estado cortada devido aos incêndios que lavram no concelho, disse fonte da GNR..Desde segunda-feira que a A24 sofre constrangimentos por causa dos fogos que atingiram o município (no distrito de Vila Real), tendo sido cortada ao trânsito entre Vila Pouca de Aguiar e Vidago (Chaves) ao início da noite de terça-feira, por causa do incêndio que lavrava na zona de Sabroso de Aguiar..A GNR disse que a autoestrada está hoje sem constrangimentos, tal como a Estrada Nacional 2 (EN2), que também sofreu cortes por causa dos fogos na área dos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Vila Real..Desde segunda-feira que fogos rurais lavram no concelho de Vila Pouca de Aguiar, com três grandes ocorrências em zonas distantes, tendo um deles passado para Vila Real pela zona de Covelo e Samardã, onde também progridem as chamas esta manhã..Mais de 50 concelhos de nove distritos do continente estão esta quarta-feira em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)..Em perigo máximo de incêndio estão mais de 50 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Guarda, Braga e Bragança..Vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental apresentam um perigo muito elevado e elevado de incêndio, de acordo com o IPMA..O IPMA prevê para hoje no continente tempo seco com céu pouco nublado e vento leste moderado a forte até ao fim da manhã, nas regiões Norte e Centro e pequena descida da temperatura mínima..A temperatura máxima mais elevada prevista para hoje será alcançada em Santarém com 32, seguida de Leiria, Coimbra e Braga com 31 e em Évora 30..Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas..O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos e já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados..O incêndio que deflagrou na noite de segunda-feira em Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga, foi considerado dominado às 02:00, avançou à Lusa a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).."Ficou dominado às 02:00", indicou fonte do Comando Sub-Regional do Ave da ANEPC, acrescentando que os operacionais continuam os trabalhos no local..De acordo com a página da ANEPC, pelas 03:15, estavam destacados 77 operacionais, apoiados por 26 viaturas.