Linha ferroviária do Minho e autoestrada A24 retomam circulação
LUSA /Fernando Veludo

Linha ferroviária do Minho e autoestrada A24 retomam circulação

Ferrovia e várias estradas afetadas pelo mau tempo
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Três estradas nacionais e uma autoestrada foram cortadas nas regiões Norte e Centro devido a constrangimentos causados pelo mau tempo, que também condicionou a circulação ferroviária em quatro linhas, indicou a Infraestruturas de Portugal (IP).

Em comunicado, fazendo um ponto de situação, às 11:00, relativo à circulação rodoviária e ferroviária, a IP informa que está cortada a Estrada Nacional 12 (EN12) na zona do Freixo (Porto), bem como a EN238, em ambos os sentidos, entre a Sertã e Ribeira da Serra, a EN246-1 em Marvão à passagem pela localidade da Portagem.

Também a autoestrada A24 foi cortada, nos dois sentidos, entre os nós de Fortunho e do IP4 Vila Real. 

Esta manhã um camião tombou no viaduto da A24, ao quilómetro 48, perto de Vila Pouca de Aguiar, numa zona onde o vento se faz sentir com muita intensidade.

O viaduto possui cerca de 1.300 metros de comprimento e 90 metros de altura máxima.

Por precaução e por não estarem reunidas as condições de segurança, as autoridades resolverem cortar a A24, nos dois sentidos pelas 09:45 desta manhã. 

A A24 reabriu, entretanto, pelas 15:30, nos dois sentidos, disse fonte da GNR.

Por causa do mau tempo, no distrito de Vila Real, as escolas foram hoje encerradas nos concelhos de Montalegre, de Vila Pouca de Aguiar e Mondim de Basto.

A IP acrescentou que foram condicionadas quatro linhas ferroviárias, pois "ao longo da noite foram registadas várias ocorrências, relacionadas com quedas de árvores e objetos tombados na via, situações que levaram a suspensões pontuais da circulação, originando alguns atrasos".

A Linha do Minho teve condicionamentos devido a falha de tensão elétrica entre Caminha e Valença, mas a circulação foi restabelecida perto das 14:30, após ser reposta a tensão elétrica, informou a Infraestruturas de Portugal (IP).

A circulação na Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo já tinha sido retomada às 11:00.

A Linha de Guimarães tem a circulação suspensa entre Santo Tirso e Guimarães.

Na Linha do Douro, acrescenta, "a circulação procede-se com marcha a vista em vários pontos da linha", enquanto na Linha do Vouga "registam-se penalizações acentuadas".

"A Infraestruturas de Portugal tem as suas equipas a trabalhar no terreno, em articulação com os diversos agentes de Proteção Civil, dando resposta imediata às várias ocorrências, com o objetivo de mitigar os seus efeitos e visando uma mais rápida reposição das condições de circulação e segurança", assegura a empresa que aproveita para apelar à adoção de comportamentos adequados de autoproteção", refere.

A IP recomenda uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias, não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.

Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais, bem como cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores e estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e forças de segurança, são outras recomendações.

 A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 18:00 de terça-feira e as 09:00 de hoje 1.329 ocorrências relacionadas com o vento forte, a grande maioria quedas de árvores.

Em declarações à agência Lusa, José Miranda, oficial de operações da ANEPC, adiantou à Lusa que entre as 18:00 de terça-feira e as 09:00 de hoje foram registadas 1.329 ocorrências, mais de 77% foram quedas de árvores e no norte do continente.

"A região Norte foi a mais afetada pelo mau tempo com 988 ocorrências, sendo que o maior número 415 foi registado na Área Metropolitana no Porto com muitas quedas de árvores devido à ação do vento", adiantou.

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