Leitura do acórdão do processo dos emails do Benfica adiada para 12 de maio

No início da sessão o coletivo de juízes deu conta do agravamento dos crimes de violação de correspondência ou telecomunicações, bem como dos crimes de ofensa a pessoa coletiva dos arguidos Francisco J. Marques e Diogo Faria.

A leitura do acórdão do julgamento do processo de divulgação dos emails do Benfica no Porto Canal foi adiada esta segunda-feira para 12 de maio, devido ao agravamento dos crimes imputados a Francisco J. Marques e Diogo Faria.

Prevista para esta segunda-feira a leitura do acórdão, a partir das 14:00, no Juízo Central Criminal de Lisboa, a sessão iniciou com o coletivo de juízes a dar conta do agravamento dos crimes de violação de correspondência ou telecomunicações, bem como dos crimes de ofensa a pessoa coletiva dos arguidos Francisco J. Marques e Diogo Faria.

"Foi comunicada uma alteração da qualificação jurídica, genericamente no sentido agravante. Foram aumentados o número de crimes e foi imputada coautoria", explicou aos jornalistas o advogado do Benfica, Rui Patrício, à saída do Juízo Central Criminal.

O advogado expressou ainda o conforto do Benfica desde o início do processo: "Sente-se confortável desde sempre, porque entende que tem razão. Do ponto de vista estatístico, os casos de alteração da qualificação jurídica mais frequentemente dão em condenação".

A sessão foi interrompida por breves minutos, para que a defesa pudesse pronunciar-se, mas os arguidos entenderam que não havia nada para requerer, o que levou a que a leitura do acórdão fosse reagendada para o dia 12 de maio, a partir das 14:00.

"O tribunal entendeu que o enquadramento que constava na decisão instrutória não era o correto. Não significa que vá condenar", salientou Nuno Brandão, advogado de Francisco J. Marques, aos jornalistas, igualmente depois do término da sessão.

Francisco J. Marques, que divulgou conteúdos de emails do Benfica no programa 'Universo Porto - da Bancada', do Porto Canal, estava acusado de três crimes de violação de correspondência ou de telecomunicações, três crimes de violação de correspondência ou de telecomunicações agravados, em concurso aparente com três crimes de devassa da vida privada, e um crime de acesso indevido.

O diretor de comunicação do FC Porto respondia ainda por cinco crimes de ofensa a pessoa coletiva agravados e um crime de ofensa à pessoa coletiva agravado na sequência de uma acusação particular.

Diogo Faria respondia por um crime de violação de correspondência ou de telecomunicações e um crime de acesso indevido, além de um crime de ofensa à pessoa coletiva agravado em acusação particular.

Por último, Júlio Magalhães está acusado pelo Ministério Público de três crimes de violação de correspondência ou de telecomunicações agravados, em concurso aparente com três crimes de devassa da vida privada, bem como cinco crimes de ofensa a pessoa coletiva agravados.

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