Laboratórios Germano de Sousa alvo de ciberataque. CUF cancela testes à covid-19
"Não existe qualquer evidência de que os dados dos nossos doentes tenham sido comprometidos", diz o laboratório em comunicado,
Os laboratórios Germano de Sousa foram alvo de um ataque informático durante a noite desta quarta-feira. O laboratório de análises emitiu um comunicado na tarde desta quinta-feira a informar que "na madrugada do dia 10 de fevereiro de 2022, foi alvo de um ciberataque deliberado e criminoso com o objetivo de causar danos e perturbações à sua atividade e aos seus doentes".
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"O Grupo Germano de Sousa monitoriza continuamente a segurança da sua infra- estrutura e dos seus sistemas de informação. O ciberataque foi de imediato detetado e foram tomadas medidas técnicas de contenção de forma a garantir a proteção de todos os sistemas. Não existe qualquer evidência de que os dados dos nossos doentes tenham sido comprometidos. A nossa equipa de cibersegurança está em estreita articulação com todas as autoridades competentes, nomeadamente, a Polícia Judiciária, a CNPD e o Centro Nacional de Cibersegurança. Estamos a trabalhar para que a atividade do Grupo Germano de Sousa retome a sua normalidade o mais breve possível. Neste contexto, a CUF suspendeu temporariamente as colheitas de ambulatório, lamentando o incómodo que possa criar aos clientes", podia ler-se na nota.
Antes, de manhã, os laboratórios Germano de Sousa informaram que utentes não foram atingidos, mas que o ataque afetou o contacto com os postos de colheita, tendo sido necessário desligar todos os serviços e ligações"
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O Grupo Germano de Sousa disse que já estava a tomar "uma medida preventiva" de modo a garantir que o ataque à Germano de Sousa "não se propaga para os sistemas da CUF", pondo em causa informação sensível.
"Eu creio que foi mais do que um ataque informático", adiantou o administrador e fundador do grupo Germano de Sousa de Sousa, explicando que foi um vírus que entrou no sistema informático, mas que já está tudo "praticamente resolvido".
"Eles lançam centenas de vírus deste tipo e um entrou no nosso sistema. Felizmente temos tudo em duplicado e neste momento estamos a repor e a limpar tudo, estando a trabalhar normalmente", adiantou o médico patologista, que garantiu à SIC Notícias de que está uma equipa de cibersegurança ao dispor da Germano de Sousa a tentar resolver a situação.
Numa declaração enviada à comunicação social, a CUF afirma que tomou conhecimento, esta manhã, de que "o seu parceiro na área das análises clínicas foi alvo de um ciberataque à sua rede, o que criou intermitências no seu respetivo sistema", mas sublinha que "os sistemas da CUF não foram afetados".
Como tal, adianta, "o acesso ao serviço de análises clínicas nas unidades CUF e a disponibilização de relatórios e resultados clínicos poderão sofrer constrangimentos, até que o sistema do nosso parceiro esteja totalmente restabelecido, o que esperamos que venha a acontecer progressivamente".
Na segunda-feira, a Vodafone Portugal foi alvo de um ciberataque sem precedentes que está a afetar a sua rede.
Já esta quarta-feira, foi a vez da Trust in News, empresa detentora da Visão e de outras 14 marcas de informação, dias depois de a Cofina, que detém títulos como Correio da Manhã e Record, ter alegadamente sofrido uma ação de hackers.
Antes, em 02 de janeiro, o grupo Impresa, dono da SIC e do Expresso, tinha sido alvo de um ataque informático.