Isaltino Morais diz estar a ser vítima de "guerras internas" no PSD
O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, lamentou esta quarta-feira que "guerras internas em estruturas do PSD, através de denúncias anónimas" arrastem o seu nome para a praça pública.
O autarca reforçou que o Município de Oeiras não troca favores e lugares ou utiliza dinheiros públicos para adquirir poder nas estruturas de partidos.
"Nenhuma das empresas suspeitas de fazer contratos fictícios com a administração para proveitos próprios foi contratada pelo Município (incluindo o SIMAS de Oeiras e Amadora) durante o tempo no qual aqui exerci ou exerço funções. Nada tenho a ver com as perseguições internas do Partido Social Democrata, partido do qual não sou militante há já quase 20 anos!", diz Isaltino Morais em comunicado.
O autarca explica ainda que a contratação da secretária do gabinete do PSD na Câmara de Oeiras não teve a sua interferência e que "nem sequer sabia, até ontem, que a senhora era mãe do candidato do PSD à Câmara de Oeiras, Alexandre Poço".
A Polícia Judiciária realizou esta terça-feira buscas na Câmara Municipal de Oeiras, na câmara de Odivelas e na Junta de Freguesia das Avenidas Novas (Lisboa), em que o principal visado era Rodrigo Gonçalves (e alguns familiares), atual membro da Comissão Política Nacional do PSD, escolhido pelo presidente do partido, Luís Montenegro.
Em causa estarão negócios de Rodrigo Gonçalves que envolverão a mulher, que trabalha no departamento jurídico da Câmara de Odivelas, e também o pai do membro do PSD, relacionados com suspeitas de contratações públicas feitas pelas autarquias.
Esta investigação visa apurar se a eventual prática de crimes de corrupção ativa e passiva para ato ilícito, de participação em negócio e de prevaricação.