Oito aplicações mostram nas Nações Unidas as apostas digitais de Portugal

Mostrar o que de novo existe no país, em áreas como saúde, comércio, cultura, ambiente e educação é o objetivo da presença na WSA
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Oito aplicações vão represen-tar Portugal no World Summit Awards, um concurso das Nações Unidas que seleciona e promove inovações digitais com impacto global.

As escolhas dos projetos nacionais foram feitas por um júri liderado por Roberto Carneiro, num processo dirigido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações. Os projetos nacionais vão agora competir a nível mundial - numa escolha que será feita por um júri online - e vão tentar ser uma das 15 a 18 ideias em destaque em cada uma das oito categorias a concurso. Mais tarde um outro júri vai escolher de entre essa lista os Global Champions do WSA 2017. No ano passado, por exemplo, o projeto EDP: ready foi um dos vencedores.

No caso português as aplicações escolhidas foram: yubuy (permite ao público efetuar compras pela tevisão em casa); City Point Cascais (programa de recompensas aos cidadãos que cumpram boas práticas de cidadania); mMyXimi (ajuda idosos, familiares, amigos, profissionais de saúde, a comunicar entre si tentando evitar a solidão); SnapCity (através de um chat online coloca em comunicação visitantes e habitantes de um determinado local); Sharing Food Online (solução do Banco Alimentar que tem como objetivo responder às necessidades de quem não pode comprar alimentos); Biti (plataforma pensada para as crianças, onde estas podem jogar e aprender); Planetiers (um marketplace onde fornecedores e consumidores de produtos sustentáveis podem comprar e vender).

Uma das escolhidas foi apresentada pela Câmara de Cascais. Batizada com o nome CityPoints, este projeto tem como objetivo premiar os cidadãos que façam escolhas consideradas sustentáveis para a vila. Ou seja, será possível, de acordo com as informações disponibilizadas pela autarquia, acumular pontos ao cumprir ações previamente definidas que depois podem ser trocados por entradas gratuitas em museus, visitas guiadas, ingressos para eventos, serviços de cuidados de animais, etc.

Para conseguir estas "ofertas", é necessário descarregar a aplicação e registar-se no CityPoint Cascais. A partir desse momento passa a ser possível à pessoa recolher e trocar esses pontos. Por exemplo, se fizer reciclagem, usar os transportes públicos ou bicicletas, aderir a ações de voluntariado ou estar presente nas várias fases do orçamento participativo da vila, a pessoa que se registou recebe pontos que depois pode trocar pelos produtos já referidos.

"Este projeto surge na área da cidadania e democracia participativa", disse ao DN Miguel Pinto Luz, vice-presidente da autarquia. Este terceiro projeto de Cascais na área tecnológica distinguido - o Fix Cascais (permite reportar em tempo real problemas nas ruas) e o Mobi Cascais (mobilidade sustentável), foram os anteriores - pretende ser "um incentivo para promover a cidadania e é essencial para juntar o cidadão e o poder local", sublinhou.

A presença nesta iniciativa da ONU vai permitir aos autores das aplicações o acesso a redes mundiais de inovação, possibilidades de negócio, de financiamento e de parcerias.

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