Não há fogos nem estradas cortadas. Linha da Beira Alta retomada

A chuva que caiu durante a noite ajudou no combate aos incêndios
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Acabaram os incêndios. Pelas 7:00 da manhã a Autoridade Nacional da Proteção Civil não indicava qualquer incêndio em evolução na página na Internet, depois de, no domingo, centenas de fogos terem deflagrado e causado pelo menos 36 mortos.

A chegada da chuva a algumas zonas do país terá ajudado no combate aos fogos que, ao início desta madrugada, ardiam no norte e no centro. Pela 01:30, a ANPC dava conta de 12 incêndios de maior dimensão.

Às 7:00, na lista total de incêndios, que inclui os fogos de menor dimensão, apenas eram destacados incêndios dominados (08) ou em conclusão (52).

Pelas 8:30 havia o registo de dois incêndios em curso, um em Sobral da Adiça (no distrito de Beja) e outro em Vila Franca do Rosário (distrito de Lisboa). 50 dos incêndios ainda registados na página da Proteção Civil estavam em conclusão e sete em resolução.

No terreno estão ainda, em todo o país, 2900 operacionais, apoiados por 863 meios terrestres.

Pelas 9:00, a GNR atualizou a informação relativamente às estradas, dando conta de que não havia nenhuma via cortada.

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Duas horas antes, pelas 7:00, duas estradas, uma nacional e uma municipal, continuavam cortadas ao trânsito na sequência dos incêndios: a Estrada Nacional 309 na zona de Espinho, no distrito de Aveiro, e a Estrada Municipal 585 junto à localidade de Longos, concelho de Guimarães, no distrito de Braga.

A circulação ferroviária na Linha da Beira Alta, que esteve suspensa desde o final do dia de domingo devido aos incêndios foi retomada às 05:30 de hoje no troço entre Mortágua (distrito de Viseu) e Gouveia (distrito da Guarda), segundo a Infraestruturas de Portugal (IP).

Na segunda-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) anunciou que vai manter o alerta vermelho devido aos incêndios em todos os distritos até às 20:00 de hoje.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

(Atualizada às 9:00 com informação acerca das estradas)

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