"Honestamente, é difícil superar os meus dois países favoritos: Suíça e Portugal"

O famoso questionário Proust respondido pelo diretor-geral da Bayer Portugal, Marco Dietrich.
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A sua virtude preferida?
Tolerância combinada com cortesia.

A qualidade que mais aprecia num homem?
Mais do que uma. Dar confiança, abertura às pessoas e novas ideias, saber respeitar e ter um impulso interior baseado num forte propósito pessoal para fazer a diferença na vida das pessoas.

A qualidade que mais aprecia numa mulher?
Não vale a pena diferenciar as qualidades que aprecio num homem ou numa mulher, pois há obviamente muitas qualidades que aprecio em seres humanos como honestidade, criatividade, humildade, gratidão...

O que aprecia mais nos seus amigos?
Ser tão fácil rir e divertirmo-nos juntos e também não serem necessárias muitas palavras para nos compreendermos nos bons ou maus momentos.

O seu principal defeito?
Um dos meus defeitos é que tendo a ser distraído. Por exemplo, é comum colocar garrafas de leite vazias no frigorífico.

​​​​​​​A sua ocupação preferida?
Estar ao ar livre e praticar desporto é o que mais me motiva. O meu desporto favorito é o ténis. Em Portugal, comecei também a praticar padel, que enfatiza fortemente a parte social de fazer desporto.

Qual é a sua ideia de "felicidade perfeita"?
Depois de praticar desporto ao ar livre, estar perto da natureza, nas montanhas ou no mar, com a família e com os amigos apenas a aproveitar momentos juntos.

Um desgosto?
Quando viajei entre Berlim e Zurique durante mais de um ano e não pude estar com a minha família. Acabei por não me sentir em casa em nenhuma destas cidades, o que rapidamente mudou quando a minha família se mudou para Berlim.

O que é que gostaria de ser?
Quando era criança, queria ser ator. Hoje em dia, apesar de não ter talento para a música, gostaria de ser um pianista altamente qualificado.

Em que país gostaria de viver?
Honestamente, é difícil superar os meus dois países favoritos - Suíça e Portugal - onde cresci e onde vivo agora, respetivamente.

A cor preferida?
Azul.

A flor de que gosta?
Rosa da montanha.

O pássaro que prefere?
Águia.

O autor preferido em prosa?
Nos últimos anos tem sido Claude Cueni, um autor suíço. Gosto particularmente dos seus romances históricos e um deles é sobre a sua própria vida, com inúmeros contratempos que teve que passar. Admiro-o por continuar a ser tão otimista e tão afirmativo, apesar de tudo e da sua doença grave.

Poetas preferidos?
Oscar Wilde. Ele vai direto ao assunto no que diz respeito à sua crítica à sociedade, sempre de forma bela e com um grande sentido de humor.

O seu herói da ficção?
Quando era criança, sempre foi o Astérix por ser pequeno, inteligente e forte.

Heroínas favoritas na ficção?
Neste momento é a Maisel da série The Marvelous Mrs. Maisel. Uma mulher no final dos anos 50 e um modelo de emancipação que segue o seu caminho contra muita resistência. Neste caso, como comediante de stand-up, que naquela época era uma área dominada por homens.

Os heróis da vida real?
Roger Federer é um herói para mim a jogar ténis, mas também pela sua personalidade. Ele mantém-se humilde e terra a terra, com uma capacidade espantosa de estar plenamente no jogo e no momento e, ao mesmo tempo, de analisá-lo e entender o que se está a passar. No meu dia-a-dia, os meus heróis estão na minha equipa e nas pessoas da Bayer que trabalham incansavelmente e apaixonadamente para cumprir a nossa Visão - Saúde para todos, fome para ninguém.



As heroínas históricas?
Jane Goodall é uma das minhas favoritas. Admiro a forma como dedicou a sua vida à ciência e aos chimpanzés, proporcionando-lhes um tratamento e uma vida melhor.

Os pintores preferidos?
Se precisar de escolher um diria que é o Andy Warhol. Para a minha casa gosto muito de arte fotográfica.

Compositores preferidos?
Antonio Vivaldi, na música clássica.

Os seus nomes preferidos?
Melin e Luc. Os nomes dos meus dois filhos.

O que detesta acima de tudo?
Malevolência.

A personagem histórica que mais despreza?
Tendo vivido os últimos cinco anos em Berlim, com a história da Segunda Guerra Mundial tão presente, é Adolf Hitler. As consequências ainda estão tão presentes, e é importante pensar que o ser humano aprende com a história...

O feito militar que mais admira?
A fundação da União Europeia que começou com base na crença de que a colaboração económica, as interdependências e os interesses comuns podem evitar conflitos militares.

O dom da natureza que gostaria de ter?
Voar como um pássaro.

Como gostaria de morrer?
Adormecer pela última vez como um avô mentalmente apto, satisfeito com as minhas conquistas e grato por ter uma vida tão boa.

Estado de espírito atual?
Muito descontraído depois de umas férias maravilhosas passadas aqui em Portugal, com amigos de Berlim e, ao mesmo tempo, com energia para o que está para vir na segunda metade do ano.

Os erros que lhe inspiram maior indulgência?
Há muitos... um deles é arriscar fazer algo que acabamos por não gostar, mas que nos permite aprender e descobrir aquilo que realmente gostamos de fazer.

A sua divisa?
Um dos meus favoritos é um ditado alemão: "Sê o ferreiro da tua própria felicidade". Diz-me duas coisas. Em primeiro lugar, cabe-me a mim ver o copo meio cheio ou meio vazio e, em segundo lugar, ainda mais importante, devo concentrar-me nas coisas que posso mudar ou impactar.

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