Homem que atropelou três pessoas em Reguengos de Monsaraz entregou-se à PJ
O homem que na sexta-feira à noite atropelou três pessoas em Reguengos de Monsaraz, na sequência de desacatos ocorridos numa esplanada, entregou-se esta quarta-feira nas instalações da PJ de Évora e fez-se acompanhar de um advogado, apurou o DN. Em causa está um crime de tentativa de homicídio.
O incidente aconteceu junto à esplanada de um café na sexta-feira à noite, em Reguengos de Monsaraz (Évora). Após uma rixa, o homem colocou-se dentro de uma viatura e atropelou três pessoas, causando ferimentos ligeiros numa delas. Na altura a PJ foi chamada ao local e efetuou perícias às viaturas apreendidas. Durante a ocorrência foram partidas mesas e cadeiras da esplanada do café, que ficou "praticamente destruída".
YouTubeyoutubeQ4WzPA2zDm0
A GNR esclareceu entretanto que foi instaurado processo de averiguações para apuramento de eventual responsabilidade disciplinar relativamente à atuação dos militares da Guarda Nacional Republicana, dado que os dois elementos presentes no local tiveram uma postura muito pouco interventiva.
A passividade dos dois militares levou mesmo Rui Rio, líder do PSD, a colocar uma mensagem no twitter. "Que justificação têm o ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita] e o primeiro-ministro [António Costa] - que diz que ele é um excelente governante - sobre esta cena de violência, perante a total condescendência da GNR?", questionou Rui Rio.
O ministro da Administração Interna vai reunir-se no dia 27 com o presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz depois dos desacatos ocorridos na sexta-feira à noite junto da esplanada de um bar da cidade.
Fonte oficial do Ministério da Administração Interna (MAI) disse que a reunião vai realizar-se na próxima terça-feira nas instalações do MAI, em Lisboa.
A reunião acontece depois de o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, ter pedido uma audiência, com caráter de urgência, a Eduardo Cabrita com o objetivo de "garantir um reforço de efetivos e de meios" da GNR.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, a Câmara de Reguengos de Monsaraz considerou que o caso de violência ocorrido na sexta-feira na cidade evidencia a "falta de efetivos" da GNR e considerou "fundamental" a identificação dos "infratores" e a abertura de "inquéritos".
.