Greve Climática Estudantil: jovens protestam em prol do ambiente
A Greve Climática Estudantil está de regresso e tem data marcada para esta sexta-feira, pelas 11.00 horas, com uma marcha até ao Ministério da Economia. Os estudantes portugueses responderam ao apelo do movimento internacional Fridays For Future e a Praça José Fontana, em Picoas, é o ponto de encontro para esta greve pelo ambiente.
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Matilde Ventura, porta-voz da ação, conta ao DN que "o foco desta greve é especialmente passar a mensagem da urgência do fim da indústria fóssil até 2030". "É preciso cortar as emissões a nível nacional e a forma mais eficaz de o fazer é através do fim dos combustíveis fósseis e da exploração do gás natural", explica.
Os participantes desta marcha acusam o governo de lucrar com a inação e destruição e marcham até ao ministério para exigir medidas que cortem as emissões de gases com efeitos de estufa. "O ministério da economia tem sido o centro decisivo das políticas do nosso país e é o centro operacional de todas as petrolíferas. Se queremos o fim da economia fóssil temos de ir onde ela opera", justifica Matilde.
"Nós precisamos de realizar uma transição energética que seja justa e não uma exploração como a que tem vindo a acontecer, que é uma aposta simultânea em energias renováveis, enquanto se continua a exercer o negócio da energia fóssil. Nenhuma mudança está realmente a ser feita no sentido de realizar a transição energética porque até no nosso governo se aposta na indústria fóssil, nomeadamente o ministro do Mar e da Economia, António Costa e Silva, que é ex-CEO da petrolífera Partex Oil and Gas", defende.
Para 7 de novembro, a ação prevê o movimento "Fim ao Fóssil: Ocupa!" que terá lugar em várias escolas e universidades de Lisboa.
"Nós precisamos não só dos jovens, mas de todos os setores da sociedade. Precisamos de todos nesta luta para conseguirmos alguma mudança. Vamos precisar de mobilizações cada vez maiores para cortar as emissões ao ritmo e à escala necessários", conclui.