Grande incêndio Universidade do Porto
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Grande incêndio Universidade do Porto

No Porto foi um taxista a dar o alerta para as chamas que começavam a consumir a Universidade. O fogo alastrou-se e consumiu diversas zonas do edifício. Em Nova Iorque, 25 pessoas barricaram-se dentro da Estátua da Liberdade, em protesto contra injustiças sociais.
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Há 50 anos muito do património da Universidade do Porto ficou destruído, devido a um grande incêndio. Na madrugada de ontem: destruída pelo fogo parte da Universidade de Porto, titulava o DN.

A encimar a notícia, uma fotografia dava conta da dimensão dos estragos: O salão nobre transformado em escombros, era a legenda. “Violento incêndio destruiu durante a madrugada de ontem, parte considerável da Universidade do Porto, incluindo a reitoria, os arquivos e praticamente todos os serviços centrais, o Senado e o salão nobre e instalações das Faculdades de Ciências e de Economia”, podia ler-se. “Desconhecem-se as causas do sinistro. Os prejuízos são incalculáveis”, acrescentava o DN. 


Este grande incêndio, na Universidade do Porto, começou por volta das quatro da manhã e foi um taxista a dar o alarme, ao passar no local e aperceber-se das chamas. “Imediatamente parou o carro e foi bater à porta principal, a fim de acordar o empregado que ali se encontrava, Américo Moreira Alves. Depois de o ter feito, o mesmo motorista de táxi, servindo-se do seu rádio avisou a central, que por sua vez reclamou os bombeiros.


A aflição instalou-se. “Por seu turno, o empregado, desconhecendo a extensão do sinistro, muniu-se de um extintor e correu para o local [as chamas começaram no segundo piso do edifício], mas achou-se impotente perante o fogo. (...) Pelas 5 horas, o sinistro atingiu uma fase de grande violência quando se verificou a derrocada do telhado e do respectivo travejamento. Rolos de fumo e faúlhas subiram pelo ar, espalhando-se em redor do edifício”.


Do Ultramar chegavam notícias. Prospecção de petróleo no Estado de Angola: Concedidos direitos de pesquisa e exploração a mais três sociedades, avançava o DN. Ainda em Angola, era adjudicada a construção da barragem de Gandgelas, no Cunene. “(...) A barragem custará cerca de 40 000 contos e será uma estrutura de betão com 26 metros”, anunciava o jornal. 


Em Nova Iorque, nos Estados Unidos, havia protestos. Barricados na Estátua da Liberdade, era o título. “Protestando contra as injustiças sociais, vinte e cinco pessoas barricaram-se dentro da Estátua da Liberdade. (...) Os manifestantes prometeram continuar no local o tempo necessário para que ‘a sua mensagem seja ouvida’.”

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