Grande desastre de avião em França
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Grande desastre de avião em França

Naquele que foi considerado, à época, o maior desastre aéreo de sempre morreram 345 pessoas, num voo que tinha descolado de Orly em direção a Londres. Dois portugueses morreram numa obra em França e dois palestinianos sequestraram um avião.
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Foi um dia negro para a aviação civil. “A maior tragédia da historia da aviação: Morreram os 345 ocupantes dum ‘jacto’ turco que saíra de Orly e se despenhou e explodiu nos arredores de Paris”, titulava o DN, com uma grande fotografia da tragédia a encimar o título. “Cadáveres mutilados pendendo das árvores conferiam um aspecto dantesco à floresta de Ermenonville”, podia ainda ler-se.

“O imponente aparelho descolara 15 minutos antes do aeroporto de Orly, a caminho de Londres com uma lotação de passageiros quase completa, principalmente composta por ingleses, franceses, turcos e japoneses. (...) Morreu, no acidente cerca do dobro das vítimas registadas em qualquer outro desastre de aviação”.


De França chegava outra má notícia. “Desastre em Avinhão: Morreram seis portugueses que trabalhavam na construção dum parque de estacionamento subterrâneo”. A causa do desastre foram as fortes chuvas que se fizeram sentir, no local, e levaram ao abatimento de um muro no estaleiro da obra onde os emigrantes portugueses trabalhavam.


Ainda no domínio da aviação, outro incidente: “Dois palestinianos desviaram um avião britânico incendiando-o no aeroporto de Amsterdão”. Felizmente, deste acto terrorista não resultaram vítimas. “Os passageiros e tripulantes conseguiram salvar-se”. Dizia a notícia:“Dois piratas do ar que se apoderaram de um avião comercial inglês, em viagem de Beirute para Londres, e o incendiaram depois de aterrar em Amsterdão, foram presos pela noite no aeroporto de Schipol”.


O jornalista francês Roland Faure voltava a escrever uma crónica, em exclusivo, para o DN. “A punhalada de Powell privou os conservadores de alcançar a maioria”, lia-se no título. “Heath reuniu-se com os principais ministros do seu gabinete, enquanto aumentam os obstáculos a um pacto com os liberais”.  


Em Marrocos foram descobertos jazigos de petróleo “suficientes para alimentar o país durante alguns séculos”, anunciava o rei Hassan II. 


Em Israel desenhava-se uma crise política: “Golda Meir desistiu de formar um novo governo”. 

Do Ultramar regressava o congressista americano Philip Crane. “Muito do futuro do mundo livre depende do futuro de Portugal”, vindo de Angola e Moçambique.  

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