Funerais. Centenas de pessoas homenagearam militares da GNR mortos em queda de helicóptero
Os funerais com honras de quatro dos cinco militares mortos em acidente de helicóptero na passada sexta-feira foram realizados este domingo. Centenas de pessoas acompanharam as cerimónias em Lamego e em Moimenta da Beira. Familiares, amigos, pessoas da comunidade, colegas de farda e autoridades de Estado também prestaram solidariedade. Na igreja de Santa Cruz, em Lamego, a cerimónia religiosa foi presidida pelo bispo da cidade, António Couto.
O Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e outros representantes políticos marcaram presença em Lamego. Marcelo Rebelo de Sousa havia declarado na manhã de ontem, em Aveiro, que marcaria presença para “apresentar às famílias e às comunidades (...) o pesar do povo português que compreende a importância daquele contributo daqueles militares, daqueles servidores de segurança, que estavam em missão, a missão não tinha terminado”.
O Comandante-geral da GNR, tenente-coronel Rui Ribeiro Veloso, também acompanhou as homenagens e esteve com as famílias desde cedo - estas estão a receber assistência psicológica. O quinto funeral, do último corpo encontrado no rio Douro, será realizado esta segunda-feira em Castro Daire. Fonte do gabinete do primeiro-ministro em Lamego disse à agência Lusa que Luís Montenegro marcará presença pelas 16:00.
As cinco vítimas, com idades compreendidas entre os 29 e 45 anos, eram do distrito de Viseu e estavam de regresso de um combate à incêdio no concelho de Baião. Quanto ao piloto de 44 anos, fonte hospitalar disse à Lusa que está a recuperar dos ferimentos e deverá permanecer por mais uns dias na enfermaria de ortopedia do hospital de Vila Real. Ele já prestou depoimento ainda no sábado.
As causas do acidente estão a ser investigadas por meio do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). No dia de ontem, mais buscas foram realizadas, com objetivo de encontrar peças e destroços da aeronave, cuja maior parte já foi recolhida. Segundo Rui Silva Lampreia, comandante da Polícia Marítima do Norte, ainda restam sem encontrados o computador do helicóptero e o rotor de causa.
O GPIAAF tenciona publicar amanhã uma nota informativa dando conta das constatações iniciais da investigação e do caminho a prosseguir.