Fundação Oceano Azul lança iniciativa para valorizar o capital natural marinho português
A Fundação Oceano Azul lançou, esta quarta-feira, uma iniciativa que desafia profissionais de várias áreas como economistas, juristas, cientistas, marketeers a desenvolverem em conjunto "instrumentos que contribuam para a valorização económica do capital natural marinho português"
O lema desta primeira edição é "Take less, Earn more" e quer atrair projetos que valorizem o pescado nas Áreas Marinhas Protegidas (AMP) e áreas envolventes. "Desta forma, aumentar-se-á o valor comercial do pescado através da valorização da sua origem, uma garantia de qualidade".
As soluções apresentadas pelos concorrentes devem, simultaneamente, aumentar o valor do pescado e diminuir o número de capturas. "Pretende-se contribuir para um modelo económico mais sustentável e mais produtivo, invertendo a lógica de sobre-exploração do pescado e criando novos mecanismos na ação política".
A proposta vencedora receberá um prémio de 150 mil euros para a sua implementação. A intervenção tem de ter "cariz económico, com contributo da área legal e da área de comunicação/marketing". As propostas deverão ser submetidas até 20 de maio de 2022.
O presidente executivo da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, considera que "é urgente reunir esforços para mudar o atual paradigma económico, que não incorpora a valorização dos recursos naturais, contribuindo para a sua destruição ao invés da sua preservação". "No caso concreto das pescas, a Fundação Oceano Azul acredita que o crescimento económico deve estar assente na criação de mais valor por unidade de captura, aproveitando a riqueza e diversidade do mar português. O fator diferenciador será a qualidade, e não a quantidade, de peixe pescado, valorizando-se a biodiversidade e o rendimento dos pescadores", disse.