Franklim Marques quer assegurar competências das Ordens profissionais
Em comunicado aos meios de comunicação social, Franklim Marques fez saber a apreensão sobre as possíveis de propostas de alteração aos estatutos das Ordens profissionais em geral, "e em particular na Ordem dos Farmacêuticos".
"Se é certo que o combate à pandemia se deveu a um empenho e abnegação de todos os profissionais de saúde - de que os farmacêuticos são parte fundamental inseridos no SNS ou com muita proximidade - a verdade é que tal se deve também ao poder agregador da sua Ordem e espírito missão no combate a esta doença.
"A nossa apreensão está num possível condicionamento do seu campo de ação através da criação de órgãos de controle que se possam sobrepor aos órgãos eleitos pelos pares, com poder executivo, deliberativo, fiscalizador e jurisdicional. Assim, de uma assentada esvai-se todo o espírito que preside à formação e funcionamento duma ordem profissional - ser capaz de regular a profissão e representar os seus profissionais - em detrimento duma alegada supervisão ou controlo por órgãos que podem condicionar toda a sua atividade, de composição externa aos seus profissionais, alterando todo um bom costume de autonomia no seu funcionamento".
No mesmo comunicado o candidato a Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos e que é atualmente presidente da Secção Regional Norte da Ordem dos Farmacêuticos indicou que "a intenção pode e deve ser revista e tudo faremos, mediante o recurso a órgãos próprios, para sensibilizar a Assembleia que a proposta de alteração que está em cima da mesa aos estatutos das ordens profissionais pode ser melhorada, salvaguardando as suas competências e atribuições, sem prejuízo para a dignidade e prestígio dos profissionais que as integram, em que se incluem todos os colegas Farmacêuticos".