O Pro XL e o Pro em Quartzo rosa. As outras cores disponíveis são obsidiana, porcelana e avelã. O "normal" deste ano é exatamente do mesmo tamanho do Pro.
O Pro XL e o Pro em Quartzo rosa. As outras cores disponíveis são obsidiana, porcelana e avelã. O "normal" deste ano é exatamente do mesmo tamanho do Pro.Google

Família Google Pixel renovada. Quer tirar foto de grupo e aparecer também? Agora pode

Empresa norte-americana escolhe agosto para lançar novo hardware. São três novos telefones – pela primeira vez aposta-se num modelo “XL” – dois relógios e fones. Tudo ainda com mais IA.
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À nona geração, a família de smartphones Pixel ganha um membro de maiores dimensões. O Pixel 9 Pro XL vem juntar-se à linha, que fica agora com três telefones (em lugar dos habituais dois, o “normal” e o Pro) sendo assim um produto para quem gosta de ecrãs maiores – ou tem alguma falta de vista…

Isto porque o XL tem um ecrã de 6,8 polegadas, contra os 6,3 polegadas do Pro e do normal (são ambos do mesmo tamanho). Em relação aos modelos do ano passado, os Pixel 8, “cresceram” uma polegada – o 8 “normal” tinha um ecrã de 6,2’’ e o Pro de 6,7’’.

O tamanho do chassis maior permite ainda introduzir uma bateria com um pouco de mais capacidade no XL: 5060mAh contra 4700mAh no Pro. E também o carregamento rápido é mais eficaz no modelo maior – a Google anuncia 70% de carga em 30 minutos no modelo XL contra apenas 55% no outro.

De resto, o Pixel 9 Pro XL tem exatamente as mesmas características do que o Pro, segundo foi revelado no início do mês à imprensa internacional pela Google – e apresentado ao público esta terça-feira.

Aliás, mesmo para o modelo “normal” as diferenças internas não são substanciais, exceptuando a memória (os Pro vêm com 16GB de RAM contra 12 GB do “normal”). Os três incluem o novo processador de última geração Tensor G4, criado pela própria Google e otimizado para correr no chip algoritmos de Inteligência Artificial do Gemini (o modelo para mobile de IA da empresa) o que permite oferecer praticamente os mesmos serviços de software nativo nos três aparelhos.

Entre elas, um inovador sistema de IA que permite a quem está a tirar uma foto de grupo pedir depois a uma dessas pessoas do vir tirar uma segunda foto de forma a que o próprio apareça na imagem original. Mas já lá vamos…

A maior diferença entre os equipamentos é, assim, nas câmaras. Os Pro e Pro XL vêm equipados com aquilo que o fabricante apelida do “melhor sistema de câmara de sempre da Google”. O que, tendo em conta o reconhecido histórico da linha Pixel para produzir fotografia via telemóvel, não é dizer pouco.

A "família" Pixel apresentada ao público neste dia: smartphone, smartwatch e fones.

Câmara tripla com zoom ótico

Nos dois modelos Pro a Google instalou uma câmara tripla que oferece sistemas de zoom que, diz o fabricante, têm “desempenho com qualidade ótica de 0,5x, 1x, 2x, 5x e 10x”. Isto porque o sistema de lentes utiliza a teleobjetiva para fazer zoom ótico até 5x e depois entre a conjugação de lentes, e os sensores de 50 e 48 megapíxeis presentes a IA retira a imagem equivalente como se se tivesse lentes mais potentes. Este sistema "está disponível em vídeo pela primeira vez”, afirma a marca.

Outra das novidades é o a melhoria do vídeo noturno, bem como da Otimização de vídeo – sistema em que o ficheiro tem de ser enviado para os servidores da Google para ser processado, mas que ficou prometido ter-se reduzido o tempo de processamento pois parte do trabalho é também já realizado no próprio telefone. Este serviço passa agora a estar disponível em vídeos até à resolução 8K

A câmara frontal também foi atualizada, recebeu um sensor de 42 megapíxeis, prometendo-se assim maior sensibilidade e, como tal, selfies melhores mesmo com pouca luz.

Pixel 9 “normal” – duas câmaras, muitas promessas

Apesar de o modelo “que não é Pro” se distinguir aparentemente por ter uma câmara “mais fraca”, esta não é à partida nada de deitar fora. A principal tem um sensor de 50 megapíxeis e a secundária é uma ultrawide de 48MP para Macrofoco. Já a câmara de selfies passa a ter focagem automática, o que é uma novidade interessante

IA já conhecida melhorada e uma novidade

A Google continua a apostar nas ferramentas de IA para tratamento de imagem e a novidade nesta geração é o Adiciona-me – a referida funcionalidade que, promete o gigante do software, permite ao utilizador facilmente tirar a foto e depois ir aparecer na mesma.

O processo, segundo demonstrado, parece de facto simples: trata-se no fundo de uma sobreposição de duas fotos, realizada pela IA. Tira-se a primeira foto, o sistema mantém esta no ecrã, para referência, o “fotógrafo” passa o telefone a outra pessoa e põe-se em plano. A IA une as duas fotos numa só. Tudo feito diretamente no telefone, instantaneamente, sem recurso à “nuvem” – tal como acontece com a já conhecida funcionalidade Melhor Take, em que é possível combinar os rostos de várias fotos de grupo numa só.

O Editor Mágico, promete a Google, também foi melhorado, pois consegue agora reenquadrar automaticamente a sua foto e sugerir o melhor recorte.

Ainda quanto a serviços de IA, a série Pixel 9 vem já ativada com o Gemini, o mais avançado sistema de Inteligência Artificial da Google, no lugar do Assistant, que promete “ajudar a encontrar informações das apps Google, ajudar a fazer planos em qualquer lugar, como extrair os detalhes de uma festa de um convite no Gmail e sugerir floristas nas proximidades no Maps”, por exemplo. “Também pode conversar com o Gemini para saber mais informações ou agir de acordo com o que vê no ecrã”, segundo se pode ler no comunicado enviado às redações.

Os smartphones da Google chegam ao mercado nacional próxima semana, no dia 22, com a pré-venda a iniciar-se agora na Google Store, Vodafone, Worten e Fnac -- os parceiros Google em Portugal. Os preços começam nos 920 euros para o “normal”, 1120 para o “pro” e 1220 para o XL.

O Pixel Watch agora são dois

O Pixel Watch continua muito ficado no exercício, com a integração com o Fitbit (propriedade da Google).

Ao mesmo tempo que os três telefones, a Google lança dois smartwatches: o Pixel Watch 3, que (finalmente) é fabricado em dois tamanhos – de 41 e 45mm de diâmetro.

O Watch mantém o formato redondo, “imagem de marca” do relógio do fabricante norte-americano, e promete melhorias a nível de autonomia – apesar de continuar a não ultrapassar as 24 horas com todos os serviços ativos – e de rigor nas medições cardíacas, de sono, etc.

A parceria com a Fitbit (que a Google adquiriu) e os algoritmos de IA fazem com que o enfoque no treino seja grande, com o fabricante a garantir que, este ano, foi dado grande prioridade na medição precisa dos dados em corrida.

A IA está, diz a Google, particularmente afinada para avisar o utilizador sobre quando e quanto tempo deve recuperar, para saber “quando o seu corpo está pronto para um treino exigente e até que ponto o seu coração está a trabalhar, para que não esteja a aumentar ou reduzir a exigência dos treinos”.

Os relógios entram também já em período de pré-reserva, mas só estarão disponíveis em setembro. Pela primeira vez, chegarão a Portugal uma versão LTE, ou seja, compatível com eSIM – liga-se à internet móvel e faz chamadas sem precisar estar próximo do telefone – num exclusivo da Vodafone.

Buds Pro 2 – fones ficaram mais pequenos

Os novos Buds apresentam-se como sendo dos mais pequenos do mercado, tendo em conta as funcionalidades que incluem.

Os novos fones da Google foram igualmente lançados esta terça-feira, também com previsão para chegar ao mercado nacional para setembro. Tendo em conta que – como escrevemos – os Buds Pro têm do melhor som que já ouvimos em aparelhos do género, esta nova entrada na família tem um desafio grande pela frente.

A Google promete ter conseguido isso mesmo ao introduzir nos fones o chip Tensor A1, responsável por “processamento avançado de áudio”, incluindo o cancelamento ativo de ruído ambiente, que é conseguido analisando “até 3 milhões de vezes por segundo” o som exterior.

Estes fones são 27% mais pequenos do que os anteriores, mais leves mas, garante a Google, têm maior autonomia. Mantêm as funcionalidades de IA como a Deteção de Conversas, em que os buds “percebem” quando se começa a falar, colocam a música em pause e mudam os auriculares para o modo Transparência. “Quando a conversa termina, a música é retomada automaticamente, e volta ao cancelamento ativo de ruído sem ter de fazer nada”, descreve a Google.

Visto no “papel”, tudo são bem interessantes evoluções na já avançada família de dispositivos que a Google, empresa de software, oferecia ao mercado. Ficamos à espera da oportunidade de os testar – e contar tudo!

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