A ainda presidente executiva (CEO) da TAP contesta o despedimento e acusa o Governo de ter tido "pressa política" para a exonerar e de a despedir através da televisão.."O Governo, com a pressa política de decapitar a Requerente, tirou logo a conclusão de - já depois de ter exonerado a requerente pela televisão - pretender a mesma nos termos que 'propõe' nos projetos de deliberação unânime", indica a contestação da defesa de Christine Ourmières-Widener, citada pela TVI/CNN..A gestora considera que o seu afastamento "integra uma estratégia política definida, pelo Governo, de encontrar alguém para 'sacrificar' - no caso a Requerente - pelos efeitos políticos associados à saída da eng.ª Alexandra Reis", que recebeu 500 mil euros de indemnização aquando da saída da transportadora aérea, num processo que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) considerou ilegal..Christine Ourmières-Widener entende que a "exoneração com justa casa, sem observância de procedimento prévio, carece de fundamento legal". "Nos termos conjugados do Estatuto do Gestor Público e dos Estatutos da TAP, é à Assembleia Geral que compete a eleição e a destituição do respetivo Conselho de Administração, sendo imperativo, no caso de demissão (...) a audição prévia do gestor", argumenta..O Governo anunciou a exoneração da presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, a e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, em 06 de março, depois de anunciados os resultados de uma auditoria da (IGF), que concluiu que o acordo para a saída de Alexandra Reis é nulo e grande parte da indemnização de perto de meio de milhão de euros terá de ser devolvida..A polémica começou no final de dezembro, altura em que o Correio da Manhã noticiou que a então secretária de Estado do Tesouro tinha recebido uma indemnização de cerca de 500.000 euros para sair dois anos antes do previsto da administração da empresa..O processo foi negociado ao abrigo do código das sociedades comerciais, quando a TAP está abrangida pelo estatuto do gestor público..O caso motivou uma remodelação no Governo, incluindo a saída do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.