Espanha e Mbappé cumprem os seus sonhos. E a 'borboleta' Microsoft lançou o caos no mundo

Espanha e Mbappé cumprem os seus sonhos. E a 'borboleta' Microsoft lançou o caos no mundo

Joe Biden fica ou sai? E qual é o Estado da Nação portuguesa? Eis duas perguntas para as quais a semana não deu respostas conclusivas. Certo foi a conquista do Europeu de futebol pela Espanha e a confirmação de Mbappé no Real Madrid. Já a teoria do caos comprovou-se com apenas uma ação da Microsoft.
Publicado a
Atualizado a

SÁBADO

Um atentado falhado que põe em xeque os Serviços Secretos dos EUA

O momento em que Donald Trump foi levado do palco pelos elementos dos Serviço Secretos após ter sido atingido.
EPA/DAVID MAXWELL

Uma enorme falha de segurança quase provocava o quinto assassínio de um presidente dos Estados Unidos, neste caso de um ex-presidente que tenta uma segunda eleição. Donald Trump acabou ferido sem gravidade numa orelha por um atirador que conseguiu instalar-se no cimo de um edifício a pouco mais de 100 metros do palco em Butler (Pensilvânia) onde participava no Butler Farm Show. Enquanto falava, num discurso forte contra a imigração, o candidato republicano às Eleições Presidenciais de novembro foi o alvo de Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos, cujas motivações para a sua ação não foram encontradas pelos investigadores.

Do tiroteio resultaram dois mortos - o atirador, abatido pelos snipers dos Serviços Secretos - e um bombeiro que protegeu a família e acabou por ser atingido.

Na História dos EUA quatro presidentes em exercício foram assassinados - Abraham Lincoln (1865), James A. Garfield (1881), William McKinley (1901) e John F. Kennedy (1963). E dois, além de Trump, foram feridos: Ronald Reagan, enquanto estava no cargo (1981), e o ex-presidente Theodore Roosevelt (1912).

DOMINGO

Um país em festa liderada por dois jovens

A seleção de Espanha foi ovacionada por milhares de pessoas no percurso que a Campeã da Europa cumpriu pelas ruas de Madrid.
CESAR MANSO / AFP

Em Espanha o futebol foi ainda mais rei neste domingo. De nada valeu a vitória de Carlos Alcaraz no torneio de ténis de Wimbledon (a quarta conquista de um Grand Slam e a segunda em Inglaterra) pois o foco dos espanhóis estava no futebol e na final do Europeu que a seleção jogava com a Inglaterra. E à noite a festa “explodiu” com o triunfo, por 2-1, e a conquista do quarto Campeonato Europeu de Futebol sénior.

No meio dos festejos e elogios, o maior destaque acabou por ser para dois jovens atletas: Nico Williams e Lamine Yamal que, curiosamente até fazem anos em dias seguidos - o primeiro completou os 22 no dia 12 de julho e o melhor jovem atleta do torneio festejou o 17.º aniversário a 13, véspera da final. Em comum têm também o facto de serem filhos de imigrantes, existindo outros casos na seleção, e de manterem uma grande amizade. São eles o rosto da diversidade que existe em Espanha - ambos vêm de famílias de imigrantes de África -, ao ponto de terem feito mais pela união do país do que muitas campanhas publicitárias.

SEGUNDA-FEIRA

Ter os inimigos por perto. A tática de Trump?

J. D. Vance com a mulher, Usha Vance, na convenção onde foi nomeado como candidato a vice-presidente de Donald Trump.
EPA/SHAWN THEW

Dois dias depois de ter sido alvo de uma tentativa de assassínio - a que escapou apenas com um ferimento na orelha direita -, Donald Trump divulgou o nome do seu vice-presidente. A escolha recaiu sobre James David Vance (mais conhecido como J.D. Vance), senador pelo Estado de Ohio desde 2022.

J.D. nem sempre foi apoiante do antigo presidente e agora candidato. Logo após ser conhecida a sua indigitação surgiram alguns comentários seus sobre o seu “chefe” como estes: “Nunca serei apoiante de Trump”; “Nunca gostei dele”. Certo é que mudou de ideias e agora aceitou e terá de lidar de perto com a pessoa de que não gostava. Já Trump, das duas uma: ou não quer saber qual a opinião de J.D. Vance sobre si, ou adotou a teoria de que devemos manter os amigos sempre por perto e os inimigos ainda mais perto. Ou então, não é nenhuma das duas e só Trump poderá explicar a razão de ter escolhido o homem que Joe Biden (presidente dos EUA e também novamente candidato) já catalogou como “um clone de Trump”.

O futuro nos dirá como será a relação entre os dois republicanos.

TERÇA-FEIRA

Um rapaz feliz que quis imitar o ídolo: “Hala Madrid!”

A apresentação de Mbappé no Real Madrid foi um dos acontecimentos mediáticos da semana.
OSCAR DEL POZO / AFP

Oitenta e cinco mil pessoas assistiram no Estádio Santiago Bernabéu ao episódio final de uma novela com fim anunciado há muitos meses. Kylian Mbappé foi, finalmente, confirmado como jogador do Real Madrid, até junho de 2029.

Mas antes o clube fez uma “maldade” ao atleta: um vídeo com a voz de Luciano Pavarotti a cantar Nessun Dorma em que foram apresentados momentos icónicos do clube e, no relvado, estavam as 15 taças da Liga dos Campeões conquistadas pelo histórico clube. A cerimónia deu ainda para o internacional francês - que deverá receber 26 milhões de euros por época - relembrar um outro ídolo do clube e seu: Cristiano Ronaldo. O jogador francês pediu aos adeptos para gritarem em uníssono “Hala Madrid!”, o mesmo que o português fez quando foi apresentado em 2009. E assim começou a história de Mbappé em Espanha. Vamos ver se conseguirá corresponder às elevadas expectativas que estão depositadas nele.

QUARTA-FEIRA

Estado da Nação. Muita retórica e visões diferentes

O primeiro-ministro Luís Montenegro no debate do Estado da Nação.
Gerardo Santos / Global Imagens

“Desigual” ou com “esperança”? E o Orçamento de Estado de 2025? “Se fizermos uma avaliação positiva, viabilizaremos. Se não, Chumbaremos”. A manhã reservada na Assembleia da República para discutir o Estado da Nação mostrou, afinal, o que já se sabe: a oposição considera que o país está pior - a palavra mais usada foi “desigual” - para muitas pessoas devido às políticas do Governo AD. Já o Executivo contraria essa visão: os ministros estão a resolver problemas e não se “empurra os problemas com a barriga”, como frisou o líder parlamentar Hugo Soares.

Durante as cinco horas de debate muitas foram as críticas feitas por cada bancada numa retórica que não passa disso mesmo: frases para serem usadas como bons títulos para a comunicação. Houve de tudo, até tempo para o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, citar o antigo primeiro-ministro António Costa, ao referir-se ao que o Governo, na sua opinião, já cumpriu: “Palavra dada é palavra honrada.” E pouco mais ficou na memória de quem seguiu o debate...

QUINTA-FEIRA

Até Obama já pede a Biden para desistir. E este já “abriu a porta”

Barack Obama juntou-se aos elementos do Partido Democrata que defendem a desistência de Biden da corrida à reeleição como presidente dos EUA.
Mandel NGAN / AFP

Depois de alguns dias fora do espaço mediático devido à tentativa de assassínio de Donald Trump, o foco na campanha para as Eleições Presidenciais nos EUA (em novembro) regressou ao atual presidente e à sua recandidatura. Depois da má presença num programa televisivo em que “defrontou” Trump e de algumas confusões em intervenções públicas, Joe Biden está a ser pressionado por várias personalidades para desistir a tempo de o Partido Democrata conseguir encontrar um candidato que possa fazer frente ao ex-presidente, o que parece estar longe das hipóteses do atual líder norte-americano.

As mais recentes declarações nesse sentido foram de Barack Obama, que terá dito a pessoas do partido que Biden precisava de considerar a possibilidade de desistir - pelo menos foi isso que escreveu o diário The Washington Post. E a verdade é que depois de vários desmentidos, Biden mudou o discurso dizendo que se houver indicações médicas poderá desistir de tentar a reeleição. Certo é que a haver uma decisão, essa não poderá demorar muito, pois o tempo escasseia para o Partido Democrata. 

SEXTA-FEIRA

A atualização de sistema que lançou o caos no mundo

A falha informática do sistema da Microsoft provou o caos em várias empresas.
EPA/RAJAT GUPTA

Neste dia conhecemos a versão informática da metáfora sobre o Efeito Borboleta e a teoria do caos. Um problema nos sistemas operativos da Microsoft provocou falhas a nível mundial que afetou aeroportos (o de Berlim foi encerrado), bancos, a rede ferroviária do Reino Unido, órgãos de comunicação social (a inglesa Sky News esteve sem conseguir emitir em direto durante várias horas), por exemplo.

De acordo com a Microsoft o problema terá tido origem numa atualização do Crowdstrike Falcon, uma funcionalidade de cibersegurança para o sistema operativo Windows 10 utilizado por empresas e que usa a Inteligência Artificial. Na rede social X a Microsoft explicou logo pela manhã que estava a tomar medidas para resolver a falha informática: “Os nossos serviços continuam a registar melhorias contínuas, enquanto continuamos a tomar medidas de mitigação”, afirmou. Voltemos ao bater das asas da borboleta, neste caso, informática, que comprova que uma mudança na situação normal - na presente situação, bastou uma atualização de sistema - provoca imediatamente um caos difícil de controlar.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt