Climáximo tinge de vermelho fonte do edifício que alberga ministérios

Climáximo tinge de vermelho fonte do edifício que alberga ministérios

Apoiantes do grupo despejaram corante vermelho na fonte do edifício da Caixa Geral de Depósitos que alberga vários ministérios do Governo, em protesto contra a proposta de Orçamento de Estado que consideram “criminosa”.
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Apoiantes do Climáximo despejaram esta quarta-feira de manhã corante vermelho na fonte do edifício da Caixa Geral de Depósitos que alberga vários ministérios do Governo, em protesto contra a proposta de Orçamento de Estado que consideram “criminosa”.

O vermelho simboliza o “sangue nas mãos” do Governo por alimentar a crise climática.

“Ao longo de várias semanas, as discussões sobre o Orçamento do Estado, cujo debate na generalidade começa hoje, limitaram-se a jogos de bastidores, deixando de parte as reais implicações das políticas públicas na vida das pessoas. Durante meses, estas discussões foram relatadas pela comunicação social como se de uma telenovela se tratasse, e a crise climática, a maior ameaça que a humanidade alguma vez enfrentou, não foi nem uma nota de rodapé. Entre dramas partidários, IRS jovem e IRC, as políticas que são realmente necessárias para travar o colapso ficaram à porta”, afirmou Alice Gato, apoiante do Climáximo, citada por um comunicado enviado às redações.

“O Climáximo vê este OE e as decisões que serão levadas a cabo por estes ministérios como parte da normalização em curso na sociedade dos atos de violência de governos e empresas contra a vida”, pode ler-se.

“Tal como processos institucionais vazios, como a 29ª Conferência das Nações Unidas pelo Clima que irá acontecer em novembro, o OE demonstra que os Governos não nos vão salvar da destruição em curso. Pelo contrário: colocam conscientemente o pé no acelerador rumo ao inferno climático. Este é o Orçamento do estado de guerra em que nos encontramos. Eles continuam a levar-nos para um mundo com crescentes incêndios, secas, quebras de colheitas e cheias desastrosas, como as que já mataram 51 pessoas desde ontem em Valência, comprometendo tudo aquilo a que as pessoas dão valor: uma sociedade justa e democrática, condições de vida dignas e um planeta habitável para prosperar", declarou Alice.

“Não é nos gabinetes de ministros que se vai encontrar a mudança de rumo necessária para travar a destruição em curso e desmantelar a indústria fóssil antes que seja demasiado tarde: têm de ser as pessoas comuns de todo o lado — trabalhadores, estudantes, mães, pais, filhos, precários, desempregados, avós, netos — a pôr um fim a estes ataques constantes de governos contra a vida e a garantir a sobrevivência”, acrescenta o grupo, que apela a toda a sociedade para se juntar à manifestação e ação de resistência civil em massa “Parar Enquanto Podemos”, dia 23 de novembro, que partirá às 15:00 da Praça Paiva Couceiro para bloquear a Praça do Chile, em protesto contra a “normalização da violência da crise climática”.

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