BCSD Portugal pede para acelerar a transição para a bioeconomia circular
O BCSD Portugal e mais de 50 empresas associadas apresentaram um manifesto onde pedem para que a COP15 da Biodiversidade seja um momento de viragem para o reconhecimento da importância da natureza para a economia mundial.
"Hoje, metade da economia mundial depende de capital natural, como matérias-primas, mas a delapidação dos ecossistemas e a perda de biodiversidade encontram-se atualmente no topo dos riscos ambientais globais, a par das alterações climáticas", refere a associação em comunicado enviado esta segunda-feira às redações, pedindo incentivos aos governos e frisando que as empresas devem estabelecer planos de ação com metas claras, ambiciosas e alinhadas com a ciência de valorização da biodiversidade e do capital natural, bem como adotar sistemas de reporte de riscos e impactes, procurando que os seus modelos de negócios sejam regenerativos.
João Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, quer que na COP15 da Biodiversidade "seja decidido um reforço dos incentivos à transição para um novo paradigma de bioeconomia circular e de baixo carbono, assente em matérias-primas preferencialmente de origem biológica, renováveis e com níveis de desperdício próximos de zero".
A COP15, que terá lugar em dezembro, na cidade de Montreal, no Canadá, tem como principal objetivo a adoção de uma Estratégia Global para a Biodiversidade Pós-2020, para travar a perda global de biodiversidade até 2030 e promover a recuperação dos ecossistemas naturais.