Ativistas pelo clima invadem edifício da Ordem dos Contabilistas
Dezenas de manifestantes invadiram este sábado um edifício em Lisboa, onde decorria um evento privado com o ministro da Economia, António Costa Silva, durante uma marcha contra o Fracasso Climático.
No exterior do edifício, na Avenida Defensores de Chaves, centenas de manifestantes da marcha pelo clima, iniciativa organizada pela coligação "Unir Contra o Fracasso Climático", cantavam "Fora, fora Costa Silva".
Alguns manifestantes entraram dentro do edifício onde se encontrava o ministro da Economia, tendo sido chamadas as forças de segurança.
Duas unidades das forças de segurança entraram dentro do prédio, estando os manifestantes a ser retirados, alguns deles arrastados pelas forças de segurança.
"Não vamos sair daqui enquanto ele [ministro da Economia] não sair", sublinhavam.
Posteriormente, foi criado um cordão formado por entre 15 a 20 forças de segurança à entrada do edifício.
Entretanto, os manifestantes abandonaram o local, passando pelo Arco do Cego, onde fizeram uma paragem de cerca de 15 minutos, seguindo para o Liceu Camões, onde chegaram por volta das 16:30.
Várias organizações ambientalistas juntam-se este sábado numa marcha pelo clima em Lisboa para exigirem "políticas climáticas compatíveis com a realidade climática". Alguns dos manifestantes invadiram a Ordem dos Contabilistas na deste sábado para fazer frente ao ministro da economia.
Sob o lema "Unir contra o fracasso climático", a marcha, que começa às 14:00 no Campo Pequeno e termina junto ao Instituto Superior Técnico, é convocada quando decorre, no Egito, a 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
A marcha é organizada por associações como a Climáximo, a DiEM25, a Scientist Rebellion Portugal e a Zero, bem como a Greve Climática Estudantil, que ao longo da última semana promoveu um protesto que passou pela ocupação de seis escolas secundárias e faculdades em Lisboa para apelar ao fim dos combustíveis fósseis.
Desde segunda-feira, o movimento Greve Climática Estudantil Lisboa iniciou um protesto que incluiu a ocupação de seis escolas e universidades de Lisboa, iniciativa que visa exigir o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar.