Ativistas bloqueiam entrada da Galp em protesto contra papel das petrolíferas

Um grupo de ativistas pela justiça climática juntou-se, esta segunda-feira, na sede da Galp, em Lisboa, para se manifestar contra o papel das empresas petrolíferas na crise do custo de vida e na crise climática

Três dos manifestantes colaram as mãos na porta da sede para impedir o normal funcionamento da empresa.

"A Galp, no primeiro semestre deste ano, fez 420 milhões de euros em lucros e vai atingir lucros recorde este ano, através do aumento dos preços. Neste momento as petrolíferas estão a aumentar brutalmente os preços do gás, do petróleo, de outros fósseis, usando como desculpa a invasão à Ucrânia, quando na realidade este aumento de preços vai maioritariamente para o lucro das empresas. Estão a levar-nos a uma crise social sem precedentes ao mesmo tempo que estamos a viver em colapso climático", afirma Mariana Rodrigues, ativista do grupo Climáximo.

Os três ativistas que se colaram às portas da sede foram detidos pela Polícia. "A única criminosa aqui é a Galp, não somos nós", afirmou ao DN uma das manifestantes enquanto estava a ser acompanhada para o carro da Polícia.

"A Galp é uma criminosa por continuar a extrair, a explorar, a importar e a queimar gás em Portugal. Por causa disso estamos cá hoje, estamos a lutar pelo fim ao gás fóssil para garantir que temos uma solução viável. O que nós precisamos neste momento é segurança, soberania e independência energética e isso nunca vai ser possível enquanto as empresas fósseis dominarem o mercado e o Governo, e enquanto não fizermos uma transição para energias 100% renováveis. Estamos cá hoje para isso e vamos continuar a estar", terminou Mariana Rodrigues em declarações ao DN.

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