Durante uma crise energética, pode ser pedido aos consumidores que reduzam a utilização de energia em períodos críticos, prevê o Plano de Preparação para Riscos no Setor da Eletricidade.
Durante uma crise energética, pode ser pedido aos consumidores que reduzam a utilização de energia em períodos críticos, prevê o Plano de Preparação para Riscos no Setor da Eletricidade.Foto: Reinaldo Rodrigues

Apagão: disparam pedidos para radioamador

Anacom recebeu, na semana a seguir ao apagão, tantos pedidos para exame de radioamador quanto num mês normal
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A noção de que radiofrequência é o meio mais fiável para manter comunicações em tempos de crise aumentou com o apagão de dia 28 de abril, dá a entender a ANACOM num comunicado enviado esta segunda-feira às redações. O interesse no radioamadorismo disparou na primeira semana de maio, com “o aumento do número de pedidos de realização de exames. Entre janeiro e abril registou-se, em média, 45 pedidos por mês. E na semana de 1 a 7 de maio, a seguir ao apagão, registaram-se 40 pedidos. Ou seja, o apagão fez disparar o número de pedidos de exame: numa semana tivemos quase tantos pedidos, como existia em média, num mês completo”, diz a entidade liderada por Sandra Maximiano.

Entre as razões apresentadas para quem procura fazer os testes de radioamador estão o facto de querer “ter acesso a comunicações que não estejam dependentes de eletricidade, cabos, postes, antenas, etc., em caso de catástrofes naturais, como incêndios ou tempestades, ou no caso de um apagão, como o que aconteceu recentemente” e também de que “em alturas de catástrofe o serviço de rádio amador é um meio alternativo eficaz e imprescindível”.

O regulador das telecomunicações recorda que “as estações de amador são meios fiáveis e persistentes de comunicação através de radiofrequências” e salienta que o “este crescente interesse no radioamadorismo é interessante porque contraria a tendência que se tem verificado, marcada por uma redução do número de radioamadores”.

A entidade reguladora considera também que esta movimentação é particularmente significativa para reforçar “a valorização do radioamadorismo, nomeadamente junto das novas gerações”, e aproveita para recordar que em 2022 fez chegar ao Governo “um anteprojeto de alteração do Decreto-Lei que define as regras aplicáveis aos serviços de radiocomunicações de amador e de amador por satélite, bem como o regime de atribuição de certificados e autorizações especiais aos amadores e de licenciamento de estações de uso comum”. Uma legislação que ainda não sofreu qualquer tipo de alteração.

Recorde-se que, no dia 28 de abril, a Península Ibérica sofreu uma falha generalizada de energia que, durante cerca de 12h, deixou muitas regiões completamente às escuras, impedindo a realização de comunicações de qualquer outra forma que não a radiofrequência.

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