"Temos de aumentar a capacidade de ver os doentes de primeira vez e ser mais céleres nos diagnósticos precoces." O desejo do urologista Luís Abranches Monteiro sintetiza parte das preocupações que o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF, órgãos do Global Media Group, já começaram a recolher no âmbito da iniciativa "Próstata de Lés a Lés" que começa agora em colaboração com a Associação Portuguesa de Urologia. Trata-se de uma viagem de norte a sul e ao longo das próximas semanas vai perceber junto dos urologistas portugueses quais as principais dificuldades e assimetrias no combate ao cancro da próstata, patologia que todos os anos mata 1900 homens. Anualmente são diagnosticados cerca de 6600 novos casos de carcinoma da próstata, como tecnicamente é designado, número que tem vindo a aumentar porque há uma maior consciência do risco e, por conseguinte, mais diagnósticos. Apesar de tudo, há mais diagnósticos precoces que fazem a grande diferença quando é preciso iniciar tratamento. A deteção precoce permite quase sempre uma intervenção com maior taxa de sucesso. Cerca de 85% dos homens diagnosticados em fase inicial eliminaram a doença.