Estado do país? É francamente mau. As pessoas estão a viver cada vez pior, com menos rendimentos, castigadas por uma inflação que não termina e por uma carga fiscal crescente. Por isso, as pessoas sentem, no dia a dia, o peso dos impostos da inflação. Por outro lado, temos um governo que é, provavelmente, um dos piores governos da história da democracia portuguesa: 13 demissões em 15 meses, algumas delas relacionadas com casos graves de crimes, de corrupção e outros - demonstra bem que o país tem sido muito mal governado..Fiscalidade... Claramente, o peso dos impostos em Portugal, hoje, é excessivo. As famílias e as empresas pagam impostos a mais, que já há muito tempo deviam ter sido reduzidos. Mas ninguém acredita que com o PS no governo os impostos se reduzirão. Em 2022, os portugueses pagaram mais 23,6 mil milhões de impostos e contribuições do que tinham pagado em 2015, no último ano do governo PSD-CDS. Com as políticas socialistas de aumento da despesa pública, de aumento do Estado, do número de funcionários públicos, a única resposta é aumentar a carga fiscal. A carga fiscal só diminuirá no dia em que o Partido Socialista deixar de governar o país..Choque fiscal? Portugal precisa de um choque fiscal. Precisa, por um lado, que o Estado seja reduzido - pesa demasiado na sociedade - e, simultaneamente, os impostos também. As famílias e as empresas estão castigadas com a maior carga fiscal da história da democracia portuguesa e, por isso, sim, acredito que a redução significativa dos impostos é uma alternativa de Centro-Direita para o futuro deste país..Irlanda... É um exemplo de que reduzir impostos e, sobretudo, sobre as empresas faz crescer um país, faz aumentar a sua riqueza, o seu desenvolvimento e, por essa via também, faz um país mais justo. Se Portugal tivesse seguido a reforma fiscal, a reforma do IRC de 2013, neste momento as empresas portuguesas estariam já a pagar uma taxa de IRC de 17%. Seguramente, Portugal era um país mais próspero, era um país mais desenvolvido e era, seguramente, um país mais justo..Eleições europeias... Serão um desafio para o CDS. Mas, antes, temos eleições na Madeira - o primeiro teste que o CDS vai ter - e teremos um Congresso, a que chamamos Congresso Reformador, em que o Partido vai aprovar um novo programa, que vai aprovar a estratégia e os nomes para as europeias. Por isso, é um pouco cedo para falarmos das eleições europeias. Mas posso deixar-lhe algumas notas. Entendo que o CDS nas eleições europeias deve apelar a todos os portugueses que se reveem na União Europeia, mas uma União Europeia que respeite o Estado-Nação, por um lado. Por outro lado, o CDS deve apelar ao voto em todos os portugueses para também para castigarem o atual governo, tendo em conta a péssima governação que o PS tem mostrado..Madeira com ou sem Chega? Acho que o CDS, que vai concorrer em coligação com o PSD, deve lutar para ter uma maioria absoluta na Madeira. É para isso que a coligação está a lutar e estou absolutamente convencido de que os madeirenses irão premiar a coligação e irão atribuir uma maioria absoluta à coligação PSD-CDS. Por outro lado, é importante que os eleitores, quer na Madeira, quer em Portugal como um todo, olhem para o que aconteceu nos Açores: a Iniciativa Liberal e o Chega, à primeira dificuldade, rasgaram o acordo que tinham de apoio ao governo PSD-CDS e preparavam-se para entregar novamente o poder ao Partido Socialista..Ser Direita é... Em primeiro lugar, é ser a favor e ser um partido defensor das famílias. Por outro lado, é ser defensor das liberdades. E, em terceiro lugar, é ser defensor da propriedade com consciência social..Defensor das famílias, numa altura em que o Estado exerce um domínio cada vez maior sobre a sociedade, em áreas tão sensíveis como a Educação, a escola ou a Saúde. Em segundo lugar, ser defensor da liberdade, numa altura em que o Estado asfixia fiscalmente as famílias e os contribuintes, em que a carga fiscal bate recordes todos os anos e em que os portugueses têm cada vez menos liberdade para usar os seus rendimentos. E, em terceiro lugar, estar ao lado dos proprietários, defender a propriedade, numa altura em que o Estado quer forçar o arrendamento de casas que não lhe pertencem. São três valores, são três bandeiras. E estas três bandeiras, devem ser essenciais do novo programa do CDS..Livro para férias? Estou a ler um livro sobre a história de Napoleão. Comecei-o agora e espero poder lê-lo durante as férias. É um livro que marca uma fase muito importante e relevante da História da França: narra a vida de Napoleão, desde muito cedo na Córsega, passando depois por todas as fases e todas as batalhas que este general travou. É interessantíssimo. Gosto de livros de história, de política e é por isso um dos livros que lerei durante as férias..Férias: praia ou campo? Gosto de férias no campo e na praia. Costumo passar férias, no Alentejo, mais particularmente em Alcácer, numa casa de família. E Alcácer tem esta coisa extraordinária de ser, por um lado, campo, mas por outro lado está relativamente próximo das praias. Por isso, o meu lugar de eleição para passar férias é em Alcácer do Sal, onde tenho as minhas raízes familiares..Um verdadeiro luxo é... Um verdadeiro luxo é termos tempo para passar com a família, para passar com os nossos amigos, termos tempo para fazer balanços da nossa vida e perspetivar os anos que ainda temos pela frente, para sermos úteis à nossa comunidade, aos amigos e à família.