Reino Unido: Família Soares dos Santos nega compra de lojas BHS

Retalhista britânica está à beira da insolvência, com 11 mil postos de trabalho em risco
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A holding da família Soares dos Santos, que controla a Jerónimo Martins, nega estar na corrida à compra das lojas britânicas British Home Stores (BHS) uma retalhista britânica que está à beira da insolvência. Os media britânicos dão a Sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS) como uma das integrantes de um consórcio para comprar a BHS.

"É um rumor sem qualquer fundamento", refere fonte oficial da SFMS em declarações ao Dinheiro Vivo. O jornal The Guardian deu conta na quinta-feira que há um consórcio para comprar a BHS liderado por Greg Tufnell, conhecido como antigo diretor da Mothercare, uma marca que vende roupas para bebés.

Já terá mesmo sido paga parte desta operação, que deverá ascender aos milhares de milhões de euros, o que mostra determinação na conclusão da compra desta cadeia britânica, de acordo com a mesma publicação, que cita fontes ligadas ao mercado.

A aquisição das lojas BHS vai ser negociada até à próxima segunda-feira, com o anúncio oficial esperado para meados da próxima semana, acrescenta a mesma publicação. Há grande expectativa para o fecho desta operação. Sem acordo, há 11 mil postos de trabalho que estão em risco.

O consórcio disposto a comprar a BHS, que registou, a 12 de maio, a Richess Group Limited, também é constituído por Nick de Scossa, um banqueiro suíço, e José Maria Soares Bento. Tufnell, Scossa e Soares Bento são os três administradores da Richess Group, de acordo com os registos oficiais disponíveis na Internet.

No início da semana, a Sky News e o Telegraph ;deram conta que seria a empresária Isabel dos Santos e não a família Soares dos Santos que fariam parte deste consórcio, que negoceia a compra da BHS com a sociedade Duff & Phelps.

A BHS foi fundada em 1928 por um grupo de empresários norte-americanos. Conta atualmente com 164 lojas no Reino Unido. Foi colocada sob administração judicial depois de em abril ter sido detetado um défice nas pensões de 571 milhões de libras.

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