Mário Carvalho Jesus interrompeu, há cerca de ano e meio, um debate na Assembleia da República e teve de ser retirado das galerias do hemiciclo por quatro agentes da PSP. Gritou contra o então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e agora, segundo avançou o Jornal de Notícias, foi condenado a seis meses de prisão com pena suspensa por um ano..De acordo com o jornal esta foi a mais dura sentença para quem protagonizou protestos na Assembleia da República e só não o foi ainda mais porque não se conseguiu perceber o que dizia o manifestante..O homem, que tal como na época de encontra desempregado, foi condenado por ter perturbado o funcionamento do Parlamento, já que, na sequência do seu protesto, a então presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, mandou parar os trabalhos por 10 minutos. Segundo o jornal, o tribunal reforçou que "existem locais próprios para levar a cabo atividade política, levantar protestos e fazer ouvir o descontentamento", mas esforçou-se por não transformar o caso "num exemplo de tutela feroz, pró-ativa e esmagadora"..[artigo:4447508].Agora, Mário Carvalho Jesus revela que recusou um acordo (pagamento de 250 euros ou prestação de 40 horas de trabalho comunitário) e aquilo que disse no Parlamento e que ninguém conseguiu perceber: "Não podemos permitir que os nossos carrascos nos criem maus costumes". Uma frase de Simone de Beauvoir que a própria Assunção Esteves já usara, precisamente numa outra situação de protesto no Parlamento, em 2013..O ano passado foi marcado por vários protestos nas galerias do hemiciclo. No mesmo dia em que Mário carvalho Jesus foi expulso, já um grupo de jovens havia sido retirado do local também por protestos..[artigo:4447508].Os vários casos levaram Assunção Esteves a querer discutir os protestos, "de forma séria", em conferência de líderes.