O novo representante do Estado na administração da OGMA vai ser o general Luís Araújo, no que é um regresso dos militares da Força Aérea à empresa de Alverca, soube o DN..O general de quatro estrelas, que terminou a carreira militar em fevereiro de 2014, vai ser proposto na assembleia-geral eletiva da empresa aeronáutica que se realiza quinta-feira - no que pode ser visto como um sinal de que Portugal vai avançar para a compra das aeronaves militares KC-390, admitiu uma das fontes ouvidas pelo DN..O Estado detém 35% da OGMA, pelo que elege dois administradores não executivos. A construtora Embraer, com os restantes 65%, tem cinco administradores executivos brasileiros..Luís Araújo vai ser proposto pela Empordef, a holding das indústrias de Defesa, juntando-se ao antigo ministro da Defesa Júlio Castro Caldas como representante do Estado na OGMA..O general vai substituir o ex-presidente da Empordef Vicente Ferreira..O último general de quatro estrelas da Força Aérea a exercer funções na OGMA foi outro antigo chefe do ramo, Aleixo Corbal, que deixou o cargo no verão de 2003 (cerca de dois anos antes da privatização parcial da empresa)..A OGMA está envolvida na produção da nova aeronave de transporte militar da Embraer, o KC-390, visto como o principal sucessor à escala global dos norte-americanos Hércules C-130 e que a Força Aérea vai substituir dentro de poucos anos..Portugal assinou há uns anos, pelo então ministro da Defesa Augusto Santos Silva, uma carta de intenções para compra de até seis KC-390, posição que foi mantida pelo sucessor, José Pedro Aguiar-Branco. .Recorde-se que o general Luís Araújo liderou o grupo responsável pela compra dos helicópteros EH101, adquiridos pela Força Aérea há uma década..Note-se ainda que o general deixou a carreira militar no meio de uma polémica: manteve-se no ativo desde 1 de janeiro de 2014 até cessar funções, em fevereiro do mesmo ano, apesar de estar reformado desde o final do ano anterior - o que é estatutariamente proibido. Isso resultou de ter requerido a mudança de situação a fim de não ser prejudicado no valor da reforma com os cortes impostos pelo governo de então.