Mortes por sarampo diminuíram 71% entre 2000 e 2011

O número de mortes provocadas pelo sarampo diminuiu 71% entre 2000 e 2011, apesar da Organização Mundial de Saúde alertar que 20 milhões de crianças ficaram por vacinar só em 2011.
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Dados divulgados hoje pela Organização Mundial de Saúde indicam que o número de mortes provocadas pelo sarampo diminuiu de 542 mil em 2000 para 158 mil em 2011 (71%), enquanto que o número de novos casos caiu de 853.500 para 355.000 (58%) no mesmo período.

Estes números estão "largamente relacionados com o aumento da cobertura" da vacinação, indica a OMS, que recomenda duas doses da vacina do sarampo a todas as crianças.

A organização estima que em 2011, 84% das crianças estivessem vacinadas, enquanto que em 2000 a cobertura era de 72%, e o número de países que fornecem a segunda dose como rotina aumentou de 97 em 2000, para 141 em 2011.

"Apesar deste progresso global, algumas populações continuam desprotegidas", alerta a OMS, que estima que 20 milhões de crianças não receberam a primeira dose da vacina em 2011.

Mais de metade dessas crianças vive em cinco países: a Índia (6,7 milhões), a Nigéria (1,7 milhões), a Etiópia (1 milhão), o Paquistão (0,9 milhões) e a República Democrática do Congo (0,8 milhões).

Só no ano de 2011 registaram-se grandes surtos de sarampo em todos estes países, assim como França, Itália e Espanha que registaram surtos significativos.

Lançada em 2001, a Iniciativa Sarampo é uma parceria liderada pela Cruz Vermelha Americana, pela Fundação das Nações Unidas, pelos centros norte-americanos para Controlo e Prevenção da Doença, pela UNICEF e pela OMS, com o objetivo de reduzir o número de mortes associadas à doença.

Em abril de 2012, os parceiros introduziram um novo plano focado no sarampo e na rubéola: a Iniciativa Sarampo e Rubéola, cuja meta é reduzir as mortes por sarampo em 95% até 2015 e eliminar as duas doenças em pelo menos cinco das seis regiões da OMS até 2020.

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