Quais são as 18 cidades que competem com o Porto para acolher a Agência Europeia do Medicamento

Ao todo, Bruxelas recebeu 19 candidaturas, que agora irá analisar
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As candidaturas para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA) fecharam ontem, 31 de julho. Esta terça-feira, 1 de agosto, o Conselho Europeu da União Europeia revelou quais as cidades que competem com o Porto para receber a nova sede da agência, que deixa Londres devido ao Brexit.

Ao todo, candidataram-se a acolher a Agência do Medicamento 19 cidades. Portugal elegeu o Porto - um dossiêr polémico que começou com uma candidatura lisboeta - e os restantes estados-membros fizeram as seguintes escolhas: Amesterdão, Atenas, Barcelona, Bona, Bratislava, Bruxelas, Bucareste, Copenhaga, Dublin, Helsínquia, Lille, Malta (o site não indica a localização exata), Milão, Sófia, Estocolmo, Viena, Varsóvia e Zagrebe.

Veja aqui o dossiê da candidatura do Porto, na versão portuguesa.

A 22 de junho, os líderes europeus concordaram em seis critérios que as cidades candidatas deveriam cumprir para ver aceite a candidatura: a garantia de que a agência está operacional quando deixar o Reino Unido, a acessibilidade da localização, escolas internacionais para os filhos dos funcionários, acesso ao mercado de trabalho e cuidados de saúde para as famílias dos funcionários, continuidade das atividades e dispersão geográfica.

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A Comissão Europeia irá agora analisar as candidaturas tendo em conta estes seis critérios, até ao dia 30 de setembro. Em outubro, será feito o debate político das conclusões que resultaram da análise da Comissão e, em novembro, os 27 estados membros da UE votam no Conselho da União Europeia para decidir o destino da Agência Europeia do Medicamento.

Os ministros de Assuntos Gerais serão os responsáveis pela votação, que terá um máximo de três rondas e seguirá o esquema que já foi utilizado em 2013 para mudar de Londres para Budapeste a sede da CEPOL, agência da UE para a formação policial.

A votação será secreta e não contará com a participação do Reino Unido. Cada um dos 27 Estados-membros terá o mesmo número de pontos.

Na primeira ronda, cada país poderá atribuir 3, 2 e 1 pontos às cidades candidatas, de acordo com a ordem da sua preferência.

Se algumas delas conseguir três pontos de mais de metade dos países (14), será considerada eleita por maioria absoluta. Se isso não acontecer, passam à ronda seguinte as três cidades com maior número de votos.

Na segunda ronda, cada país terá um ponto -- se alguma cidade conseguir 14, será eleita. Caso contrário, passarão à última ronda as duas mais votadas.

Em primeiro lugar, será decidida a nova sede da EMA e o país que a acolher terá de renunciar à EBA, a Autoridade Bancária Europeia, caso também seja candidato.

Esta terça-feira foram igualmente conhecidas as cidades candidatas a acolher a EBA. São oito: Bruxelas, Dublin, Frankfurt, Luxemburgo, Paris, Praga, Viena e Varsóvia.

Governo decidiu em junho candidatar o Porto

O Governo aprovou, em abril, a candidatura de Portugal, pretendendo instalar a sede do organismo europeu na capital, mas a decisão gerou polémica, com outras cidades a reivindicarem a mesma intenção.

Em final de junho, o executivo decidiu reabrir o processo de candidatura, de forma a integrar também representantes do Porto, e o Conselho de Ministros decidiu a 13 de julho candidatar a cidade do Porto para acolher a EMA, por considerar ser a cidade portuguesa que "apresenta melhores condições para acolher a sede daquela instituição".

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Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

A EMA conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe anualmente visitas de cerca de 35 mil representantes da indústria, enquanto a Autoridade Bancária Europeia (EBA) tem 159 funcionários, segundo dados da União Europeia.

Com Lusa

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