Bicicletas partilhadas na Cidade Universitária, Amoreiras e Lumiar
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), manifestou na terça-feira a intenção de estender a rede de bicicletas partilhadas da capital, a Gira, às zonas da Cidade Universitária, Amoreiras e Lumiar.
"O próximo ciclo deve abranger naturalmente a Cidade Universitária e isso está já falado com a universidade, a próxima colocação de estações", começou por dizer o presidente da Câmara na Assembleia Municipal de Lisboa. A nova fase da Gira deve "abranger também a zona das Amoreiras e as zonas de Telheiras e do Lumiar, como fortes áreas residenciais".
Com vista a esta expansão, Fernando Medina afirmou que já deu "orientações no sentido de se fazerem os estudos preparativos do que será a nova fase seguinte da Gira", uma vez que o objetivo do município é que "as principais áreas [da cidade] estejam cobertas" por esta rede. "Nós hoje já temos o grau de confiança suficiente de que a Gira é um bom sistema, é um sistema de sucesso, cumpre uma função essencial na mobilidade de último quilómetro, a ligação entre meios de transporte públicos e grandes pontos de frequência de pessoas", considerou.
Para já, o sistema foi desenhado com um total de 140 estações e 1.410 bicicletas. Das 140 estações, 92 ficarão localizadas no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade.
"O que temos previsto é que até 31 de março possam entrar em funcionamento entre 30 a 40 estações adicionais, depende agora de questões técnicas associadas à obra física da ligação dos ramais de eletricidade, e que possamos fazer crescer este número até às cerca de 140 estações" já previstas, disse o socialista.
Antes, Fernando Medina tinha dito que "os primeiros números" relativos à utilização da Gira permitem provar a "derrota dos céticos, de quem sempre criticou a aposta na bicicleta".
"Só neste período que ainda estamos em fase de testes, e só com um terço da rede a funcionar, já existem quase cinco mil inscritos com passes anuais e já se realizaram mais de 133 mil viagens", precisou, acrescentando que destas "30 mil" foram efetuadas em fevereiro, "com uma média de quatro viagens por bicicleta".
Na opinião do líder do executivo municipal, estes números permitem "concluir que o sistema das bicicletas partilhadas é um sucesso na cidade de Lisboa, e vai ser um sucesso ainda maior".
Medina expôs esta posição no período dedicado à informação escrita do presidente, depois de interpelado pela deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.
Questionado também quanto à Carris, Medina disse que "nos últimos 100 dias entraram já 42 trabalhadores, maioritariamente afetos ao serviço dos elétricos, guarda-freios".
O objetivo do município é a contratação de 250 trabalhadores até ao final do ano.
Quantos aos novos autocarros chegam à empresa "em julho", acrescentou o presidente da Câmara de Lisboa.
Ainda sobre a rodoviária da capital, o autarca salientou que "todos os meses está a aumentar a oferta", sendo que em janeiro "aumentou em 6% os quilómetros percorridos", face a igual período homólogo.
Na sua intervenção da informação escrita do presidente, Medina aproveitou também para informar os deputados municipais que o Campo das Cebolas abrirá "dentro de poucos dias" ao público, e que as obras no Palácio Nacional da Ajuda também irão ter início no mesmo período.