Bancos europeus e Europol juntos no combate ao cibercrime

Partilha de dados dos bancos com o serviço europeu de polícia não inclui informações criminais, refere ao DN responsável da Unidade Nacional da Europol, Ana Moniz
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Com o aumento do cibercrime e as suas consequências no setor financeiro, a Federação Europeia de Bancos e o Centro do Cibercrime da Europol (Serviço Europeu de Polícia) assinaram no início da semana um protocolo de cooperação para intensificar esforços no combate a esta criminalidade sofisticada. O anúncio foi feito no site da Europol. A responsável portuguesa pela unidade nacional da Europol em Lisboa, Ana Moniz, ressalvou, em declarações ao DN, que esta cooperação "não abrange a partilha de informações criminais que os bancos europeus tenham", pois tal violaria a soberania judicial de cada estado membro. Como explica Ana Moniz, o protocolo permitirá "uma troca de práticas dos bancos relativamente ao cibercrime, práticas de mercado e conselhos de prevenção com a Europol".

O gabinete nacional da Europol está instalado no edifício sede da Polícia Judiciária, em Lisboa.

Em Portugal, o Governo preparou em 2012 um plano estratégico pra reforçar a segurança da informática na administração pública. A criminalidade informática, o cibercrime, tem vindo a crescer no nosso país. No âmbito da cooperação internacional com a Interpol em 2013, foram abertos 174 novos processos relativos a criminalidade informática, de um total de 3.971. Os ilícitos nesta área tanto podem incluir fraude e clonagem de cartões de crédito como hactivismo, espionagem e terrorismo.

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