Montenegro pede a pensionistas que “ignorem medo” e aponta “promessas cumpridas”
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Montenegro pede a pensionistas que “ignorem medo” e aponta “promessas cumpridas”

Líder do PSD recordou os vários compromissos que, há pouco mais de um ano, deixou aos mais velhos, como o aumento de todas as pensões segundo a lei e do Complemento Solidário para Idosos.
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O líder do PSD pediu esta segunda-feira aos pensionistas e reformados que “ignorem o medo e as tentativas de contaminação do debate com novos temores”, dizendo que a AD cumpriu todas as promessas que fez aos idosos.

Num comício em Castelo Branco, Luís Montenegro recordou os vários compromissos que, há pouco mais de um ano, deixou aos mais velhos, como o aumento de todas as pensões segundo a lei e do Complemento Solidário para Idosos, dizendo que não só “cumpriram estas promessas”, como as excederam ao dar um suplemento extraordinário às reformas mais baixas a meio do ano.

“É altura de todos ignorarem o medo, ignorarem as tentativas de contaminação do debate com as velhas táticas de criar novos temores. Há um ano já não havia muito como colar, desta vez não há mesmo nada: respondemos por aquilo que fizemos e estamos a fazer”, defendeu.

Neste comício de final de tarde, Montenegro repetiu ainda uma mensagem que tem sido uma constante: que apenas o voto na AD pode significar um Governo mais estável a partir de 18 de maio.

“Quero dizer aos portugueses que veem na estabilidade um elemento fundamental: votem mesmo na AD porque este é único que dá esta garantia”, defendeu.

O também recandidato a primeiro-ministro voltou a referir que “as pessoas estão cansadas de eleições”, e considerou que, além da escolha de um programa, nas próximas eleições está em causa escolher um Governo que tenha condições para o executar.

Por isso, apelou ao voto na AD de todos os que priorizam um Governo estável, mesmo que não concordem “a 100% com as suas ideias”, mas no essencial aprovam o que tem sido feito em áreas como salários, pensões, imigração, segurança, saúde ou educação.

“Só no domingo, dia 18, é que há uma possibilidade de dar estabilidade ao país. Na segunda-feira, dia 19, já não é possível. Não é possível corrigir na segunda-feira aquilo que se fez no domingo”, disse, noutra mensagem constante desta campanha.

Perante algumas centenas de pessoas que encheram o cineteatro de Castelo Branco, Luís Montenegro justificou a escolha de Pedro Reis, ministro da Economia, como cabeça de lista para este círculo, substituindo a professora universitária Liliana Reis, que este ano nem integrou a lista de deputados da AD.

“O Pedro Reis está em Castelo Branco para que nós possamos dizer a todos aqueles que aqui vivem e trabalham que a nossa aposta é termos uma economia forte com indústria, com serviços, com comércio, com turismo, com agricultura, e com isso poder fixar as populações”, disse, considerando a escolha “um sinal inequívoco” da importância que a AD dá não só ao distrito, mas também a todos os territórios de baixa densidade.

Para Montenegro, “estas são terras de baixa densidade, mas de elevado potencial, desde logo humano”.

“De gente de princípios, de valores, gente de trabalho, gente que quer acrescentar, gente positiva, gente alegre, gente que está disponível para acrescentar valor ao país”, disse.

A alegria do Governo PSD/CDS-PP foi, aliás, outro dos argumentos usados pelo primeiro-ministro para pedir o voto na AD.

“Nós somos um país alegre, um governo alegre, que confia naquilo que é a raiz e a alma do ser português”, elogiou.

Montenegro afirma que AD está reconciliada com pensionistas e focada nas pessoas

O líder da AD afirmou esta segunda-feira que o Governo PSD/CDS reconciliou-se com os pensionistas, está na campanha pela positiva e focado nas pessoas, não para diminuir os outros ou para recorrer ao desespero de explorar medos.

Luís Montenegro falava no final do comício da AD – coligação PSD/CDS no pavilhão da Associação Empresarial da Região da Guarda, em que, tal como aconteceu esta segunda-feira, ao fim da tarde, em Castelo Branco, voltou a destacar a questão dos pensionistas.

Na parte mais política da sua intervenção, o primeiro-ministro falou de “uma onda” que está a crescer em torno da AD, aludiu às sondagens favoráveis, mas repetiu o aviso de que as eleições só se ganham no próximo dia 18.

Mas Luís Montenegro procurou sobretudo colocar em contraponto a campanha que diz estar a ser feita pela AD e a campanha que as oposições, segundo ele, estão a fazer.

“Estamos nesta campanha como estivemos no Governo, estamos a prestar contas, estamos focados nas pessoas, nos reais desafios do país e a olhar no país. Estamos na campanha a dizer e não para diminuir os outros”, declarou.

De acordo com o presidente do PSD, ao longo do último ano, as oposições lançaram medos, por exemplo, sobre a redução do IRC em um ponto percentual. Aconteceu que, em 2024, a receita prevista de IRC passou de oito para dez mil milhões de euros, o que, segundo Luís Montenegro, se explicou pelo novo estímulo fiscal para as empresas.

“O Governo mudou e a receita de IRC foram mais dois mil milhões de euros”, disse, antes de se referir à ação do seu executivo em relação aos reformados. Um ponto em que assinalou que a oposição de esquerda assustava com uma eventual privatização da Segurança Social e com uma redução do valor das reformas.

“Prometi que nos íamos reconciliar com os pensionistas e reformados. Estamos não só reconciliados, como estamos num processo de valorização ainda maior daqueles que estão hoje a gozar o seu merecido tempo de reforma”, declarou.

Sem se referir a nenhuma força política diretamente, afirmou: “Aqueles que se refugiam no medo daquilo que os outros podem fazer é porque estão desesperados e não têm mesmo nada mais para dizer. E, sobretudo, não se dão conta da figura que fazem, porque a realidade é tão clara à frente dos olhos de todos”, acrescentou.

Nas últimas eleições legislativas, em 2024, na Guarda, a AD venceu com cerca de 34% dos votos, mas apenas elegeu um dos três deputados. PS (32%) e Chega (18,5%) elegeram o segundo e o terceiro, respetivamente.

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