"Futuro em comum” é o nome da coligação entre Livre, BE e PAN à Câmara de Cascais, nas Eleições Autárquicas previstas para dia 12 de outubro deste ano. Com uma promessa de continuidade para além do sufrágio, o candidato a presidente da autarquia, Alexandre Abreu, explicou ao DN que há uma “grande convergência de posições” entre os três partidos o que lhes permite juntar “as melhores pessoas” às “melhores propostas” para continuarem “a trabalhar em conjunto até às eleições e depois das eleições”. A aliança será oficializada no dia 20 deste mês, com os líderes dos três partidos e personalidades da sociedade civil, como o maestro António Vitorino D’Almeida, o ativista anticorrupção João Paulo Batalha e o músico Rão Kyao.Em 2021, Livre e PAN também concorreram coligados a esta autarquia, mas na altura o terceiro elemento era o PS.“A nossa intenção não é apenas uma coligação pré-eleitoral para cada um dos partidos aumentar a sua probabilidade de eleição”, garante o também professor universitário e economista, enquanto destapa um pouco do véu da lista de intenções da aliança à esquerda: “Nós queremos trabalhar enquanto coligação ao longo de todo o mandato autárquico. Nesse sentido, aqueles entre nós que forem eleitos irão representar não apenas os partidos, mas a coligação” a nível das várias estruturas autárquicas em Cascais.Esta ideia de continuidade e de união para fazer a força é uma resposta a um sinal dos tempos, explica Alexandre Abreu, enquanto reconhece que “particularmente em Portugal, mas também a nível internacional, os movimentos sociais e os partidos políticos e forças políticas progressistas mais para a esquerda têm estado, de alguma forma, em refluxo e em contração”. “Parece-me realmente importante passar uma mensagem de convergência, de disponibilidade para a convergência”, continua o economista, com a garantia de que o que defende “corresponde à realidade”.“Nós rejeitamos qualquer tipo de sectarismo e demonstramos, na prática esta disponibilidade para trabalharmos em conjunto, independentemente das diferenças pontuais para podermos defender aquilo que nos parece ser melhor para os munícipes de Cascais”, promete.Questionado sobre as diferenças entre PAN, que sempre assumiu uma posição diversa face à esquerda e à direita, e Livre e BE, que se assumem como partidos de esquerda, Alexandre Abreu vincou que aquilo que os aproxima “é muitíssimo mais do que aquilo” que os afasta.“Temos estado muitas vezes juntos numa série de lutas e reivindicações e ideias para a mudança no nosso concelho, em questões como habitação, a preservação de espaços naturais, como a Quinta dos Ingleses”, elenca, explicando que “é um espaço especialmente emblemático que tem sido destruído para dar origem à construção de luxo”. “Temos uma grande convergência de posições”, afirma..BE apresenta queixa à CNE contra coligação Viva Cascais por "instrumentalizar" jovens a fazer campanha