O evento do ano passado, em Ponte da Barca.
O evento do ano passado, em Ponte da Barca.DR/Representação da Comissão Europeia em Portugal

Summer CEmp: há sete anos a aproximar a UE dos jovens e das comunidades locais

Até sábado, Miranda do Douro acolhe Escola de Verão da Representação da CE em Portugal. Marcelo, Rangel e Vitorino em sessões abertas.
Publicado a
Atualizado a

O futuro da União Europeia, desafios de Defesa e Segurança, mas também o impacto do financiamento europeu para as comunidades locais ou a proteção ambiental. Estes são alguns dos temas que serão abordados na sétima edição da Escola de Verão da Comissão Europeia em Portugal, conhecida como Summer CEmp, que começa esta quarta-feira em Miranda do Douro. Uma iniciativa que junta 40 jovens universitários a muitos oradores e à comunidade local, com espaço para momentos culturais e sessões abertas ao público.

“O objetivo do Summer CEmp é aproximar a Europa dos jovens e das comunidades locais, principalmente aquelas que estão longe dos principais centros urbanos e onde nem sempre se fala ou se discute ou se debate a União Europeia”, disse ao DN a representante da Comissão Europeia, Sofia Moreira de Sousa. “Uma das razões do sucesso desta iniciativa, é que os jovens ficam a conhecer o local onde estamos, a sua história e o contexto também socioeconómico da região, e as pessoas da região são convidadas a participar em algumas das sessões abertas”, acrescentou. 

Essas sessões abertas decorrem nos chamados diálogos ao pôr do sol. O convidado desta quarta-feira será o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e amanhã será o ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. Na sexta-feira, será o antigo comissário europeu e presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, António Vitorino. Haverá ainda música com Kátia Guerreiro e os Galandum Galundaina, além de um arraial tradicional com os pauliteiros. Os jovens participantes farão ainda um workshop de língua mirandesa. 

“Vamos cobrir uma série de temáticas que vão desde a proteção ambiental à sustentabilidade, o impacto dos financiamentos europeus para as comunidades locais, mas também de competitividade, de inovação, da democracia e justiça social”, explicou Sofia Moreira de Sousa. “Tentamos adaptar os temas debatidos ao contexto em que vivemos, portanto obviamente que também iremos falar de Defesa e de Segurança, arquitetura institucional, governação europeia, e o futuro da UE, nomeadamente no que diz respeito à cooperação internacional e ao processo de alargamento”, indicou.

A seleção dos jovens que participam no Summer CEmp "não é fácil", admitiu a representante da Comissão Europeia em Portugal, explicando que graças ao sucesso desta iniciativa são recebidas centenas de candidaturas. "Nós procuramos um grupo heterogéneo de alunos universitários, estudantes de várias áreas temáticas, que venham de vários pontos do país, e que tenham já provas dadas, ou que manifestem interesse nos temas de cidadania ativa", referiu. "Jovens com vontade de trabalhar no projeto da construção europeia, de conhecerem um bocadinho mais sobre os diferentes aspetos da agenda e da arquitetura institucional da União Europeia, mas que funcionem depois, quando termina o Summer CEmp, de multiplicadores desta vontade de construir a Europa que queremos e a Europa que precisamos", concluiu.

susana.f.salvador@dn.pt

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt