O PS promete um "novo equilíbrio" entre a redução da dívida pública e o estímulo à economia, com aumentos salariais sempre superiores à inflação até ao final da legislatura..No programa eleitoral às legislativas de 10 de março, apresentado este domingo pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, numa sessão em Lisboa, prevê-se a continuação do "equilíbrio das contas públicas, promovendo uma maior equidade intergeracional e a confiança dos agentes económicos", mas com uma redução da dívida em um terço do que tem sido feito nos últimos anos..O documento começa logo por defender "um novo equilíbrio entre a redução da dívida pública, o aumento do investimento público e o reforço do estímulo à economia"..O cenário macroeconómico dos socialistas prevê a redução da dívida pública de de 95,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 para 80,1% do produto no final da legislatura, em 2028..O PS aposta numa variação do crescimento económico a rondar os 2% do PIB por ano, partindo de 1,5% em 2024 e situando-se em 2% em 2028, passando por 2,2% em 2025, 2,1 em 2026 e 2,0 em 2027, numa progressão de "continuada convergência" com a União Europeia, sempre "assente num aumento sustentado da produtividade"..O programa eleitoral dos socialistas prevê igualmente "uma redução da taxa de desemprego ao longo do período", num mercado caracterizado como "próximo do pleno emprego", situando-se em 6,5% da população ativa para recuar até 5,7% em 2028..De acordo com os socialistas, "as valorizações remuneratórias das Administrações Públicas, o aumento do salário mínimo nacional e o cumprimento do Acordo de Rendimentos promovem um aumento das remunerações acima da inflação em todo o horizonte do programa"..O PS aposta na "manutenção de saldos orçamentais em equilíbrio, um crescimento da despesa corrente primária em torno dos 4%, próximo do crescimento nominal potencial da economia, bem como uma redução sustentada da dívida pública, garantindo o cumprimento integral das regras orçamentais europeias e da Lei de Enquadramento Orçamental"..Propõe-se também "assegurar anualmente o equilíbrio orçamental (designadamente em termos estruturais)" e "assegurar a redução continuada da dívida pública, agora a um ritmo de cerca de 3 a 4 pontos percentuais por ano (cerca de 1/3 do que foi feito nos últimos anos)".."Contas certas e equilibradas são um fator basilar que possibilita a adoção de soluções à altura dos desafios que enfrentamos, sejam os desafios demográficos, das transições climáticas e digitais, ou da habitação", lê-se no documento, que propõe ainda "acelerar e aprofundar a alteração do perfil de especialização da economia", conclui o programa.