A Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou esta sexta-feira que a Comissão Europeia aprovou o segundo pedido de pagamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que Portugal tinha submetido em setembro.."A Comissão Europeia acaba de aprovar o segundo pedido de pagamento que tínhamos submetido em setembro", anunciou Mariana Vieira da Silva no debate sobre política setorial que decorre na Assembleia da República..Momentos antes, na sua intervenção inicial, a ministra tinha afirmado que esperava que a Comissão Europeia confirmasse "em breve" que "Portugal cumpriu com sucesso os 20 marcos e metas associados ao segundo pedido de desembolso apresentado em setembro"..Em causa está o pedido de financiamento ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado por Portugal à Comissão Europeia em setembro, no valor de 1,8 mil milhões de euros (líquidos de pré-financiamento), dos quais 1,71 mil milhões de euros em subvenções e o restante em empréstimos..Na sua intervenção inicial, Mariana Vieira da Silva afirmou que o Governo mantém o objetivo de garantir "o pleno aproveitamento dos fundos europeus".."Prosseguimos a implementação do PRR nos termos em que estava programado, tal como a Comissão Europeia confimrou com a validação, em maio, do cumprimento dos 38 marcos e metas definidos até ao final de 2021, e que permitiu o pagamento do primeiro desembolso", disse..Vieira da Silva salientou ainda que com a validação da Comissão Europeia "estarão verificados 17% dos marcos e metas do PRR, os quais têm já uma tradução relevante na vida de centenas de milhares de portugueses, seja diretamente, seja através do desempenho das empresas ou da melhoria e alargamento de serviços públicos".."O Governo tem consciência da pressão que a conjuntura acresce sobre a execução do PRR, que já à partida era bastante exigente", defendeu, acrescentando que neste contexto, o executivo "tem atuado em duas frentes".."Numa primeira frente, atuando para minimizar os impactos da conjuntura nos diferentes projetos do PRR, de que é exemplo a aprovação do diploma que permite a revisão de preços nos contratos bem como a prorrogação dos prazos contratuais", afirmou..Numa segunda frente, continuou, "aproveitando o exercício de revisão e reprogramação do PRR tendo em vista uma melhor adaptação dos investimentos aos atuais constrangimentos, comuns a todos os países europeus"..Na primeira ronda de intervenções dos partidos, o deputado Paulo Rios de Oliveira, do PSD, manifestou preocupação com as taxas de execução do PRR.."Quando falamos em taxas de execução são absolutamente anémicas, são incipientes, o dinheiro não está a chegar às empresas, o dinheiro não está a chegar às IPSS", criticou..O social-democrata defendeu ainda que "o PRR é um plano que nasce com um pecado original que é a excessiva alocação de fundos ao cumprimento das promessas de investimento público que fizeram ano após ano, não fazendo chegar de base e com filosofia o dinheiro à economia e às empresas".