Montenegro diz que desaceleração da inflação previsto pelo FMI é boa notícia

Questionado se as mais recentes projeções do FMI, que estima que a inflação global caia de 8,7% em 2022 para 6,8% em 2023 e 5,2% em 2024, são uma boa notícia, Luís Montenegro respondeu afirmativamente, apesar de ainda não ter tido "acesso a essa informação".
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O presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) hoje divulgadas são uma boa notícia, uma vez que, quanto mais rápido a inflação desacelerar, maior capacidade terá o país de repor a normalidade económica.

Questionado se as mais recentes projeções do FMI, que estima que a inflação global caia de 8,7% em 2022 para 6,8% em 2023 e 5,2% em 2024, são uma boa notícia, Luís Montenegro respondeu afirmativamente, apesar de ainda não ter tido "acesso a essa informação", uma vez que tem andado na rua no âmbito da iniciativa "Sentir Portugal".

"Com certeza. Nós há muito que ansiamos que a inflação desacelere e que possa enquadrar-se dentro de um patamar normal. Isso é bom para a economia e é bom também para a vida dos cidadãos", afirmou, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a uma empresa do setor da inteligência artificial, no concelho de Santa Cruz, na Madeira.

"Quanto mais depressa esse objetivo for atingido, maior capacidade nós teremos de poder repor a normalidade à atividade económica, crescer mais e, crescendo mais, pagar melhores salários e dar mais condições para as pessoas se poderem reter e enquadrar numa vida socioeconómica que é aquela que nós queremos impulsionar em Portugal", salientou.

O presidente do PSD acrescentou que não quer "continuar a assistir, todos os anos, ao êxodo de jovens portugueses em busca de oportunidades noutras geografias".

"Queremos que aconteça aquilo que eu estou aqui a verificar, exatamente nesta unidade, onde um jovem empreendedor português regressou à Madeira e trabalha aqui para todo o mundo, no âmbito da inteligência artificial", sublinhou.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está ligeiramente mais otimista sobre o crescimento deste ano da economia global e prevê uma taxa de 3%, igual à que também estima para 2024, segundo a atualização das projeções económicas hoje divulgadas.

No relatório intitulado "resiliência de curto prazo" e "desafios persistentes", a instituição de Bretton Woods revê em alta de 0,2 pontos percentuais (p.p.) a previsão para este ano em comparação com as projeções de abril, sem alteração para 2024.

Apesar da ligeira melhoria, alerta para que a previsão para 2023--24 continua "bem abaixo da média anual histórica (2000--19) de 3,8%".

Segundo o FMI, as economias avançadas continuam a influenciar o abrandamento do crescimento de 2022 a 2023, com a produção industrial mais fraca, bem como fatores idiossincráticos, compensada pela atividade de serviços mais forte.

Já nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, a perspetiva de crescimento é amplamente estável para 2023 e 2024, embora com mudanças entre as regiões.

O FMI explica que a subida das taxas de referência dos bancos centrais para combater a inflação continua a pesar sobre a atividade económica e espera que a inflação global caia de 8,7% em 2022 para 6,8% em 2023 e 5,2% em 2024.

A inflação subjacente ('core') deve cair mais gradualmente e as previsões para a inflação em 2024 foram revistas em alta.

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