Ministro da Educação otimista sobre negociação com professores: "Fomos ao encontro das expectativas"
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Ministro da Educação otimista sobre negociação com professores: "Fomos ao encontro das expectativas"

Fernando Alexandre já tinha dito estar disponível para fazer "alguns ajustamentos" à proposta que apresentou aos sindicatos para a recuperação do tempo de serviço. Próxima reunião a 13 de maio.
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O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, assumiu esta quarta-feira, em Maputo, estar otimista sobre o processo negocial para recuperação do tempo de serviço congelado aos professores, antecipando as reuniões de segunda-feira com os sindicatos.

"Penso que há razões para estarmos otimistas. Os sindicatos reconheceram que em muitas dimensões fomos ao encontro das expectativas", disse o governante, questionado pela Lusa à margem do III Encontro das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, que decorreu em Maputo.

O ministro já tinha dito em 3 de maio estar disponível para fazer "alguns ajustamentos" à proposta que apresentou aos sindicatos para a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores.

"Nós temos abertura para melhorar a nossa resposta, para que responda melhor às reivindicações dos professores e do sistema educativo", disse Fernando Alexandre, nesse dia, no final da primeira ronda negocial com as 12 estruturas sindicais representativas dos professores.

Antes, os sindicatos ficaram a conhecer a proposta do executivo que quer devolver faseadamente os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo congelado a uma média anual de 20%, começando em setembro deste ano.

Todos os sindicatos pediram uma recuperação mais rápida, que não sejam esquecidos os docentes que estão à beira da reforma e que o executivo deixe cair a ideia de revogar o diploma (decreto-lei 74) que implementou mecanismos para acelerar a progressão na carreira.

"Estamos abertos a fazer alguns ajustamentos à proposta que fizemos agora", anunciou Fernando Alexandre, no final da reunião de 03 de maio.

A próxima reunião negocial do ministério com os sindicatos de professores está agendada para segunda-feira, 13 de maio.

Ministro quer alargar rede de escolas portuguesas no estrangeiro incluindo privados

Fernando Alexandre reconheceu a importância das escolas portuguesas no estrangeiro na promoção da língua e cultura, apontando o objetivo de alargar a rede, incluindo com projetos privados.

"Vamos promover essas escolas, onde elas são importantíssimas, e o fator que está aí, que está presente, reflete a importância que o Estado português e que o governo português dá a essas escolas. E por isso as escolas públicas continuarão a ser muito importantes, serão apoiadas e esperamos que, de facto, a rede se possa alargar e possa ter mais impacto", disse o ministro.

"Os privados, as escolas de iniciativa privada, que não são necessariamente uma iniciativa do Estado, têm um papel também importantíssimo. E, por isso, nós pretendemos que elas tenham um papel ainda mais importante porque, obviamente, felizmente, as geografias onde a língua portuguesa está presente é imensa e com populações em grande crescimento", apontou.

O próximo encontro anual destas escolas será realizado em 2025 no Colégio São Francisco de Assis em Luanda Sul, Angola, precisamente uma escola de iniciativa privada.

"As iniciativas privadas serão muito importantes, obviamente sempre com qualidade, sempre com padrões muito elevados, porque é uma responsabilidade muito grande em termos da qualidade do ensino que é oferecido", disse.

Do ponto de vista do Governo português, referiu, "esperamos que, sobretudo em espaços como Moçambique, em que a população cresce a uma grande velocidade, uma população muito jovem, onde há necessidade de termos uma oferta de educação diversificada e com projetos educativos estimulantes e acessíveis ao maior número possível de pessoas, obviamente, temos de apoiar essas escolas".

"Elas cumprem um papel essencial para o desenvolvimento individual das crianças, que possam ter acesso às escolas, mas também para o desenvolvimento das comunidade e do país", concluiu o ministro da Educação, Ciência e Inovação português.

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