Marcelo: "Democracia é como respirar, só se sente como é importante quando se perde"

Presidente da República diz que "muitos jovens que nasceram na democracia não têm noção do que é censura e proibição de tudo", no âmbito do início das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.
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No dia em que se iniciam as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, Marcelo Rebelo de Sousa disse à TSF que "a democracia é como respirar: só se sente como é importante quando se perde".

"Muitos jovens que nasceram na democracia não têm noção do que é censura e proibição de tudo. Mesmo havendo turismo e televisão, Portugal continuava a ser um país longe do mundo", recordou o Presidente da República.

"A democracia abriu-nos as portas do mundo. O grande ganho da democracia é existir, com todos os seus defeitos, porque as democracias são sempre imperfeitas. As ditaduras é que se acham perfeitas, mas não são", acrescentou o chefe de Estado, que esta quarta-feira pelas 17.00 vai participar, juntamente com o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, na sessão solene de lançamento das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, no Pátio da Galé, em Lisboa.

De acordo com o site do parlamento, em 24 de março de 2022 o tempo da democracia ultrapassa a duração da ditadura, que teve precisamente 17.499 dias. A Revolução de 25 de Abril de 1974, que pôs fim ao regime ditatorial, marca o início da contagem do tempo do período democrático, perfazendo nessa data 17.500 dias.

A Assembleia da República criou uma página (https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/ditadura-democracia.aspx) que irá assinalar o dia com a divulgação de textos, infografias e vídeos que mostram as principais mudanças que resultaram do fim do regime autoritário e da instituição da democracia.

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