IL recusa alinhar no "albergue espanhol" proposto por Paulo Cafôfo. É ao PSD a quem "compete encontrar solução" para o futuro
GREGÓRIO CUNHA/LUSA

IL recusa alinhar no "albergue espanhol" proposto por Paulo Cafôfo. É ao PSD a quem "compete encontrar solução" para o futuro

PSD vence eleições regionais no arquipélago da Madeira, mas precisa de acordo de governo ou de incidência parlamentar para poder governar. PS mantém o número de deputados. O vencedor acaba por ser o JPP, com maior crescimento. PCP e BE não elegem um único deputado.
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A deputada-eleita do PAN, Mónica Freitas, afirmou que esta eleição (que consegue repetir) é uma continuação. "Continuamos a ser uma voz ativa, com política positiva e em prol das nossas causas", disse.

O PAN "fez política a pensar no bem-estar, sem interesses partidários" e, com isso, garantiu "estabilidade". "Pensamos sempre no futuro da região, para que haja representatividade e a pensar nas grandes causas e no futuro da sociedade".

Além disso, destacou o "crescimento e reforço do eleitorado", que, apesar de ter havido "alguma dispersão de votos", reconheceu "a importância" do PAN na Madeira.

Confessando que já recebeu "mensagens e telefonemas de várias pessoas, de diferentes partidos políticos", Mónica Freitas disse ainda que "os madeirenses decidiram o futuro da região". "O nosso foco era voltar a eleger. Conseguimos e estamos mutito felizes. Só queremos festejar", concluiu.

Fala agora Nuno Morna, deputado-eleito da Iniciativa Liberal.

Rejeitando "acordos" quer com o PSD, de Miguel Albuquerque, quer com o PS, de Paulo Cafôfo, Nuno Morna diz que o partido não está disponível para se comprometer com nada nesta fase. Daqui para a frente, disse, será tudo "negociado proposta a proposta, acordo a acordo, orçamento a orçamento".

Quis também "deixar bem claro" a ideia da campanha eleitoral: "Não percam tempo connosco. Não temos intenções de fazer acordos com ninguém. Não vamos alinhar com qualquer tipo de acordo com Miguel Albuquerque."

Sobre a "solução mirambolante" de Paulo Cafôfo, que, antes, deixara no ar a possibilidade de um acordo do PS com outros partidos, incluindo a IL, Nuno Morna deixou uma posição clara: "É uma espécie de albergue espanhol, que pretende ter tudo e mais alguma coisa."

A IL "respeita o que é a vontade dos madeirenses", que deram "uma maioria clara" a um partido (o PSD) e é a esse "que compete encontrar uma solução de futuro" para a região.

O PSD venceu hoje em nove dos 11 concelhos madeirenses, tendo os outros dois passado para a liderança do PS, no caso de Machico, e do JPP, no caso de Santa Cruz, segundo os resultados oficiais provisórios.

Nas eleições regionais antecipadas que hoje se realizaram, os sociais-democratas viram reduzida a amplitude da sua maioria absoluta, agora só verificada no concelho de Calheta (51,78%), quando, a 24 de setembro de 2023, a tinha conseguido em seis concelhos (ainda que em coligação com o CDS-PP).

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD ficou muito perto da maioria nos concelhos de Ponta do Sol (49,71%) e Porto Moniz (49,23%).

Aparte os concelhos em que PS e JPP venceram, a votação mais baixa do PSD ocorreu no Funchal, com 33,34%, ainda que os sociais-democratas tenham vencido em todas as 10 freguesias do maior concelho (com votações acima dos 30% e abaixo dos 40%).

Em Machico, o PSD foi a segunda força política mais votada (33,40%), perdendo o concelho para o PS por apenas 12 votos, tendo os socialistas vencido em duas das cinco freguesias (Machico e Caniçal).

O mesmo segundo lugar ficou reservado para o PSD no concelho de Santa Cruz (26,85%), onde o JPP venceu a eleição por 1.563 votos, conquistando todas as cinco freguesias.

O PS ficou em segundo lugar em todos os concelhos à exceção de Santa Cruz, que o JPP tirou ao PSD, que, por sua vez, passou a ocupar essa posição.

O JPP destronou o Chega da terceira posição conquistada em sete dos onze concelhos madeirenses nas últimas eleições, ficando em terceiro lugar em todos os círculos, com exceção de Santa Cruz, onde venceu, e Santana, onde essa posição foi conquistada pelo CDS-PP, que concorreu sozinho ao escrutínio de hoje.

O PSD ganhou em 45 das 54 freguesias da região, falhando as cinco do concelho Santa Cruz, para o JPP; duas em Machico (Machico e Caniçal) e uma no Porto Moniz (Achadas da Cruz), para o PS; e uma na Calheta (Paul do Mar), para o CDS-PP, que aí obteve maioria absoluta.

O presidente do Chega admitiu hoje um acordo com os sociais-democratas para viabilizar um governo na Madeira, mas defendeu que o líder regional do PSD, Miguel Albuquerque, não tem condições para continuar a liderá-lo.

"Estou em crer que será possível chegar a alguma forma de entendimento, e se for sem Miguel Albuquerque e sem estes protagonistas até será possível chegar a um entendimento mais alargado, a quatro anos. Com estes protagonistas não", afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa, na sequência do apuramento dos resultados das eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, que o PSD venceu, falhando por cinco deputados a maioria absoluta.

"Miguel Albuquerque não tem condições para se manter à frente do governo regional", defendeu, referindo que se "o PSD decidir alterar a sua indicação para presidente do governo regional pode haver todo um processo negocial que se inicia".

O presidente do Chega disse ter dado uma "indicação clara" à estrutura do Chega/Madeira de que "não há acordos com Miguel Albuquerque".

"Não há nenhuma possibilidade de acordo de governação com Miguel Albuquerque", insistiu, sustentando que "o PSD tem de mudar o ciclo e perceber que o resultado destas eleições foi para mudar o ciclo" e o "Chega estará pela estabilidade, mas não aceita ceder nos seus princípios".

O líder do Chega não excluiu uma aproximação a outro nível que não um acordo de governo, incluindo um acordo de incidência parlamentar. André Ventura considerou "muito improvável", mas disse querer evitar que a região seja "empurrada para eleições a cada três meses".

O secretário-geral do Juntos Pelo Povo, Élvio Sousa, garantiu esta noite que "a Madeira não ficará ingovernável" por sua responsabilidade e que o seu partido "será um agente de estabilidade. No entanto, recusou um acordo com PSD e quaisquer conversas anda esta noite. 

"O JPP é um partido regionalista, do povo, dos agricultores, dos jovens, da classe média, verdadeiramente do povo", disse Elvio Sousa.

O secretário-geral do Juntos Pelo Povo garantiu que é "uma pura mentira" estarem a preparar-se para fazer acordos com os sociais-democratas. "A política é para servir os madeirenses e não para fazer amigos".

"Hoje não vamos atender chamadas de ninguém. Às cinco ou seis da manhã podem ligar. A noite é sempre a melhor conselheira. Qual é a pressa? Amanhã, com calma, vamos ter a oportunidade de falar", afirmou o líder do JPP.

O secretario-geral do partido que mais cresceu nestas eleições disse taxativamente algo que repetiu durante a campanha: "O PSD está fora de questão" para um acordo.

Declarações que parecem deixar em aberto um possível acordo com os socialistas, após o líder do PS-Madeira ter aberto a porta a criar uma vasta "geringonça" parlamentar que permita governar, apesar de os sociais-democratas terem vencido as eleições.

Os votos já acabaram de ser contabilizados e está confirmado: o PSD vence, mas não sabe se conseguirá formar governo.

Ao todo, os sociais-democratas conseguiram 19 deputados. O PS elegeu 11 mandatos. O JPP teve nove. Seguem-se Chega, com quatro, e CDS com dois. IL e PAN têm um deputado cada.

Todos os partidos ficam, assim, bem longe de ter maioria no Parlamento (que é conseguida com 24 deputados).

O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, reage agora aos resultados eleitorais.

Ficou "claro" que é "possível" mudar de Governo na Madeira, diz o socialista. "PS e JPP juntos têm mais deputados do que o PSD [20 contra 19]", relembra. "Isto é um facto e, por isso, é possível".

Com o horizonte a passar, obrigatoriamente, por acordos partidários, Paulo Cafôfo diz estar pronto para começar a fazer "contactos" com outras forças. Todas "à exceção do PSD e do CDS", reiterou, depois de ter prometido o mesmo durante a campanha eleitoral.

Não dizendo se já falou com algum dos potenciais parceiros, o também ex-secretário de Estado das Comunidades reforçou que a vontade é formar "um Governo regional sem o PSD", que "não tem condições para formar um governo estável". Isso "ficou bem demonstrado nesta legislatura que agora acabou", atirou.

O PS mantém o mesmo número de mandatos das últimas regionais: 11 deputados. 

Reage agora o líder do PSD (e primeiro-ministro), Luís Montenegro.

Diz que "os madeirenses confiaram no Governo" regional e que se exprimiram com "clareza". Manifestou também "o desejo de se gerar uma solução de governabilidade e estabilidade".

"É preciso ter humildade democrática" e, por isso, "quem ganha deve governar". "Os eleitores fizeram uma escolha, nem o PS, nem o Chega conseguiram melhorar [ambos se mantêm com o mesmo número]", diz.

Tal como "quem ganha deve governar", os partidos "que perdem também devem assumir responsabilidades". "Os madeirenses querem um Governo do PSD", reiterou. Pode isso passar por entendimentos diferentes daqueles que existem no continente (em que governa com o CDS)? "Não me vou imiscuir nas decisões. Respeitamos a autonomia regional e as decisões internas dos partidos."

O líder do PSD Madeira, Miguel Albuquerque, reage aos resultados eleitorais, quando ainda faltam duas freguesias por apurar.

O PSD "ganhou de forma clara e inequívoca, deixando o PS a mais de 20 mil votos, que foi copiosamente derrotado", diz Albuquerque. "Venceu em 9 dos 11 concelhos" e isto é "prova de que os madeirenses continuam a acreditar no projeto" do governo regional. "É sinal que governamos bem", atirou.

Os "resultados são fáceis de interpretar", disse ainda, deixando uma garantia: "Estamos disponiveis para encetar um governo com estabilidade para que se aprove orçamento e o programa até junho. Estamos disponíveis para dialogar com os partidos num quadro de estabilidade e responsabilização."

O PSD não tem "a arrogância, nem a soberba do poder". "A Madeira precisa de um Governo. Temos fundos para executar, carreiras e salários para atualizar", reiterou.

E que alianças se podem esperar? "Estamos disponíveis para governar com todos os partidos com assento parlamentar. Houve partidos que disseram 'não é não' e desapareceram [BE e PCP]. A vontade do povo é clara."

Com aquele que será o pior resultado do partido na Madeira desde 1976 (nunca antes teve tão poucos deputados), Miguel Albuerque recusa "um desgaste". "Acho extraordinário falar em desgate num partido que, ao fim de 48 anos, continua a ter os votos que nós temos. O desgaste é residual", afirmou, antes de relembrar que esta "é a segunda eleição em menos de sete meses". "Cada partido tem de assumir responsabilidades", aponta. 

Albuquerque vence sem maioria, pela terceira vez, e precisa de uma geringonça à direita. Porém, as projeções abrem duas possibilidades: uma geringonça à direita (PSD/CDS/Chega) ou uma geringonça à esquerda (PS/JPP/BE e eventualmente PCP). O que é já garantido é a subida do PS e do JPP, a manutenção ou queda ligeira do Chega,  um regresso residual do CDS, a manutenção da IL no mesmo patamar. BE, CDU e PAN correm o risco de não eleger. 

Para a obtenção de uma maioria parlamentar são precisos 24 deputados. O PSD só excluiu de entendimentos o BE, PCP e PS. Acordos com IL, PAN e Chega parecem possiveis se o atual líder do PSD abandonar. CDS só recusa entrar no Governo, mas aceita acordos parlamentares.

O PS afastou quaisquer acordos com Chega e PAN, mas já abriu portas ao CDS. IL recusou PSD e socialistas, tal como fez em 2023, mas depois acabou por dizer que "estaria disponível para conversar".

O JPP aguarda resposta de Cafôfo às suas propostas "prioritárias" e diz recusar o PSD.  O BE aceita falar com o PS, mas envolvendo a esquerda toda.

Projeção RTP: 

PSD - de 33% a 38% pode eleger entre 16 a 21 deputados.

PS - de 21 a 25%  pode eleger entre 11 a 14

JPP - de 16 a 19% pode eleger entre 7 a 10

Chega - de 8 a 11% pode eleger entre 3 a 5

CDS - 2 a 5% pode eleger 1 ou 2 deputados.

PAN, BE e CDU - entre 0 a 1 deputados.

IL - deve eleger 1 deputado. 

Catorze candidaturas disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

O mandatário da candidatura do Chega às eleições da Madeira destacou que o partido é "o único" que cresce à direita, segundo a projeção divulgada, e reiterou que "está fora de questão" um acordo pós-eleitoral com o PSD.

"Estava fora de questão no início da campanha, a meio, no fim, e está fora de questão agora, até porque temos os nossos presidentes, quer o nacional, como o regional, como homens de palavra, por isso um acordo com o PSD neste momento não creio que esteja nos planos do Chega", disse Francisco Gomes, mandatário da candidatura do Chega às eleições regionais e deputado do partido na Assembleia da República eleito pelo círculo da Madeira.

Francisco Gomes falava num hotel no Funchal, onde o Chega vai acompanhar esta noite o resultado das eleições legislativas da Madeira, realçando que "à direita o único partido que cresce é, efetivamente, o Chega, o que demonstra que o eleitorado da direita deposita a sua confiança exatamente no partido Chega". 

"À direita, o único partido que cresce é o Chega ao passo que os outros que estão nesse espetro político ideológico estão em franco decréscimo", reforçou Francisco Gomes, adiantando que o partido conquistou votos junto dos eleitores que querem "uma mudança profunda no sistema político madeirense", porque "estão completamente saturados com questões de 'amiguismo', de compadrio, de corrupção".

O ex-presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, já admite que uma solução governativa pode estar dependente do Chega.

Comentando a noite eleitoral na RTP, o antigo governante regional disse que não lhe agradava ver "nem a extrema-direita, nem a extrema-esquerda" no executivo regional.

Mas "a não ser que não haja outro remédio", assumiu que uma solução governativa pode passar por uma aliança com o Chega (que, segundo as projeções, pode eleger entre três a cinco deputados).

No passado, Alberto João Jardim expressou-se várias vezes contra uma possível aliança com a estrutura regional do partido de André Ventura, tendo passado, inclusive, a campanha a apelar contra essa possibilidade.

Com pouco mais de 90% dos votos já contados -- e numa altura em que faltam contar quatro freguesias --, eis o cenário na Madeira:

PSD: 10 deputados;
PS: 6 deputados;
JPP: 5 deputados;
Chega: 2 deputados;
CDS-PP: 1 deputados

Todas as freguesias que faltam cujos votos faltam contabilizar são no concelho do Funchal (o maior). Estas quatro irão atribuir os 23 mandatos que faltam.

O candidato do JPP às regionais da Madeira afirmou hoje que o partido será a revelação deste ato eleitoral, de acordo com a projeção conhecida, e remete eventuais acordos de coligação para quando forem divulgados os resultados finais.

"Pelas primeiras projeções que acabámos de ver, efetivamente, o JPP é o partido que mais cresce, será a revelação deste ato eleitoral", disse Miguel Ganança, em declarações aos jornalistas.

O candidato falava depois de ser conhecida a projeção da Universidade Católica para a RTP, segundo a qual o PSD vence hoje as legislativas regionais da Madeira, com 33% a 38% dos votos, falhando a maioria absoluta.

Com este resultado, o PSD consegue entre 16 e 21 mandatos, quando são necessários 24 para garantir a maioria absoluta no parlamento, que tem um total de 47 assentos.

Questionado sobre se está disponível para fazer acordos à esquerda, o candidato do JPP, que ocupa o sétimo lugar da lista, referiu que o partido irá aguardar "de forma serena e responsável que saiam os resultados finais", sublinhando que a sua coligação "é com os madeirenses e porto-santenses".

Miguel Ganança lembrou que o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, colocou nas últimas semanas "em cima da mesa uma série de requisitos importantes para melhorar a qualidade de vida dos madeirenses", aos quais, até ao momento, "nenhum [partido] respondeu".

"Primeiro temos de ter resultados finais, um ou dois deputados podem fazer a diferença, e não vamos desde já estar a assumir compromissos que depois podem não ser validados, tendo em conta o número de deputados que poderão existir nas diferentes forças políticas", reforçou.

"Somos responsáveis, serenos, não queremos ir para o poder, não queremos fazer uma coligação só por fazer, vamos ter responsabilidade e serenidade e depois apresentar no final uma resposta válida e boa para todos nós", insistiu.

O ex-presidente do Governo Regional da Madeira Alberto João Jardim considerou hoje que o Juntos Pelo Povo (JPP) é "o grande vencedor" das eleições no arquipélago, que "precisa" de um governo maioritário.

Comentando a projeção dos resultados das eleições regionais antecipadas, na RTP-Madeira, o social-democrata defendeu que "a Madeira está acima dos partidos e precisa de estabilidade".

Questionado sobre a hipótese de se formar um governo minoritário, Alberto João Jardim respondeu: "a Madeira não pode andar a brincar ao cai governo."

A opção por um governo minoritário "pode" acontecer, "mas não dura tempo", antecipou, alertando para as "enormes repercussões" dessa solução na "confiança do mercado".

Na leitura do antigo líder madeirense, o resultado do PSD -- que, segundo a projeção, venceu as legislativas regionais, com 33% a 38% dos votos (entre 16 e 21 mandatos), falhando a maioria absoluta - beneficiou da "boa situação da economia e do emprego" na região, da "qualidade de vida" na ilha e de "o madeirense não arriscar muito".

Além disso, sentenciou, "o PS fez uma campanha fraquíssima".

O Partido Socialista da Madeira (PS/Madeira) reage por Vítor Freitas, líder parlamentar. 

Na primeira declaração dos socialistas, há uma conclusão que retira. "Tudo pode acontecer: pode existir uma maioria à esquerda ou à direita. Sendo que à direita já existia, e caiu por vontade própria", diz.

Dizendo que "ainda é prematuro" tirar grandes conclusões, o socialista mostra-se, no entanto, "aberto ao diálogo". Mas "os caminhos" futuros do arquipélago só ficarão definidos "mais para o fim da noite", atirou.

Com estes resultados projetados (que dão entre 16 a 21 deputados ao PSD), Vítor Freitas não tem dúvidas: os sociais-democratas saem fragilizados, "muito abaixo dos 40%, perto dos 30%". E "há aqui um caminho sem retorno", apontou.

A primeira reação da noite eleitoral na Madeira é do PSD. Fá-lo por Jorge Carvalho.

MInutos depois de serem conhecidas as primeiras projeções, o social-democrata considera que "beneficiam para continuar a trabalhar" pela Madeira. "Há uma maioria significativa à direita", diz (algo que já acontecia na anterior assembleia regional).

"Juntando o PSD com o CDS passa a ter-se um resultado parecido com o que havia antes", quando ambos concorreram coligados.

Sobre uma eventual maioria de esquerda no Parlamento regional, Jorge Carvalho prefere não comentar para já. "Vamos ver", atirou.

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições regionais na Madeira, Roberto Almada, apelou hoje a que os madeirenses "acorram às urnas" e "não deixem" a abstenção vencer, lembrando a importância para o futuro da região.

"O que eu espero também enquanto eleitor é que as pessoas acorram às urnas e não deixem que seja a abstenção a vencer este ato eleitoral que é importantíssimo para o futuro da Madeira e dos madeirenses", disse o cabeça de lista do BE.

Roberto Almada falava à Lusa, via telefone, depois de votar numa secção de voto da freguesia de São Martinho, instalada na Universidade Sénior, no Funchal.

O candidato do BE acrescentou, igualmente, que "quem quer uma terra melhor e um futuro melhor, só o poderá ter se exercer o seu direito de voto".

Dessa forma, Roberto Almada apelou para que todas as pessoas vão votar, "tirando um bocadinho do seu tempo" e aproveitando o sol e bom tempo que se faz sentir na região.

Quanto aos resultados do ato eleitoral em si, Roberto Almada salientou estar "muito confiante" e, desse ponto de vista, "[a] aguardar serenamente pela decisão dos eleitores".

Projeção da RTP/Universidade Católica aponta para uma taxa de abstenção entre os 44 e 49%.

No ano passado a abstenção fixou-se nos 46,65%  e nos 44,5% em 2019.

Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições.

As eleições legislativas regionais na Madeira registaram hoje, até às 16:00, uma afluência às urnas de 40,52%, semelhante à verificada em 2023, de acordo com os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

Nas eleições regionais anteriores, em 2023, a afluência às urnas era de 39,9% até à mesma hora, também muito próxima dos 40,79% registados em 2019.

A abstenção acabou por ficar nos 46,65% no ano passado e nos 44,5% em 2019.

O cabeça de lista do PSD às eleições legislativas que hoje decorrem na Madeira, Miguel Albuquerque, reafirmou temer a ingovernabilidade na região e prometeu indicar o "parceiro favorito" para acordos, caso vença sem maioria absoluta, após a divulgação dos resultados.

"O parceiro favorito digo-lhe mais logo depois de ter a leitura dos resultados", disse aos jornalistas, depois de ter explicado que o "problema da governabilidade" decorre da "leitura da vontade popular".

Miguel Albuquerque falava aos órgãos de comunicação social após ter votado numa secção instalada na Escola Básica da Ajuda, na freguesia de São Martinho, concelho do Funchal, tendo admitido haver já cansaço da população face aos atos eleitorais sucessivos, nomeadamente as regionais de setembro de 2023, as nacionais de março e agora a regionais antecipadas.

"Claro que há um desgaste", afirmou, para logo acrescentar: "Nós tivemos três eleições de seguida e isto desgasta as instituições, as pessoas estão cansadas, mas eu acho que é positivo, neste momento, termos um índice de participação mais ou menos semelhante às últimas [regionais]."

Questionado se se sentia responsável por esse cansaço, o candidato social-democrata disse que "não" e considerou que a responsabilidade é de "quem anda sempre a marcar eleições", acusando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O senhor Presidente da República sabe qual foi a nossa sugestão, mas nós não vamos discutir o passado. Temos que olhar é para a frente e para o futuro", disse e explicou: "A nossa ideia é que tínhamos ganho em setembro [regionais], as eleições de março [nacionais] tinham ratificado a maioria [do PSD na região], aliás com mais [cerca de] 2.000 votos e não era necessário fazer eleições, uma vez que o presidente do Governo e candidato era o mesmo."

"Não foi esse o entendimento do senhor Presidente da República, portanto, nós neste momento estamos outra vez no escrutínio", acrescentou.

O cabeça de lista social-democrata, também líder do partido na região e presidente demissionário do executivo PSD/CDS-PP, disse ainda que a campanha da sua candidatura assentou no mote de que o "princípio da governabilidade, do equilíbrio e da confiança" é necessário para o desenvolvimento da região, vincando que "os madeirenses e os porto-santenses estão cientes disso".

"Vamos ver se isso tem reflexo nas urnas", disse.

Questionado sobre as reservas colocadas por todos os outros partidos para acordos consigo, caso vença sem maioria absoluta, Albuquerque foi perentório, ao afirmar: "Se não for eu, vão fazer com quem?"

"Eu é que sou o líder do partido. Portanto, isso é tudo fantasia", declarou, esclarecendo o PSD é um partido democrático e que o líder do partido está sujeito ao escrutínio pelos militantes.

Miguel Albuquerque insistiu na questão da governabilidade da região e reiterou o alerta para as "contingências da ingovernabilidade".

"Temo que a Madeira, à semelhança do que acontece no país, [fique] sujeita às contingências da ingovernabilidade e as contingências da ingovernabilidade levam à falta de confiança, levam ao adiamento de decisões, levam ao adiamento de investimentos e levam, sobretudo, depois à regressão económica e social", disse, realçando que a região assinala atualmente um "crescimento ímpar" em todos os setores.

O candidato do PSD declarou, por outro lado, não temer que as suas declarações à saída da secção de voto possam ultrapassar o legalmente permitido por lei em dia de eleições, sublinhando que se limitava a responder às perguntas.

"Vocês fazem as perguntas e eu dou as respostas", disse e acrescentou: "Eu sei que a gente, ultimamente, anda todos a pisar ovos, é o politicamente correto, não se pode dizer nada."

E reforçou: "Vocês fazem uma pergunta, eu tenho de responder. Se é para pisar ovos então não digo nada. Faço um sorriso e digo que o tempo está bom."

A Comissão Nacional de Eleições avançou hoje que as eleições regionais da Madeira estão a decorrer "normalmente" e que o organismo só recebeu "alguns pedidos de esclarecimento" sobre propaganda perto de mesas eleitorais.

Contactado cerca das 12:30, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio disse à Lusa que o ato eleitoral "decorre normalmente, sem reporte de incidentes".

"Não há nada de relevante. O ato está a decorrer normalmente. Houve alguns pedidos de esclarecimento, mas são poucos e dizem respeito a alguma propaganda que fique perto das mesas eleitorais", adiantou.

As eleições legislativas regionais na Madeira registaram hoje, até às 12:00, uma afluência às urnas de 20,22%, semelhante à verificada em 2023, de acordo com os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna

Nas eleições regionais anteriores, em 2023, a afluência às urnas era de 20,98% até à mesma hora, muito próxima dos 20,97% registados em 2019.

A abstenção acabou por ficar nos 46,65% no ano passado e nos 44,5% em 2019.

Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

O cabeça de lista do CDS-PP às eleições antecipadas que decorrem hoje na Madeira, José Manuel Rodrigues, considerou este sufrágio "o mais importante" para os madeirenses, apelando para que votem com responsabilidade para resolver a crise política nas região.

"Estas são as eleições mais importantes para os madeirenses e porto-santenses", disse o também líder do CDS-PP/Madeira à agência Lusa após ter votado na mesa da Câmara Municipal do Funchal.

Salientando que o voto "para além do direito é também um dever", José Manuel Rodrigues, que foi presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 2019, sustentou que os madeirenses devem votar "com sentido de responsabilidade".

No seu entender, esta é a forma da Madeira ter "um quadro parlamentar que permita viabilizar um novo governo e, sobretudo, aprovar um orçamento que é absolutamente imprescindível à vida economia e social da região, aos cidadãos, famílias e às empresas".

Questionado sobre a abstenção, o candidato argumentou que "se nas últimas eleições para a Assembleia da República houve uma descida da abstenção", também perspetiva que "desta vez os níveis de votação possam manter-se ou até melhorar em relação às últimas eleições".

José Manuel Rodrigues recusou falar sobre eleição de deputados do partido, que nas últimas regionais, em 24 de setembro de 2023, concorreu em coligação com o PSD e garantiu três lugares no parlamento regional.

"Eu não gostaria de falar de partidos. Vamos falar da região. Estamos também hoje, é preciso que as pessoas tenham consciência disso, a defender a autonomia e a defender a democracia", declarou.

Para José Manuel Rodrigues, "a autonomia foi pouco abordada nestas eleições", insistindo que "não podemos deixar cair a bandeira da autonomia porque é essa capacidade de autogoverno que faz com que a Madeira possa ter progredido no passado e possa vir a desenvolver-se no futuro".

O cabeça de lista do PS às eleições legislativas que hoje decorrem na Madeira, Paulo Cafôfo, mostrou-se confiante que o dia será "bonito para região e para a autonomia" e disse esperar que a abstenção desça.

"Estas são, na história da autonomia, as eleições mais importantes, mais importantes pelo contexto em que elas se realizam, mais importantes pelos desafios que temos pela frente", disse, sublinhando que o ato eleitoral está a decorrer "dentro da normalidade".

O candidato, também líder do PS/Madeira, o maior partido da oposição madeirense, atualmente com 11 deputados, num total de 47 que compõem o parlamento, falava aos jornalistas após ter votado numa secção instalada na Escola Básica da Ajuda, na freguesia de São Martinho, concelho do Funchal.

"O PS efetivamente até hoje nunca governou esta região, a decisão é sempre respeitável, é preciso sempre respeitar aquilo que o povo quer", afirmou, para depois reforçar: "Eu estou muito confiante que o dia de hoje será um dia bonito para a nossa região e para a autonomia."

Paulo Cafôfo disse esperar que a abstenção desça e que "as conquistas de Abril sejam respeitadas e sempre alimentadas através do voto", vincando que o eventual cansaço da população perante atos eleitorais sucessivos não pode ser justificação para faltar.

"Ninguém pode estar cansado da democracia, nós vivemos demasiado tempo em ditadura e o cansaço nunca pode vencer a vontade de querer o melhor para si e para a sua terra", declarou.

Paulo Cafôfo, também deputado do PS na Assembleia da República eleito pelo círculo da Madeira, disse ainda que a eleição está a decorrer dentro da normalidade e considerou que isso "permite a tranquilidade e a estabilidade" necessária "para fazer acontecer a democracia".

"Os madeirenses são pessoas honestas, pessoas que têm nos diversos atos eleitorais cumprido aquilo que é a lei, aquilo que são as regras democráticas e assim espero que continue até ao final do dia de hoje", reforçou.

O candidato socialista lembrou que este ano se assinala o 50.º aniversário do 25 de Abril e que, agora, "os madeirenses e os porto-santenses têm o poder nas suas mãos".

"Às vezes esquecem-se de que o voto é uma arma, é um poder que têm, para melhor decidir para a sua vida", disse e reforçou: "Espero que hoje, até porque o voto e secreto e as pessoas não têm que ter medo do ato de votar nem em quem votam, espero [que] possam votar em consciência."

O cabeça de lista do JPP às eleições regionais da Madeira, Élvio Sousa, lembrou hoje que o direito ao voto "custou muito a conquistar", defendendo que a responsabilidade e consciência de cada um não devem ser delegadas nos outros.

"Normalmente este tipo de chuva miudinha traz alegrias e traz alguma frescura", antecipou Élvio Sousa, em declarações aos jornalistas, num centro paroquial, na freguesia de Gaula, depois de ter exercido o seu voto.

O secretário-geral do Juntos pelo Povo e líder parlamentar na Assembleia Legislativa Regional sublinhou que, numa altura em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril de 1974, é importante lembrar "que custou muito a conquistar o voto, sobretudo votar em consciência, em tranquilidade".

"A Constituição é muito clara e hoje é um dia de lembrar isso. O poder político pertence ao povo e nunca devemos delegar nos outros a nossa responsabilidade e a nossa consciência. É esta a mensagem que eu gostaria de passar no dia de hoje, de frescura, de chuva miudinha, mas eu penso que durante a tarde com certeza vai abrir", afirmou Élvio Sousa.

O candidato admitiu que as pessoas poderão estar "cansadas" das várias eleições num curto espaço de tempo, mas acredita que "a abstenção não vai ser uma referência" neste sufrágio.

O cabeça de lista do Chega às eleições regionais da Madeira apelou hoje para a participação dos madeirenses neste ato eleitoral, em oposição à abstenção, sublinhando que é através do voto que se decidirá o futuro político da região.

"Acho que é fundamental virem votar, é fundamental virem escolher o que querem para o vosso futuro, porque é através do voto que as pessoas escolherão realmente o futuro político da Madeira. E esperemos que, desta vez, saia daqui uma equação que dê realmente um governo estável à Madeira", afirmou o cabeça de lista e líder regional do Chega, Miguel Castro, quando votou, na Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes, na freguesia de São Martinho, concelho do Funchal, onde surgiu acompanhado da sua mulher e da sua filha.

Sobre estas eleições antecipadas se realizarem oito meses após as mais recentes legislativas regionais e se há receio da abstenção devido ao eventual cansaço por parte dos eleitores madeirenses, Miguel Castro defendeu que "os atos eleitorais são mesmo assim, causa sempre algum transtorno às pessoas, mas são as pessoas que têm esse direito também, nos atos eleitorais, de escolher aquilo que querem para o futuro da sua região".

Em relação à possibilidade de abstenção também estar associada ao facto de os madeirenses estarem de costas voltadas para o trabalho que os políticos estão a fazer, o líder regional do Chega respondeu: "Precisamente por isso é que nós andámos a apelar a que se façam políticas sérias, transparentes e ligadas essencialmente às pessoas".

"Há que haver uma política mais humanista, ligada às pessoas, porque as pessoas sentem que os políticos quase que governam para eles mesmos, e o que nós queremos é que os políticos governem para as pessoas", sublinhou.

O cabeça de lista da IL às eleições regionais da Madeira, Nuno Morna, considerou hoje que a abstenção deve preocupar toda a gente, realçando que o partido tudo fez para convencer os eleitores de que estas são eleições especiais.

"A abstenção é sempre um fator que preocupa e deve preocupar todas as pessoas, inclusivamente aqueles que exercem esse direito, porque também é um direito que as pessoas têm de não votar. Nós tudo fizemos para convencer as pessoas de que estão são eleições muito especiais e muito particulares, no sentido em que podem proporcionar mudanças significativas no espetro político regional", afirmou Nuno Morna, em declarações aos jornalistas.

O cabeça de lista e coordenador regional da IL falava na Escola da Vargem, no Caniço, concelho de Santa Cruz, depois de ter exercido o seu voto, às 10:45.

"Agora cada um dos madeirenses fará a sua análise, se nós, os partidos, conseguimos passar essa mensagem, eu penso que a abstenção irá baixar, se não conseguimos falhámos e, como tal, as pessoas vão ficar em casa, em números superiores, por exemplo, aos das últimas legislativas, onde houve uma redução significativa da abstenção", referiu.

Nuno Morna, que foi eleito deputado único nas regionais de setembro do ano passado, defendeu que a culpa da abstenção "é sempre dos partidos, queiram os partidos ou não".

"Somos nós, as pessoas que participam na política ativa que temos a obrigação de convencer as pessoas ou de mostrar às pessoas as virtualidades da atividade política", reforçou.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

O executivo está desde então em gestão.

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores são chamados a votar e 14 candidaturas se apresentam para formar um novo parlamento e um novo governo.

Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha de Porto Santo.

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estarão abertas até às 19:00.

Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos. Em relação às eleições regionais de 2023, a única diferença em termos de partidos concorrentes é o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas últimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.

A cabeça de lista do PAN às eleições regionais da Madeira, Mónica Freitas, apelou hoje ao voto, argumentando que o futuro da região é responsabilidade de cada cidadão, e espera ser reeleita deputada.

"Deixo esse apelo, todas as pessoas que vão votar, porque é responsabilidade de todos nós o resultado desta noite e é importante que todos nos sintamos envolvidos nas decisões políticas e em quem queremos que nos represente na Assembleia Legislativa Regional", afirmou Mónica Freitas, em declarações aos jornalistas, depois de exercer o seu voto, na Escola das Figueirinhas, na freguesia do Caniço, concelho de Santa Cruz, cerca das 10:00.

A também porta-voz do PAN/Madeira, que foi eleita deputada única nas regionais de setembro do ano passado, considerou que "desta vez as pessoas também estão mais alertas e conscientes para a importância do seu voto, a importância que isso terá para o rumo e para o futuro da região".

Questionada se espera manter o número de deputados no parlamento regional, Mónica Freitas, referiu a ligeira subida em número de votos nas últimas legislativas nacionais, apontando que acredita que também na Madeira poderá acontecer esse crescimento.

"Nesse sentido, esperamos pelo menos manter esse eleitorado dos 3.000 [número de votos nas últimas regionais] de forma a conseguirmos eleger novamente uma pessoa, neste caso eu, para estar representada na Assembleia Legislativa Regional", realçou.

O cabeça de lista da CDU (PCP/PEV) na Madeira, Edgar Silva, mostrou-se hoje confiante naquela que considera ser uma etapa "para mais e melhor democracia" na região.

"Aqui nesta escola, que tem muita participação, ainda é cedo para ter indicadores acerca da mobilização das pessoas para a participação ativa no ato eleitoral, mas eu estou confiante que esta será uma importante etapa, nesta região, para que possamos ter mais e melhor democracia", disse Edgar Silva.

Edgar Silva falava à Lusa depois de votar numa secção de voto da freguesia de Santa Luzia, instalada na Escola Secundária Francisco Franco, no centro do Funchal.

O também coordenador regional da CDU reiterou estar expectante que do ato eleitoral de hoje "resultarão melhores condições para que a Região Autónoma da Madeira possa ter a perspetivas de mais e melhor democracia no futuro".

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