Caso de mulher agredida no Exército. IL pede audição urgente da ministra da Defesa e do Chefe do Estado-Maior do Exército

Pedido surge na sequência de notícia do DN sobre as circunstâncias vivenciadas por uma mulher durante a recruta no Regimento de Apoio Militar de Emergência.

O grupo parlamentar da Iniciativa Liberal pediu ao presidente da Assembleia da República uma audição urgente da Ministra da Defesa, Helena Carreiras, e do Chefe do Estado-Maior do Exército, General Nunes da Fonseca, no seguimento da notícia publicada esta sexta-feira pelo DN sobre as circunstâncias vivenciadas por uma mulher durante a recruta no Regimento de Apoio Militar de Emergência.

"Fomos surpreendidos com a notícia publicada pelo Diário de Notícias que relata as circunstâncias vivenciadas pela 'Catarina' (nome fictício) durante a recruta no Regimento de Apoio Militar de Emergência. Segundo foi noticiado, a 'Catarina' tinha expectativas altas relativamente a servir o país nas Forças Armadas e estava consciente de que a parte física seria um desafio a ultrapassar. Contudo, a exigência física acabou por a levar à exaustão e à ansiedade, de onde resultou uma crise de taquicardia. Não obstante a baixa médica de três dias que lhe foi prescrita, por não ter limpado a arma convenientemente, 'foi obrigada a rastejar pelo chão de terra à noite, vários metros', tendo sido atingida na cara por uma pedra vinda da direção onde estava o sargento instrutor", pode ler-se no documento a que o DN teve acesso.

De acordo com a bancada liberal, o que foi relatado "ultrapassa os limites daquilo que é expectável numa recruta militar, a criação de resistência e de sentido de disciplina, com a aplicação de castigos que extravasam claramente a fronteira da dignidade e do respeito".

Para os deputados, este caso pode ter um impacto "na promoção da igualdade de género e a implementação da agenda Mulheres, Paz e Segurança, uma das principais prioridades políticas deste Governo na área da defesa".

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