Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal
Rui Rocha, líder da Iniciativa LiberalPEDRO GRANADEIRO/LUSA

IL diz ser "enorme irresponsabilidade" aceitar direito à greve na polícia

Rui Rocha afirmou que o seu partido compreende a insatisfação das forças de segurança mas que é "dentro da lei que os protestos dos polícias devem ser feitos e é aí que têm mais força". E responde a Pedro Nuno sobre a "bagunça à direita".
Publicado a
Atualizado a

O líder da Iniciativa Liberal (IL) defendeu esta quarta-feira que seria uma "enorme irresponsabilidade" aceitar o direito à greve nas forças policiais e exigiu que as manifestações de descontentamento das polícias aconteçam "dentro da legalidade".

"É uma enorme irresponsabilidade aceitar o princípio do direito à greve dos polícias. E perguntam: não há funcionários públicos que fazem greve? Há. Os médicos fazem greve, mas há uma enorme diferença", afirmou Rui Rocha, no Porto.

Falando à margem da apresentação do Pacto Social da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP), Rui Rocha apontou as diferenças entre uma greve de polícias e de médicos: "Ninguém fica doente de propósito num dia em que os médicos fazem greve. Quem pretende cometer atividade criminosa fará atividade criminosa de propósito no dia em que os polícias estiverem de greve".

"Não contam connosco para pôr a segurança dos portugueses em causa", assegurou.

Sobre as manifestações de descontentamento por parte de elementos da PSP e GNR, o presidente da IL mostrou-se solidário com os motivos, mas crítico em relação à forma: "Compreendemos a insatisfação dos polícias, mas exigimos que essa insatisfação se prenuncie dentro da legalidade. É dentro da lei que os protestos dos polícias devem ser feitos e é ai que têm mais força".

Questionado em relação ao inquérito anunciado sobre a manifestação de segunda-feira junto ao Capitólio, onde decorreu o debate televisivo entre os lideres do PS, Pedro Nuno Santos, e da Aliança Democrática, Luís Montenegro, e que não estava autorizada para aquele local, Rui Rocha mostrou-se favorável.

"O que se conhece sobre o contexto em que essa manifestação nos termos em que foi feita não estava autorizada numa parte do percurso. Parece-me normal que haja um inquérito para apurar as circunstâncias em que essa manifestação aconteceu", referiu.

Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

Líder do PS não tem legitimidade para falar de "bagunça" à direita

O líder da Iniciativa Liberal (IL) considerou esta quarta-feira que o secretário-geral do PS não tem "nenhuma legitimidade" para falar em "bagunça" na direita, defendendo que de Pedro Nuno Santos "é preciso um exame de consciência".

"Não há nenhuma legitimidade em Pedro Nuno Santos, responsável pelo estado do país, responsável pela bagunça que esteve à vista de todos no Governo que está a terminar funções, não há nenhuma legitimidade. O que é preciso de Pedro Nuno Santos é um exame de consciência", afirmou Rui Rocha, no Porto, à margem da apresentação do Pacto Social da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP).

Rui Rocha comentava assim a afirmação do secretário-geral do PS que acusou, na terça-feira, em Faro, a direita de ser "uma bagunça" em Portugal.

"André Ventura quer Luís Montenegro, Luís Montenegro prefere Rui Rocha, Luís Montenegro e Rui Rocha não querem André Ventura. A direita é a bagunça, só que essa bagunça teria consequências em Portugal se por acaso eles tivessem a vitória" nas eleições legislativas de março, afirmou Pedro Nuno Santos, num comício em Faro.

Para Rui Rocha, "bagunça é a situação de Portugal a que o PS conduziu o país".

E descreveu: "É uma bagunça ter falta de médicos de família para um milhão e seiscentos mil portugueses, é uma bagunça ter idosos à espera de centros de saúde por uma senha para uma consulta, é uma bagunça uma escola sem professores, é uma bagunça um país de onde os jovens não podem esperar outra coisa que não seja a emigração".

O presidente da IL apontou mais exemplos, nomeadamente a "bagunça" que considerou ter existido no atual Governo demissionário, do qual Pedro Nuno Santos fez parte.

"Foi o PS de Pedro Nuno Santos que hipotecou uma maioria absoluta com uma bagunça de saídas sistemáticas de governantes, um dos quais foi Pedro Nuno Santos", disse.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt