Nuno Rebelo de Sousa recusa prestar declarações na Assembleia da República.
Nuno Rebelo de Sousa recusa prestar declarações na Assembleia da República.Direitos reservados

Filho de Marcelo Rebelo de Sousa pode ser alvo de crime de desobediência

Comissão de inquérito quer ouvir Nuno Rebelo de Sousa, que mantém recusa em comparecer perante os deputados.
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O ex-líder da Câmara Portuguesa de Comércio de São Paulo, Nuno Rebelo de Sousa, recusa prestar esclarecimento à comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o caso das gémeas luso-brasileiras que receberam um tratamento para atrofia muscular espinhal, que custa quatro milhões de euros em 2020, no Hospital de Santa Maria. O Chega, que preside à CPI, fez ontem saber que poderá avançar com uma queixa crime por desobediência contra o também filho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Não pretenderá o Senhor Dr. Nuno Rebelo de Sousa prestar qualquer depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito em causa ou fornecer qualquer esclarecimento ou ponderar fornecer qualquer documento”, lê-se numa carta assinada pelo advogado do filho do Chefe de Estado, Rui Patrício, de acordo com a Lusa.

Por outro lado, “o Chega não aceitará que ninguém, cidadão português ou não, se recuse a participar numa comissão de inquérito”, afirmou o líder do partido, André Ventura.

Também o presidente da CPI, o deputado do Chega Rui Paulo Sousa, explicou esta quarta-feira que os deputados que integram o inquérito sobre o caso vão votar amanhã (dia 21) a resposta que será dada ao advogado de Nuno Rebelo de Sousa. Nesse dia, será ouvida a mãe das crianças, Daniela Martins.

Confrontado com o braço de ferro entre Nuno Rebelo de Sousa e a CPI, Marcelo recusou-se a prestar qualquer esclarecimento aos jornalistas, alegando que tudo o que sabia sobre o caso é através da comunicação social. 

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