A cabeça de lista do PS às europeias, Marta Temido, voltou hoje a garantir que o Ministério da Saúde não realizou qualquer contratação de consultoras privadas enquanto tutelou o setor, mas não estendeu essa garantia ao período do seu sucessor.."O Ministério da Saúde, insisto, não recorreu através da Secretaria Geral, que é a entidade que faz compras para o gabinete dos membros do Governo, a essas aquisições. Isso eu posso garantir", disse..Questionada pelos jornalistas sobre o período em que Manuel Pizarro esteve em funções, a antiga ministra da Saúde evidenciou que só pode falar do período em que esteve à frente do ministério.."Só posso falar, acho que sempre fui correta em relação a isso, daquilo que é o meu conhecimento. E daquilo que é o meu conhecimento, o Ministério da Saúde não recorreu a terceiros para a contratação de definição de estratégias, mas não posso ir para além disso", indicou, reafirmando que tal não quer dizer que entidades do perímetro do Ministério da Saúde não o tenham feito..De acordo com Marta Temido, a contratação de consultores externos deve ser regulamentada e transparente, servindo apenas para reforçar a capacidade do Estado, que "muitas vezes está fragilizado".."Depois, quando ele é transportado para o seio de ministérios, quando faz a intervenção ao nível das linhas de políticas públicas isso pode ter maiores riscos. Mais que não seja se não for totalmente transparente, porque os portugueses quando votam é em partidos: não votam em empresas para gestão", concluiu..O Governo PSD/CDS-PP admitiu no sábado ter contratado uma consultora privada para "organizar e estruturar" o trabalho da 'task force' responsável pelo Plano de Emergência da Saúde, sublinhando que a empresa tem trabalhado com o "universo Ministério da Saúde" nos "últimos anos"..O cabeça de lista da CDU lamentou hoje ainda não ter recebido os livros que lhe foram oferecidos pela IL e o PAN e preferiu ficar-se por sugestões de leitura para garantir que também não fica sem cumprir promessas..O cabeça de lista da CDU visitou esta tarde a Feira do Livro de Lisboa, acompanhado pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo..À chegada ao recinto, dirigiram-se ambos à banca das Edições Avante!, onde Paulo Raimundo deixou uma sugestão de leitura: o livro infantil "O burro tinha razão", inspirado num conto da autoria do histórico líder comunista Álvaro Cunhal.."A minha filha é fã. Resolve noites difíceis para as crianças, mas também é capaz de despertar algum interesse para os adultos, porque há aqueles que duvidam que os burros às vezes também têm razão", ironizou..Entre bancas e trocas de palavras com alguns livreiros, João Oliveira recusou oferecer qualquer livro a outro candidato, salientando que, até ao momento, também ainda não recebeu nenhum.."Ao contrário dos outros candidatos, nós aqui cumprimos as promessas que fazemos. Até agora, toda a gente fez ofertas, mas ainda não recebi livro nenhum. Por isso, não faço promessas que não cumpro, faço sugestões de leitura", disse..Essa sugestão, dirigida a todos os candidatos, é o livro "Viagem a Portugal" de José Saramago, prémio Nobel da Literatura e militante do PCP, que João Oliveira admitiu ter lido emprestado, e considerou essencial para quem se está a candidatar ao Parlamento Europeu.."Certamente que ficavam com uma boa referência daquilo que é mais relevante para o Parlamento Europeu, que é ter presente a realidade do país. De olhos postos na 'Viagem a Portugal', certamente há de haver decisões mais acertadas relativamente às opções que têm de ser fazer lá", disse..Ao longo do trajeto, Paulo Raimundo foi desafiando João Oliveira a gastar dinheiro, porque "alguém tem de pôr a economia a funcionar", e na banca E-Primatur, editora que funciona à base de 'crowdfunding', o cabeça de lista da CDU recuou seus tempos em que foi líder parlamentar do PCP..Depois de ouvir o livreiro a explicar-lhe que os livros são anunciados uns meses antes para que os leitores possam apoiar a sua publicação, garantindo uma base económica para a edição e recebendo-os mais barato, João Oliveira pediu para se imaginar se "isso fosse uma política do Estado".."A gente com a nossa luta há uns anos conseguiu recuperar as bolsas de criação literária. Hoje já levamos outras propostas... Já me dedico pouco a escrever projetos de lei, mas se calhar ainda dou uma ajuda nisso", gracejou..Mais à frente, o editor José Oliveira, que também integrou a delegação da CDU que esteve na Feira do Livro, mostrou a Paulo Raimundo e João Oliveira o livro "O Pato Camponês", da autoria de Martin Waddell e Helen Oxenbury, que conta a história de um conjunto de animais que, numa quinta, se revoltam contra o proprietário por não trabalhar e usufruir da sua produção.."Onde há patos, há luta", gracejou, acrescentando que o livro retrata a "luta de classes no campo"..Em declarações aos jornalistas, João Oliveira disse que decidiu deslocar-se hoje à Feira do Livro para salientar a intervenção que se pode ter no Parlamento Europeu em defesa da língua portuguesa, da literatura e da cultura.."A política da valorização da língua e da literatura portuguesa não deve ser feita numa perspetiva fechada, mas daquilo em que a nossa língua e literatura também se enriquecem no contacto com os outros, no intercâmbio e diálogo cultural", disse..O cabeça de lista da Iniciativa Liberal ao Parlamento Europeu, João Cotrim de Figueiredo, assumiu hoje ter "uma fé enorme no projeto europeu" por ser algo "verdadeiramente grandioso"..No arranque da segunda semana de campanha oficial para as eleições europeias, que se realizam a 09 de junho, o candidato a eurodeputado, que não quis revelar demasiado a sua estratégia por ser "um bocadinho segredo como outras coisas que andam aí", afirmou pretender mostrar que há uma candidatura que tem "uma fé enorme no projeto europeu"..A IL "tem uma confiança enorme na capacidade das pessoas, a começar nos políticos, de se entenderem e de fazerem coisas que sejam baseadas em factos, em colaboração e em compromisso", referiu no final de uma visita a uma empresa em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro..E acrescentou: "Se nos pusermos a trabalhar em conjunto para resolver os enormes problemas que a Europa vai enfrentar nos próximos anos vamos conseguir"..Cotrim de Figueiredo ressalvou ainda saber "muito bem" que há matérias sérias para tratar e o que é que pode custar um alargamento, uma transição energética ou um aumento do investimento em defesa..O primeiro da lista da IL disse que o projeto europeu é "algo verdadeiramente grandioso" e a "maior construção política", daí ter tanta fé nele..Motivo pelo qual gostava de ver a Europa a progredir e as pessoas a voltar a confiar nela, salientou.."Portanto, aqueles que confiam na Europa juntem-se à Iniciativa Liberal", apelou..Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP..A cabeça de lista do PS às europeias recomendou hoje ao seu adversário da AD, Sebastião Bugalho, a leitura de um livro sobre a vida e obra de Simone Veil, a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu.."A vida e obra de Simone Veil é uma leitura interessante para quem vai para o Parlamento Europeu, não só porque ela foi a primeira mulher presidente do Parlamento Europeu, mas também porque é uma sobrevivente do Holocausto", afirmou Marta Temido, depois de os jornalistas a desafiarem a sugerir a escolha de um livro para o cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho..Já ao cabeça de lista da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, que dois dias antes a tinha "presenteado" com a "Enciclopédia da União Europeia", a candidata a eurodeputada sugeriu um livro sobre a Europa, embora ainda não soubesse muito bem qual..Numa visita à Feira do Livro de Lisboa, que aconteceu durante a tarde de hoje, a antiga ministra da Saúde aproveitou para comprar três livros, não tendo, no entanto, encontrado todos os títulos que figuravam numa lista que trazia gravada no seu telemóvel..Ao seu diretor de campanha, Temido ofereceu "A Lebre dos Olhos de Âmbar" e no saco levou, para ler depois das eleições europeias, "Navalny - O Grande Opositor de Putin" e "Temos de Falar sobre Putin"..Depois de mais de uma hora a visitar diferentes bancas de livros, a candidata a eurodeputada admitiu que prefere ler romances, porque a fazem "viajar com maior facilidade".."É também uma forma de aprender", acrescentou."Somos o Esquecimento que Seremos", de Hector Abad Faciolince, é o último romance que andava a ler, recomendado por João Pedro Matos Fernandes, mas que deixou a meio para se dedicar "a outras leituras" das europeias.."É um grande conselheiro [João Pedro Matos Fernandes]. Já me sugeriu muitos livros e este nem estava a venda, tive de o mandar vir", contou aos jornalistas ao oitavo dia de campanha, antes ter seguido para a Lourinhã..Imigração, alargamento da União Europeia, fundos europeus e alterações climáticas foram alguns dos temas que marcaram o debate nas rádios com os oito cabeças de lista dos partidos que têm representação parlamentar. Este foi o último debate antes da votação, marcada para 9 de junho..O debate decorreu nas instalações da RTP e foi moderado por jornalistas da Antena 1, Renascença, TSF e Rádio Observador..O presidente do Chega insistiu hoje que o seu partido não apoiará o antigo primeiro-ministro para um cargo europeu, depois de no dia anterior o cabeça de lista ter afirmado que "não seria um mau candidato"..Em entrevista à RTP no domingo à noite, o cabeça de lista do Chega, António Tânger Corrêa, sustentou que o antigo primeiro-ministro socialista António Costa "não seria um mau candidato, objetivamente" e não afastou a hipótese de apoiá-lo para um cargo europeu, "por ser português"..Sobre o próximo Orçamento do Estado, indicou que o atual Governo conta com o Chega: "Connosco contam, nós não vamos diretamente deixar abaixo o Governo, isso é muito claro. Por nossa iniciativa, ele não cai"..Já em declarações à SIC e à CNN ao final da manhã, antes da primeira iniciativa de campanha do dia, o candidato referiu que a "única vantagem" de Costa "é ser português".."Eu dou-me bem com António Costa. Aliás, é o timbre de um diplomata dar-se bem com as pessoas. Ele tem família em Goa. Eu ajudei muito a família dele, quando não era ninguém, mas ajudei a família dele. E a partir daí criámos, enfim, uma relação franca e com alguma coisa", disse..Confrontado com estas declarações, o presidente do Chega foi taxativo: "Nós não vamos apoiar António Costa, o que nós não queremos para o nosso país, não queremos para a Europa".."O que disse o nosso candidato é que alguém que foi primeiro-ministro em Portugal, como em toda a Europa, é objetivamente um candidato que pode ser apresentado ao Conselho Europeu. Agora, pode o Chega apoiar António Costa? É evidente que não", salientou, dizendo que "está fora de questão"..André Ventura considerou que António Costa "foi dos piores primeiros-ministros" que Portugal teve e que não quer "para a Europa o desastre" que aconteceu em Portugal..Sobre o Orçamento do Estado, o presidente do Chega disse que o partido não quer "chumbar por chumbar".."Agora, se o orçamento for no sentido do que têm ido estas medidas de Luís Montenegro, desta desilusão permanente, há condições difíceis para isso", sustentou..André Ventura considerou também que o PSD escolheu o PS como "parceiro preferencial "neste quadro parlamentar" e portanto "é com o PS que eles têm de se esforçar para chegar a um apoio parlamentar"..António Tânger Corrêa participou hoje num passeio numa zona residencial em Algueirão-Mem Martins, e na altura das declarações aos jornalistas disse apenas que "não é uma opção do Chega neste momento chumbar o orçamento por chumbar o orçamento, deitar abaixo o Governo por deitar abaixo o Governo".."Não é o nosso objetivo neste momento deitar abaixo o Governo", indicou..A comunicação social tentou obter mais esclarecimentos por parte do candidato, que recusou, não tendo falado inclusivamente sobre mais nenhum assunto..Durante a arruada, por entre prédios, foram muito poucos aqueles com quem a comitiva do Chega se cruzou. O passeio terminou junto a uma escola que André Ventura frequentou, tendo o líder do Chega interagido com algumas crianças, ainda sem idade para votar, junto às grades..A Associação dos Juristas Católicos (AJC) apelou esta segunda-feira ao "voto consciente" nas eleições europeias de domingo, considerando que assumem "uma importância incontornável" face aos desafios que se colocam à União Europeia (UE)..Em comunicado, a AJC recorda que o projeto de integração europeia se tornou possível como "projeto de esperança porque foi assente na linguagem comum dos valores que os povos europeus partilham em razão da sua herança cristã: o primado da pessoa, o bem comum, a solidariedade, a igualdade e a subsidiariedade".."As sociedades europeias são hoje, comparativamente com outras regiões do mundo, pacíficas, economicamente prósperas, politicamente organizadas e socialmente ordenadas", no entanto, a UE "enfrenta agora também grandes desafios, que arriscam comprometer a unidade entre os Estados", avança o documento..Entre estes desafios, os juristas católicos apontam "a guerra na Ucrânia, a crise dos refugiados e dos imigrantes que chegam ao território europeu atraídos pelo seu modo de vida, o ambiente, o envelhecimento populacional, a rápida evolução da técnica e da inteligência artificial", admitindo que "não se trata de problemas circunstanciais, mas de questões fundamentais que reclamam um novo olhar sobre a Europa e o que ela representa"..Neste contexto, e apelando ao "voto consciente", a AJC recorda a intervenção do Papa Francisco no Parlamento Europeu, em 2014, quando defendeu ter chegado a hora "de construir juntos a Europa que gira, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".."Chegou o momento de abandonar a ideia de uma Europa temerosa e fechada sobre si mesma para suscitar e promover a Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé. A Europa que contempla o céu e prossegue ideais; a Europa que assiste, defende e tutela o homem; a Europa que caminha na terra segura e firme, precioso ponto de referência para toda a humanidade!", afirmou o pontífice na ocasião..Os cabeças de lista dos partidos com representação parlamentar concorrentes às eleições europeias começam o dia em Lisboa, no debate na rádio, que será o último antes da votação, em 9 de junho..O debate, que decorrerá nas instalações da RTP entre as 09:30 e as 11:30, será moderado por jornalistas da Antena 1, Renascença, TSF e Rádio Observador..Quanto à agenda individual dos cabeças de lista, Sebastião Bugalho, que lidera a candidatura da AD, fica pelo distrito de Lisboa e tem agendada uma reunião na embaixada da Ucrânia e à tarde participa no Encontro "Voz dos Jovens na Europa", na Casa do Desenho..A "número um" do PS, Marta Temido tem ações distribuídas pelos distritos de Lisboa e Santarém..Em Lisboa, contactará com populares na Feira do Livro e depois, fará o mesmo na Lourinhã e em Torres Vedras..Temido fecha o oitavo dia de campanha eleitoral com um encontro sobre a Europa na Casa do Campino, em Santarém..O cabeça de lista do Chega, António Tânger Correia, tem agendadas duas arruadas em Mem Martins, distrito de Lisboa, e em Leiria..À IL tem marcada uma visita à Polivouva, em Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro e um jantar numa unidade hoteleira de Aveiro..Catarina Martins, cabeça de lista do BE, tem também marcado contactos com a população na Feira do Livro de Lisboa e, um comício no Centro de Congressos de Aveiro, com a presença da coordenadora dos bloquistas, Mariana Mortágua..O "número um" da CDU, João Oliveira, tem previsto um encontro com o antigo secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, após o que, acompanhado do líder do PCP, Paulo Raimundo, visita igualmente a Feira do Livro de Lisboa..À noite, tem agendado um comício em Alpiarça, distrito de Santarém..O Livre, depois do debate com as rádios, ruma ao Algarve, onde visitará a Eurocidade do Guadiana: Vila Real de Santo António e Aiamonte..O cabeça de lista do PAN, Pedro Fidalgo Marques, e a porta-voz do partidos Pessoas-Animais-Natureza, Inês de Sousa Real, participam na reabilitação de um apartamento destinado a pessoas sem-abrigo, no âmbito do projeto Housing First, em Lisboa..Partidos candidatos às europeias criticaram esta segunda-feira o Chega sobre a sua posição relativamente aos imigrantes, com o cabeça de lista da Iniciativa Liberal a acusar o partido de André Ventura de ter "laivos de xenofobia e de racismo"..Os cabeças de lista dos partidos com representação parlamentar concorrentes às eleições europeias participaram hoje em Lisboa no debate das rádios, que será o último antes da votação, em 09 de junho, sendo que a primeira meia hora foi dedicada ao tema da imigração..Na sequência das afirmações do cabeça de lista do Chega, António Tânger Correia, que apontou que Vila Nova de Milfontes conta com metade da população imigrante e que numa visita a um espaço comercial havia "pressão noite e dia" e "ameaças" por parte de imigrantes a lojistas portuguesas, João Cotrim Figueiredo acusou o Chega de ter uma posição xenófoba.."O que o Tânger Correia acabou de fazer foi "dizer que há um "problema de ordem pública ou até de coação associado a imigrantes quando é uma coação condenável fosse qual fosse o perpetrador e não me venha dizer que não há portugueses que fazem o mesmo, se calhar por vários centros comerciais por aí fora", atirou o candidato da Iniciativa Liberal (IL).."É totalmente indiferente a nacionalidade do infrator, neste caso e associar uma coisa à outra parece-me os tais laivos de xenofobia e de racismo que perpassam o discurso do Chega, é nisto que se vê", continuou..Por sua vez, Catarina Martins, do Bloco de Esquerda (BE), criticou Tânger Correia que tinha afirmado que "o primeiro passo" era a regularização dos 400 mil imigrantes "para que possam entrar no mercado de trabalho".."As 400 mil pessoas que estão à espera de regularização estão a trabalhar, o seu processo de regularização não é para entrar no mercado de trabalho", atirou a cabeça de lista do BE, apontando que a posição do Chega "é mentirosa" e que não se pode "deixar passar" isso..Acrescentou ainda que se há uma ilegalidade, o dever do Chega teria sido a denúncia, como ela própria já o fez.."O Chega não luta pelas instituições onde está, mas é ótimo para vir para a comunicação social fazer de conta que as pessoas têm culpas" por causa da sua nacionalidade, o que é "inaceitável", rematou..Por sua vez, Sebastião Bugalho, cabeça de lista da Aliança Democrática (AD), considerou que não há excesso de imigrantes em Portugal.."O problema não é o excesso de imigrantes, isso não existe, o problema é o excesso de imigrantes que não foram regularizados e protegidos", sustentou..Concordando com Catarina Martins sobre o facto de grande parte dos 400 mil imigrantes em Portugal já estarem a trabalhar em Portugal.."Não podemos tratar os imigrantes como criminosos, neste momento os imigrantes em Portugal são é vítimas de crime, esse é o problema", rematou Sebastião Bugalho..O cabeça de lista da AD admitiu ainda que "acabar com a prática política de manifestação de interesse poderá ser uma solução útil para acabar com a imigração ilegal", no dia em que o Governo vai apresentar o plano sobre o tema..Pedro Fidalgo Marques, do PAN, criticou a ideia de que a imigração traz aumento da criminalidade, apontando que "é erro"..O cabeça de lista do PAN criticou ainda Tânger Correia por fazer "acusações sem depois ter consequência".."Temos de ter uma política migratória que", em primeiro lugar, "se foque na regularização dos processos dos imigrantes", afirmou, por sua vez, João Oliveira, cabeça de lista da CDU, que sublinhou que os imigrantes estão sujeitos a exploração..Já Francisco Paupério, do Livre, defendeu "fronteiras abertas com segurança" e que para tal é preciso coordenação.."Sem prejuízo daquilo que é a realidade ser dinâmica (...), esta reforma recente foi no sentido correto" e depois há uma dimensão institucional que se prende com o SEF e com a AIMA - Agência para a Integração Migrações e Asilo que "tem de ser reforçado", afirmou Marta Temido, cabeça de lista do PS.."Eu repudio veementemente a ideia de que estamos a praticar uma exploração de imigrantes", acrescentou, dando o exemplo a vacinação da covid-19 que foi aplicada a todos.."O que me preocupa é quando oiço como ouvi neste debate candidatos de forças políticas a dizerem que é necessário dar destino aos imigrantes que cá estão. Dar destino? São por acaso objetos? Oiço dizer que é preciso ter um Blue Card mais baratinho. Isso é que me preocupa porque mostra bem aquilo a que vimos", criticou Marta Temido..Relativamente ao Blue Card, Marta Temido aludia à posição de Sebastião Bugalho sobre o tema, que considera que 3.000 euros é um salário "demasiado elevado"..A audiência dos debates televisivos para as eleições europeias aumentou face à de 2019, de acordo com a análise da Universal McCann, agência de meios do grupo Mediabrands, com cinco a ultrapassar os 500 mil telespetadores..As eleições europeias decorrem em 9 de junho e os debates este ano "decorreram num modelo inédito", já que, "invés de duelos, houve confrontos com quatro partidos de cada vez, com a presença dos partidos com assento parlamentar na Assembleia da República", recorda a Universal McCann (UM)..Além destes, "decorreu ainda um debate com todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República e outro com os partidos que se apresentam à eleição, mas que não têm nenhum deputado eleito na Assembleia da República"..A série de debates, que teve início em 13 de maio e que opôs os cabeças de lista Sebastião Bugalho (AD), Marta Temido (PS), João Cotrim Figueiredo (IL) e Francisco Paupério (Livre), terminou em 30 de maio, com o debate entre todos os partidos sem assento parlamentar.."Nas últimas eleições para o parlamento europeu, houve apenas três debates que ultrapassaram a audiência média de 500 mil telespetadores, enquanto em 2024 cinco ultrapassaram esse valor", refere a UM..Recorde-se que em 2019 "o formato dos debates foi duelos entre os partidos com assento parlamentar", num total de 15 frente-a-frentes, "sendo que, destes, apenas cinco tiveram transmissão em canal aberto, tendo os canais generalistas transmitido apenas os minutos iniciais destes confrontos, passando depois para os respetivos canais de informação"..O debate mais visto foi o de estreia, "que contou com a presença da AD, PS, IL e Livre" e foi transmitido pela SIC e com a moderação de Clara de Sousa. Registou "uma audiência média de 852 mil telespetadores, a que correspondeu um 'share' de 17,3%"..Em segundo lugar ficou o que contou com os representantes da CDU (João Oliveira), Francisco Paupério (Livre), António Tânger Corrêa (Chega) e João Cotrim Figueiredo (IL), "o único do 'top3' sem a presença dos partidos da AD e PS"..Este confronto, transmitido pela SIC, "contou com uma audiência média de 788 mil telespetadores e um 'share' de 16,9%"..Em terceiro lugar ficou "o último debate a quatro que colocou à mesa os candidatos do PS (Marta Temido), AD (Sebastião Bugalho), BE (Catarina Martins) e Pedro Fidalgo Marques (PAN), transmitido na TVI e com a moderação de Sara Pinto", com uma audiência média de 674 mil telespetadores e um 'share' de 16,6%.."Da série de oito debates, a SIC teve os dois debates mais vistos, seguindo-se os debates transmitidos pela TVI na 3.ª e 4.ª posição" e a "RTP1 transmitiu os debates menos vistos, com os confrontos dos partidos com e sem assento parlamentar, transmitidos a partir das instalações da Nova SBE, a serem aqueles que geraram menos interesse junto dos portugueses"..O PS afirmou esta segunda-feira esperar a presença do antigo primeiro-ministro, António Costa, na campanha eleitoral e a AD defendeu que o resultado da ida às urnas a 9 de junho não deve influenciar a estabilidade do país..Os cabeças de lista dos partidos com representação parlamentar concorrentes às eleições europeias participam hoje em Lisboa no debate na rádio, que será o último antes da votação, em 9 de junho..A cabeça de lista dos socialistas, Marta Temido, afirmou que espera a presença do antigo primeiro-ministro, António Costa, nesta segunda e última semana de campanha para as eleições europeias, mas explicou que tem havido "questões de agenda difíceis de gerir"..Questionada sobre se um mau resultado nestas eleições, depois da derrota nas legislativas, devem levar a repensar a liderança do partido, Marta Temido disse apenas que o PS não está a trabalhar para perder, nem está "nada preparado para isso". ."Estas eleições não são uma segunda volta das legislativas, nem são umas primárias de uma outra coisa qualquer. São umas eleições com um valor essencial para a vida dos portugueses e dos europeus", defendeu..O candidato da AD, Sebastião Bugalho, defendeu que o resultado destas eleições não pode "pôr em causa a estabilidade política do país" e que o debate que está a ser feito é da "Europa pela Europa".."Não vamos pôr em causa o interesse nacional nem a estabilidade política por causa destas eleições europeias", acrescentou.O cabeça de lista da AD frisou ainda que o voto na sua candidatura é, para os eleitores, "um voto seguro" e "numa certeza"." "É um voto que diz, não vamos voltar para trás, não vamos andar para trás", sublinhou..O Chega, por António Tânger Correia, admitiu neste debate que o "principal adversário" do partido nestas eleições é AD e deixou novamente em aberto as opções do Chega relativamente à família europeia com quem se sentarão no Parlamento Europeu.."Há movimentações para fazer outro tipo de bloco, há movimentações para juntar blocos, há várias movimentações em vários sentidos. O que é que nós, neste momento, estamos a fazer? Nós, neste momento, estamos a analisar com muito cuidado todas essas movimentações", sublinhou o cabeça de lista do Chega..João Cotrim de Figueiredo, candidato da Iniciativa Liberal, recusou a leitura de que um bom resultado nestas eleições são negativas para a imagem do líder do partido, Rui Rocha, relembrando que, apesar de ter "parte do mérito do que vier a correr bem", a sua candidatura beneficia das "condições todas" que o partido lhe deu e sem as quais "não conseguiria fazer nada"..João Oliveira, da CDU, afirmou que o partido fará uma "avaliação em função do resultado" que conseguir nestas eleições, sublinhando que esta é "uma batalha" que está a ser travada pelos comunistas de "norte a sul do país".."É preciso no Parlamento Europeu quem tenha uma voz em defesa da política que faz falta no país", defendeu..A cabeça de lista do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, recusou atribuir responsabilidades individuais no caso de um mau resultado dos bloquistas, sublinhando que o partido é um coletivo. Defendeu também que estas eleições diferem das últimas legislativas, uma vez que por haver um círculo único, "não há voto útil" e "as pessoas elegem o representante que querem ver defendê-las"..O Livre, por Francisco Paupério, reafirmou o apoio de Rui Tavares à sua candidatura, sublinhando todo o trabalho conjunto dentro do partido desde a sua vitória nas eleições primárias. Defendeu que a responsabilidade sobre o resultado é sua "se perder e do Livre se ganhar"..Pedro Fidalgo Marques, do PAN, defendeu que nestas eleições "não faz sentido haver um voto útil", apelando aos ativistas da causa animal e da proteção animal a voltarem na sua candidatura para consolidar a presença do seu partido.. O cabeça de lista da AD às europeias reuniu-se hoje com a embaixadora da Ucrânia em Portugal e disse ter a esperança de "um dia" ver eurodeputados ucranianos no Parlamento Europeu, recusando "falsear clivagens" com o PS nesta matéria..Sebastião Bugalho foi recebido pela embaixadora Maryna Mykhailenko na embaixada da Ucrânia em Lisboa e prestou declarações aos jornalistas no fim do encontro, que durou quase uma hora.."Deixámos um compromisso, aliado ao compromisso do Governo e dos portugueses, com a democracia ucraniana: continuar a apoiar a Ucrânia militarmente, politicamente, financeiramente, não só até à derrota da Rússia como no processo de reconstrução", afirmou..Do lado da embaixadora ucraniana, o candidato a eurodeputado disse ter sentido "uma vontade da Ucrânia se defender e trabalhar para a paz o mais depressa possível"..Questionado se vê diferenças em relação ao programa do PS relativamente ao apoio à Ucrânia, Sebastião Bugalho congratulou-se por não existirem, pouco tempo depois de ter saído de um debate com os oito cabeças de lista, organizado pelas rádios.."Se há coisa que nos deve orgulhar como democratas portugueses é que os partidos fundadores da democracia portuguesa não hesitaram um segundo no apoio à Ucrânia. Eu não vou falsear clivagens com o PS numa matéria tão fundamental, tão digna, tão patriótica e tão democrática", afirmou..Já questionado se houve um pedido concreto da embaixadora da Ucrânia sobre um futuro processo de adesão do país à União Europeia, disse que "não estabeleceu nenhum prazo, só a vontade de fazer parte da família europeia"..Para o cabeça de lista da AD, este é "mais um ponto de consenso" entre os anteriores governos do PS e o atual executivo PSD/CDS-PP.."Portugal está ao lado do alargamento e da integração da Ucrânia no projeto europeu. Eu tenho a esperança de um dia olhar para o lado no plenário do Parlamento Europeu e ver um eurodeputado ucraniano ou uma eurodeputada ucraniana ao meu lado", disse..Questionado se esse objetivo será para os próximos cinco anos ou para um eventual segundo mandato, Bugalho Respondeu: "A minha esperança está relacionada com Ucrânia e não com os meus mandatos", afirmou..Segundo Sebastião Bugalho, no encontro registaram-se "preocupações comuns" nas áreas da segurança nuclear e alimentar, tendo o candidato referido que a Ucrânia olha para Portugal como "um exemplo" na área das energias renováveis que quer replicar, no futuro, no seu país.."A Ucrânia está determinada em conseguir defender-se e Portugal está ao lado da Ucrânia até à derrota russa, como também no caminho mais rápido e eficaz para paz, a Ucrânia está preocupada com a paz, a Ucrânia quer a paz e Portugal também", disse..O cabeça de lista da AD esteve acompanhado nesta reunião pelos candidatos a eurodeputados Ana Miguel Pedro, Hélder Sousa Silva e Lídia Pereira e fez questão de dar a palavra *a única atual eurodeputada do PSD que integra a lista às europeias de 09 de junho, e coordenadora do programa da coligação.."Quando da minha visita a Kiev, no ano passado, reafirmámos o nosso compromisso em acionarmos, logo que possível, o corpo solidário europeu, o voluntariado europeu, para que os jovens europeus possam participar ativamente na reconstrução da Ucrânia", afirmou Lídia Pereira..Nesta reunião, explicou, os candidatos da AD reafirmar esse compromisso de "logo que possível" acionar "todos os mecanismos e desencadear esse apoio e essa solidariedade da juventude europeia na reconstrução da Ucrânia"..A cabeça de lista do PS às europeias, Marta Temido, também já se reuniu com a embaixadora ucraniana em Lisboa a 20 de maio.Sebastião Bugalho apontou como "meta média" conseguir mais um ponto do que a sua idade, ou seja, 29% dos votos..Em declarações à saída de uma reunião com a embaixadora da Ucrânia, disse que "a meta mínima" para as eleições do próximo domingo, que considera "realista mas honesta, é manter a delegação do PPE no Parlamento Europeu", referindo-se aos sete eurodeputados do PSD e do CDS..Já a meta média, "uma média mais humorada", é ter "mais um ponto" do que a sua idade, disse Sebastião Bugalho, de 28 anos, no arranque da segunda semana de campanha para as eleições europeias.."Estamos a trabalhar todos os dias para vencer a eleição. Ninguém se candidata à Europa, ao Parlamento Europeu, para servir os portugueses num ano tão desafiante como 2024 se não for para vencer", frisou..Questionado sobre o dia em que o líder do PPM estará presente na campanha, Sebastião Bugalho disse não ter a agenda consigo, mas acreditar que, se o partido entrou na coligação, é porque "certamente subscreve os princípios da AD" com que se candidata ao Parlamento Europeu..O cabeça de lista do Volt Portugal às eleições europeias defendeu hoje, em Mafra, a necessidade de haver apoios financeiros maiores e menos burocráticos para empresas que apostam na inovação e uma maior regulamentação dos seus produtos.."Queremos instrumentos [de financiamento] muito mais desburocratizados e que tenham critérios de discriminação positiva para regiões de fuga de talento, como Portugal, para que estas empresas possam crescer e criar muitos postos de trabalho com salários europeus e, desta forma, contrariar a fuga de talento", disse Duarte Costa, de visita à empresa Oh Ok Kombucha, na Venda do Pinheiro, no concelho de Mafra e no distrito de Lisboa..Para o candidato do Volt Portugal, este é o exemplo de uma empresa inovadora que tem dificuldades em expandir-se no mercado por dificuldades em aceder ao financiamento comunitário e cuja bebida, apesar da qualidade alimentar assegurada e certificada, é taxado com IVA a 23%.."É necessária mais regulamentação para empresas como esta que apresentam produtos mais sustentáveis e com maior segurança para o consumidor tenham uma garantia de proteção no mercado e para garantir que são as regras que conduzem os produtores a ter mais qualidade e sustentabilidade", defendeu.."Só conseguindo que o talento de Portugal fique aqui a desenvolver estes produtos é que teremos uma União Europeia competitiva a nível global e, por isso, os setores da economia verde e que adotam o modelo alimentar mais sustentável, que têm procura, precisam de apoios e de regulamentação", frisou Duarte Costa..O cabeça-de-lista do PAN às eleições do Parlamento Europeu defendeu hoje ser essencial investir mais apoios europeus em habitação social e habitação de renda apoiada, sublinhando que as pessoas têm de ser a prioridade..Pedro Fidalgo Marques, que visitou hoje uma casa atribuída a um ex-sem-abrigo, no âmbito do projeto 'Housing First', da associação Crescer, considerou que "colocar um teto na cabeça das pessoas" tem de ser o passo mais importante, até porque, "a partir daí, as pessoas organizam a sua vida"..O projeto 'Housing First', iniciado em 2013, visa dar uma casa a pessoas em situação crónica de sem-abrigo e integrá-las numa comunidade. Neste momento, contabiliza 140 casas já atribuídas..A prioridade de dar habitação a quem não a tem há muitos anos não se pode limitar, segundo o cabeça-de-lista do PAN, a Lisboa ou mesmo a Portugal. Tem de ser um objetivo da Europa.."Temos falado muitas vezes de várias políticas -- de migração, de alargamento, de agricultura -- e são todas muito importantes, mas não podemos esquecer o pilar social das pessoas", afirmou, acrescentando que não se pode "fazer nenhuma transição sem ser justa e isso passa por dar um teto às pessoas"..Tem de haver mais fundos, quer nacionais quer da União Europeia, para acolher as pessoas, considerou, admitindo que, muitas vezes, os apoios são aplicados através de associações no terreno.."Mas o que ouvimos nas associações é que, muitas vezes, têm de ser criativas para encontrar financiamento, quando a garantia do direito a habitação e da dignidade humana é um dever do Estado", frisou Pedro Fidalgo Marques, referindo que, por isso, é preciso voltar a insistir num objetivo.."Voltamos ao mesmo que temos encontrado na área social, na área ambiental, até mesmo no investimento, quando falamos de economia: temos que ter uma desburocratização dos fundos da União Europeia", sublinhou.."Tem de haver mais apoios europeus para esta causa", reiterou ainda, lembrando que as pessoas em situação de sem-abrigo não podem continuar a ser uma população escondida..O candidato do PAN aproveitou para criticar o presidente da câmara de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, acusando-o de "tentar empurrar as pessoas para concelhos limítrofes para limpar as suas ruas"..O candidato a eurodeputado escusou-se a avançar com uma estimativa de valor a canalizar para o problema da habitação dos sem-abrigo, referindo que não se pode "cair na tentação e no erro de estar a pôr um número em vidas humanas" e defendendo que o que é preciso é "encontrar soluções para os problemas e encontrar os fundos que estão mal geridos", como sejam "os subsídios aos combustíveis fósseis"..O Parlamento Europeu aprovou, em novembro de 2020, uma resolução na qual apelou aos Estados-membros para adotarem medidas para acabar com os mais de 700 mil sem-abrigo até 2030..Pedro Fidalgo Marques não rejeitou a possibilidade de a concretização deste objetivo se ter tornado numa utopia, dado os atrasos, mas frisou ser "preciso acreditar".."Temos de acreditar em utopias quando falamos de dar dignidade às pessoas, quando falamos de [dar dignidade] a portugueses e portuguesas e também migrantes que estão em Portugal na rua", disse..A questão, disse, nem sequer pode ser vista "como uma causa de direita ou de esquerda", tem antes de ser um problema que "una os esforços de todos"..A Sociedade Ponto Verde lança manifesto sobre as eleições europeias que "propõe um conjunto de ações e princípios fundamentais" para "a definição das políticas europeias nos próximos anos, com vista a assegurar uma gestão de resíduos mais eficiente, sustentável e circular".."Num momento em que a emergência ambiental se configura como o maior desafio das próximas décadas, é imperativo agir de forma determinada e eficaz", lê-se no manifesto. Para a Sociedade Ponto Verde, o Parlamento Europeu "que venha a resultar das eleições do próximo dia 9 de junho terá um conjunto de desafios da maior importância pela frente, desde logo o desafio da sustentabilidade"..Nesse sentido, a Sociedade Ponto Verde "entende ser sua responsabilidade contribuir para o debate, apresentando propostas que permitam a Portugal contribuir ativamente com soluções, em particular no setor dos resíduos, da reciclagem e da economia circular"..Manifesto da Sociedade Ponto Verde propõe, por exemplo, a harmonização de políticas e padrões, nomeadamente em termos de legislação, uma vez que entende "ser relevante reduzir a disparidade no processo de transposição de diretivas para o quadro legislativo nacional, evitando a antecipação de prazos ou o alargamento de âmbito das obrigações dos operadores económicos"..Defende a implementação do Regime da Responsabilidade Alargada do Produtor (RAP) e, na área do design para a reciclagem, o reforço de "incentivos em investigação e desenvolvimento de produtos/embalagens que sejam mais fáceis de reciclar", assim como promover a "substituição de materiais não recicláveis ou de reciclagem complexa por alternativas mais sustentáveis"..É referido no manifesto a necessidade do reforço na "integração de princípios da economia circular nos processos de produção, incluindo a reutilização de materiais e componentes", bem como a promoção de "incentivos à criação de cadeias de suprimentos mais circulares e sustentáveis, incluindo produtores locais/regionais e de pequena e média dimensão"..No manifesto, a Sociedade Ponto Verde também propõe o "reforço do investimento comunitário em infraestruturas e tecnologias que aumentem a capacidade de gestão de resíduos e aumentem a capacidade efetiva de cumprimento das normas ambientais"..Defende o "investimento em pesquisa e desenvolvimento para encontrar soluções inovadoras para a redução e reciclagem de resíduos, incluindo a utilização de Inteligência Artificial" e as parcerias externas, com o objetivo de "desenvolver e implementar práticas de gestão de resíduos mais eficazes no quotidiano".."Contribuir para um consumo mais sustentável, através do reforço de boas práticas junto dos consumidores" é outra das linhas do manifesto Sociedade Ponto Verde.