O ex-secretário-geral do PS, e ainda primeiro-ministro, recorreu ao humor para sustentar que a Aliança Democrática (AD) está sem fonte de inspiração para governar, dizendo que os quatro anteriores primeiros-ministros do PSD são incompatíveis com o presente.."Tenho registado a impreparação que a AD tem para governar. E não é por irem buscar inspiração aos anteriores primeiros-ministros da AD que eles vão conseguir governar nos dias de hoje", declarou António Costa no final da sua longa intervenção no comício do PS, no Porto..O líder do executivo começou por se referir a Cavaco Silva, primeiro-ministro entre 1985 e 1995.."O mais antigo não governou só numa era em que não havia internet, em que não havia providências cautelares. Ele verdadeiramente governou e conseguiu ganhar eleições quando só havia uma televisão em Portugal, que era aliás comandada pelo seu ministro Adjunto", declarou, numa alusão a Marques Mendes..A seguir, falou de José Manuel Durão Barroso, primeiro-ministro entre 2022 e 2004, depois presidente da Comissão Europeia.."Quanto ao outro, percebeu que governar não era inaugurar e achou que era melhor ir para Bruxelas", apontou, provocando risos na plateia. O mesmo aconteceu quando falou de Pedro Santana Lopes, que ainda não apareceu na campanha da AD.."O terceiro [Pedro Santana Lopes], até queria que eles o convidassem, mas eles não convidam", observou..Já em relação a Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro entre 2011 e 2015, associou-o ao discurso do Chega.."E o último veio [à campanha da AD] e o que verdadeiramente fez foi o truque que nós percebemos que eles fazem. Eles dizem para o Chega sair pela porta, mas, depois, o Chega entra pela janela e contamina-os sobre os estrangeiros e outras ideias", acrescentou..Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República..A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.