Costa: "Portugal é o 5.º país mais avançado na concretização do PRR"
Primeiro-ministro otimista na execução do Programa de Recuperação e Resiliência, mas Marcelo diz que é a sua função ser exigente.
António Costa revelou esta sexta-feira em Mangualde, no distrito de Viseu, que Portugal é o quinto país mais avançado na concretização do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) entre os 27 da União Europeia.
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Questionado sobre os alertas de Marcelo Rebelo de Sousa, que estava ao seu lado quando a pergunta foi colocada, o primeiro-ministro disse que "é fundamental ter um Presidente da República alerta e o país mobilizado para a oportunidade única de concluir Portugal 2020, iniciar concursos do Portugal 2030 e executar o PRR".
"Resta-me boas razões para confiar, sabendo que há um cronómetro que está a contar até 31 de dezembro de 2026, que é já depois de amanhã. É importante que o que está a acontecer mantenha o ritmo. Na última reunião de Conselho de Estado, a comissária Elisa Ferreira anunciou que Portugal é o 5.º país mais avançado entre os 27 na concretização do PRR", afirmou o líder do Governo.
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Ainda assim, Marcelo Rebelo de Sousa ressalva que muitos dos países atrasados na concretização do programa são os que geograficamente estão mais perto da guerra na Ucrânia. "A minha função é ser duro na exigência. O Presidente da República reconhece racionalmente as dificuldades, porque há países que estão muito mais atrasados, e estão a ter dificuldades em executar em PRR. Mas muitos deles com razões compreensíveis, como os bálticos e de leste, que estão mais perto da guerra", argumentou o chefe de Estado.
Marcelo diz que a execução do PRR "é uma corrida contra o tempo", pois o "prazo acaba no fim de 2026". O Presidente da República admite um "prolongamento" mas diz que é melhor não "contar com isso".
"É preciso fazer o máximo possível. Os mais novos querem estar à frente, para permanecerem no país. Outros, de gerações nas quais me incluo, pensam como tentar recuperar ao que se sonhou há uns anos, no 25 de abril ou há 40 anos", rematou, defendendo transparência na execução do programa, até porque existe um escrutínio muito maior por parte dos portugueses e a nível europeu.