AD quer salário mínimo em pelo menos mil euros em 2028 e salário médio nos 1.750 euros
O presidente do PSD fixou esta quarta-feira como objetivo que o Salário Mínimo Nacional (SMN) atinja no final da legislatura pelo menos mil euros e que o salário médio seja "em torno dos 1.750 euros", se a AD for Governo.
Luís Montenegro falava na apresentação do programa económico da Aliança Democrática (AD, coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM nas legislativas de 10 de março), no Centro de Congressos de Lisboa.
"O nosso objetivo do ponto de vista salarial é que o SMN não seja inferior a mil euros no ano de 2028 e o salário médio seja em torno dos 1.750 euros", afirmou.
Para o presidente do PSD, "há condições para ter estes objetivos como realizáveis" se forem introduzidas as reformas propostas nas políticas públicas que a AD propõe.
AD quer pôr economia a crescer 3,4% em 2028 com choque fiscal de 5 mil ME
A AD prevê um crescimento da economia portuguesa, de 2,5% em 2025 até 3,4% em 2028, através de um choque fiscal de cinco mil milhões de euros ao longo da próxima legislatura, ainda segundo o programa macroeconómico.
Em resultado das medidas propostas, a coligação AD (que junta PSD, CDS-PP e PPM) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,5% em 2025, 2,7% em 2026, 3% em 2027 e 3,4% em 2028, impulsionado pela procura interna, após a implementação das reformas propostas.
As previsões partem do cenário macroeconómico do Conselho de Finanças Públicas (CFP) e seguindo um "princípio de prudência", a coligação mantém a projeção daquela instituição para 2024: 1,6%.
Segundo o cenário macroeconómico da AD, a contribuir para o crescimento do PIB estará sobretudo a procura interna, com um contributo entre 2,5 pontos percentuais (pp.) e 3,1 pp..
De acordo com os economistas da coligação, o crescimento da economia será sobretudo influenciado por um choque fiscal de cinco mil milhões de euros ao longo do horizonte da próxima legislatura, com três mil milhões de euros para o IRS, 1,5 mil milhões de euros para o IRC e 500 milhões para medidas fiscais destinadas à habitação.
O cenário macroeconómico da AD aponta para um crescimento do consumo privado ligeiramente abaixo do PIB (passe de 2% em 2025 para 3,2% em 2028), enquanto o investimento se fixa acima, sobretudo entre 2025 e 2026.
A coligação prevê um aumento do investimento de 5,2% em 2025 e de 4,5% em 2026, caindo para 3,2% em 2027 e 3,4% em 2028.
A impulsionar a economia estarão também as exportações de bens e serviços, com uma taxa de crescimento de 3,8% em 2025, 4% em 2026, 4,4% em 2027 e 4,4% em 2028.
Já as importações deverão passar de 3,8% em 2025 para 3,9% em 2028.
Prevê ainda um crescimento contido do consumo público, com uma taxa de variação entre 1,7% em 2025 e 2,5% em 2028.
A AD projeta ainda que o emprego passa de 0,3% em 2024 para 1,1% em 2025, crescendo até 1,4% em 2028, enquanto a taxa de desemprego se reduz ao longo do horizonte de projeção: de 6,2% em 2025 cai para 5% em 2028.