A noite eleitoral ao minuto. Montenegro garante que "mudança vai cumprir-se com um novo Governo" e mantém "não" ao Chega
Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

A noite eleitoral ao minuto. Montenegro garante que "mudança vai cumprir-se com um novo Governo" e mantém "não" ao Chega

“Naturalmente cumprirei a minha palavra", assegurou Luís Montenegro, líder da AD, sobre o "não é não" ao Chega.
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Dados oficiais quando estão apuradas todas as freguesias a nível nacional (faltam os quatro deputados do círculo da emigração): AD (Aliança Democrática) com 79 deputados e PS com 77. 

A Aliança Democrática (AD) foi a formação mais votada, com 29,49% dos votos e 79 deputados nas eleições legislativas deste domingo, em que o Chega quadriplicou o número de deputados, com 48 mandatos.

O PS foi o segundo mais votado, com 28,66% e 77 deputados, no final do escrutínio em Portugal, e quando ainda faltam apurar os resultados nos círculos da emigração, que elegem quatro deputados, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral.

Considerado durante décadas um bastião dos comunistas, o Alentejo ficou pela primeira vez sem qualquer deputado da CDU (PCP/PEV) ao perder o de Beja nas legislativas de domingo, enquanto o Chega se estreou com três mandatos na região.

No círculo eleitoral de Beja, de acordo com os resultados divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), a CDU foi apenas a quarta força política mais votada, com 15,03% dos votos (11.570), atrás do PS (31,70%, um deputado), Chega (21,55%, um deputado) e Aliança Democrática, a coligação formada por PSD, CDS e PPM (16,74%, um deputado).

Os resultados contrastam com os verificados nas legislativas de 2022 no mesmo círculo eleitoral, segundo o mapa oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE) publicado em Diário da República (DR). O PS também foi então o mais votado (44,66%, o que lhe deu dois mandatos), mas a CDU veio logo em segundo lugar, com 18,82% (12.442 votos, um mandato).

Assim sendo, neste ato eleitoral, o PCP perdeu o único deputado que tinha pelo distrito de Beja e novamente cabeça de lista, o enfermeiro João Dias, de 50 anos, que estava no parlamento desde 2018.

Nas primeiras eleições livres em Portugal, para a assembleia constituinte, em 25 de abril de 1975, dos seis deputados que Beja elegeu, três foram do PCP.

A partir daí, nas eleições para a Assembleia da República neste círculo, o PCP obteve quatro assentos em 1976, a APU elegeu três entre 1979 e 1985 e, enquanto CDU, conquistou três em 1987, dois em 1991 e um desde 1995 até às eleições de 2022, indicam os dados dos mapas oficiais da CNE consultados pela agência Lusa.

Com a não eleição do deputado por Beja nas legislativas deste domingo, precisamente no ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, o Alentejo fica sem qualquer representação comunista no hemiciclo.

Nas legislativas de 30 de janeiro de 2022, o PCP já tinha perdido o deputado por Évora, João Oliveira, enquanto pelo círculo eleitoral de Portalegre o último deputado foi eleito pela CDU nas legislativas de 1987.

Em sentido oposto na região, a 'acelerar' nas votações nos mais recentes atos eleitorais, surge o Chega, que consegue eleger, nestas legislativas de 2024, os seus primeiros deputados no parlamento pelo Alentejo: um por Beja, outro por Évora e outro por Portalegre.

Nos três distritos alentejanos, o PS foi o partido mais votado, mas o Chega foi a segunda força política em todos eles: em Beja o PS obteve 31,70% dos votos e o Chega 21,55%, em Évora a diferença foi de 32,79% para 22,43% e em Portalegre o PS alcançou 34,05% e o Chega 24,59%.

O Chega elegeu por Beja Diva Ribeiro, de 49 anos, por Évora Rui Cristina, de 44 anos, e por Portalegre Henrique de Freitas, de 62 anos

"É um privilégio estar aqui ao final de um longo dia de eleições e comprovar a forma como decorreu este ato eleitoral", começou por dizer Luís Montenegro, líder da AD, realçando a "prova de vitalidade democrática e de tolerância democrática do povo português", assim e o nível de participação dos portugueses.

Ouve-se "vitória, vitória". Montenegro saudou todos os candidatos que concorreram a estas eleições. 

"Quero agradecer de uma forma especial àqueles que manifestaram a sua confiança na candidatura da AD, a candidatura que venceu estas eleições", declarou o líder da Aliança Democrática.

Relembrou o compromisso de que"vencer as eleições era ter mais um voto do qualquer outra candidatura". "Parece incontornável que a AD ganhou as eleições e o PS perdeu as eleições".

Referiu depois qyue é do entendimento da AD que "os portugueses falaram e disseram" que "queriam mudar de Governo", que "queriam mudar de políticas" e que "os grandes partidos possam apresentar-se de forma renovada".  Os portugueses também disseram que os partidos "devem privilegiar mais o diálogo entre líderes e entre partidos.”

Montenegro disse ainda que a AD terá recuperado novos 200 mil eleitores e mais mandatos face às eleições legislativas de 2022

“É minha expetativa fundada que o Presidente da República me possa indigitar para formar governo”, declarou.

A mudança vai cumprir-se com um novo primeiro-ministro, novo governo e novas políticas. Sabemos que o desafio é grande e que vai exigir grande sentido de responsabilidade, grande capacidade de diálogo e tolerância democrática, mas temos de dar ao país e cumprir a base do programa que foi hoje sufragado”, afirmou Montenegro.

“Há todas as condições para acreditarmos em Portugal e nos portugueses. É possível que a nossa economia possa crescer mais, pagar melhores salários, que os jovens não tenham de emigrar, valorizar mais o esforço de quem trabalha, dar esperança aos jovens, estabilidade e justiça a quem está na vida e segurança e dignidade a quem não está na vida ativa”, referiu o líder social-democrata. 

“Assumi dois compromissos na campanha eleitoral e, naturalmente, cumprirei a minha palavra. Nunca faria a mim próprio, ao meu partido e à democracia por tamanha maldade que seria incumprir compromissos que assumi de forma tão clara”, assegurou Luís Montenegro sobre o "não é não" ao Chega.  

Montenegro foi questionado se não teme que o Chega possa derrubar o Governo à primeira oportunidade.

"Estamos cientes que, em muitas ocasiões, a execução do programa de Governo terá de passar pelo diálogo na Assembleia da República. É natural e é nossa expectativa que todos partidos possam assumir a sua responsabilidade, a começar pelo principal partido da oposição", disse.

Neste ponto, o líder do PSD disse compreender que o PS não se reveja no programa do Governo, nem adira às propostas da AD, mas defendeu que tem a responsabilidade de respeitar "a vontade do povo português".

"E é nessa lógica que a minha mais firme expectativa é que o PS e o Chega não constituam uma aliança negativa para impedir o governo que os portugueses quiseram", enfatizou.

Sobre a possibilidade de o PS não viabilizar Orçamentos do PSD, o líder do PSD ironizou que "noutras ocasiões" os socialistas esperariam para ver o documento antes de dizer o que fariam com ele.

Montenegro disse que não teve contactos com André Ventura -- "não era necessário" -- e remeteu esclarecimentos sobre a possibilidade de incluir CDS-PP e PPM no Governo para depois da audiência com o Presidente da República, "partindo do princípio de que irá indigitar o líder desta Aliança" como primeiro-ministro.

"O que direi ao Presidente da República é que estamos prontos para iniciar a governação, para respeitar palavra do povo português, prontos para mudar de Governo", reforçou.

O PS venceu as legislativas de domingo no distrito de Lisboa, com 27,73% dos votos e 15 deputados eleitos, quando estão apuradas as 134 freguesias do círculo eleitoral.

A Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) conseguiu 14 mandatos, o Chega nove e a IL três. Livre, BE e CDU (PCP/PEV) alcançaram, cada um, dois assentos no hemiciclo e o PAN obteve um.

Em 2022, o PS tinha também vencido no distrito, com 21 mandatos. O PSD, a concorrer sozinho, conseguiu então 13, sendo os restantes mandatos distribuídos também por IL (quatro), Chega (quatro), PCP/PEV (dois), BE (dois), Livre (um) e PAN (um).

 A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, assegurou esta noite que o partido será parte de uma "solução que afaste a direita do Governo", considerando que a "inegável viragem à direita" é resultado da "política desastrosa" da maioria absoluta do PS.

Numa reação desde o quartel general do BE para esta noite eleitoral, o Fórum Lisboa, Mariana Mortágua considerou que a "situação ainda não totalmente clara" em termos de mandatos, mas referiu que apesar "desta viragem à direita" nas eleições de domingo, o partido "manteve-se firme" e teve mais "cerca de 30 mil votos", continuando com os mesmos cinco deputados.

"Faremos exatamente o que dissemos que íamos fazer. Seremos parte de qualquer solução que afaste a direita do Governo",

"Crescemos em votação. Mantivemos o grupo parlamentar e consolidamo-nos como quarta força política parlamentar" afirma Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal no seu discurso. 

O presidente da IL disse ainda que o partido conseguiu "consolidar o projeto", acrescenta.

"Estamos no caminho para tornar Portugal mais liberal. Vamos a isso" sublinha. 

"Cá estaremos para assumir as nossas responsabilidade",termina assim o seu discurso.

Realçando que há ainda os votos dos emigrantes por definir, André Ventura, líder do Chega, começou por dizer: "Há um dado que é já evidente, o Chega e a PSD  têm a maioria absoluta nestas eleições".

"Esta é a noite em que acabou o bipartidarismo em Portugal", afirmou, depois, Ventura.

"À hora a que falamos, não sabemos quem será o Governo de Portugal, mas já sabemos que a história já fez a sua escolha: o Chega ultrapassou historicamente um milhão de votos em Portugal", realçou André Ventura.

"Esta é uma vitória que tem de ser ouvida em muitos locais deste país, tem de ser ouvida no Palácio de Belém, onde um Presidente da República procurou à última hora condicionar o voto dos portugueses", afirmou o líder do Chega, para dizer que "quem escolhe o Governo de Portugal são os portugueses". 

O líder do Chega falou depois do "ataque" de que foi alvo o partido em toda a campanha eleitoral, criticando depois as sondagens dos últimos dias da campanha eleitoral.

"Na terra de Cavaco Silva, Boliqueime, o Chega venceu as eleições", destacou Ventura, referindo-se ainda ao distrito de Faro, ganho pelo partido.

André Ventura referiu que os portugueses transmitiram uma mensagem "poderosa": "É que não quer passado nem quer desfiles de passado nem de esqueletos. Os portugueses querem futuro e votaram no único partido que lhes garantiu esse futuro".

"Espero que o país retire as suas conclusões", disse Ventura, realçando que “há um dado que salta à vista: O nosso grande adversário, o PS, perdeu estas eleições”.

“PSD, coligado com CDS, ficará igual ou pouco acima ao que teve Rui Rio sozinho em 2022", declarou, para exclamar: "O Chega quadruplicou os resultados eleitorais". 

Ventura disse que haverá “uma maioria clara entre PSD e o Chega . “Só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o PS para governar quando temos na nossa mão a possibilidade de fazer governo de mudança".

Pedro Nuno Santos começa o discurso com elogio aos portugueses, devido à adesão às urnas.  "Em segundo lugar, agradecer áqueles que votar no PS e acreditaram no nosso projeto". 

"Quero por isso dar os parabéns e felicitar AD pela vitória. O partido Socialista será a oposição. Nós vamos liderar a oposição. Pretendemos recuperar os portugueses descontentes da AD", acrescenta. 

Pedro Nuno Santos falou ainda dos resultados do chega, referindo que é "um resultado muito expressivo que não se pode ignorar". 

"O Nosso caminho começa agora hoje", acrescenta. 

"Só vencido quem desiste e não desistimos", disse.

"São umas eleições que não estão fechadas e nos deixam na incerteza. Não sabemos neste momento condições de governabilidade que podemos ter nos próximos meses", afirmou Rui Tavares no começo do seu discurso. 

O líder do Livre afirmou que os resultados até ao momento mostram que "há espaço para a esquerda europeia em Portugal".

"O Livre é um dos poucos partidos que cresceu nestas eleições e vai trabalhar muito para servir o nosso país. Representar o país", acrescenta. 

"É bom saber que podemos provar aos cidadãos o que é uma campanha feita com propostas, com amor e solidariedade". 

"Queria saudar de muito positivo a adesão dos portugueses às urnas", começou por dizer Nuno Melo, líder do CDS-PP, partido que faz parte da AD. 

Com os dados que temos, podemos dizer, neste momento, que a AD venceu as eleições", acrescentou.

Nuno Melo assinalou, "democraticamente e com respeito", mas "o PS teve uma clamorosa derrota", porque "cai de uma maioria absoluta para um resultado inferior a 30%.

"O PS perdeu as eleições", afirmou. 

Paulo Muacho, cabeça de lista por Setúbal, acaba de ser anunciado como o quarto deputado eleito.

“Obrigado a todos os que confiaram no Livre, agora vamos à luta, vamos trabalhar”, disse, numa brevíssima declaração aos militantes no Teatro Thalia. 

Rui Tavares deverá falar dentro de poucos minutos.

O PS venceu as eleições legislativas deste domingo no distrito de Setúbal, com 31,27% dos votos e sete deputados eleitos, quando estão apuradas as 55 freguesias.

O Chega e a Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) obtiveram, cada um, quatro mandatos, segundo os resultados oficiais provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Neste círculo com 19 mandatos (mais um do que nas eleições anteriores), os restantes quatro assentos foram distribuídos por PCP/PEV, BE, IL e Livre.

Em 2022, o PS tinha ficado com 10 mandatos, o PSD (a concorrer sozinho) com três e a coligação PCP/PEV com dois. Chega, BE e IL obtiveram então um deputado cada.

O dirigente do BE Fabian Figueiredo assegurou este domingo que os cinco deputados eleitos pelo partido "farão parte de qualquer solução que se avizinhe sendo possível", comprometendo-se a um "combate sem quartel às políticas da direita".

Na primeira reação aos resultados eleitorais desta noite, Fabian Figueiredo destacou que num "cenário de viragem à direita", o BE "consegue mais votos" e segurou "os cinco mandatos" que tinha.

"São deputadas e deputados que farão parte de qualquer solução que se avizinhe, sendo possível, ou que dão a certeza ao país que farão um combate sem quartel às politicas da direita", assegurou.

A Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM), com cinco mandatos, ganhou este domingo as eleições legislativas no distrito de Leiria, onde o PS, que vencera em 2022, elegeu três deputados, enquanto o Chega aumentou para dois parlamentares.

Segundo os resultados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a Aliança Democrática (AD) obteve 35,21% (96.311 votos), o PS 22,50% (61.535) e o Chega 19,66% (53.764).

A AD elegeu o antigo presidente da Câmara de Óbidos Telmo Faria, o deputado Hugo Oliveira, a técnica superior na Câmara de Leiria Sofia Carreira, o advogado João Santos e o secretário-geral adjunto do PSD Ricardo Carvalho.

Pelo PS, foram eleitos o deputado Eurico Brilhante Dias, a secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, e o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.

O deputado Gabriel Mithá Ribeiro e o empresário Luís Paulo Fernandes são os eleitos do Chega.

A Iniciativa Liberal continuou a ser o quarto partido mais votado, com 5,65% e 15.446 votos, seguindo-se o BE (4,29% e 11.736 votos), o Livre (2,63% e 7.197 votos), a CDU (2,41% e 6.600 votos) e o PAN (1,70% e 4.645 votos).

Ainda de acordo com os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, nestas eleições legislativas antecipadas estavam inscritos pelo círculo de Leiria 412.184 eleitores que podiam escolher entre 14 forças partidárias. Votaram 66.36%.

A abstenção foi de 33,64%, menos do que em janeiro de 2022, que foi 42,91%.

Por concelhos, a AD ganhou em Alcobaça, Alvaiázere, Ansião, Batalha, Bombarral, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Óbidos, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

Já o PS venceu em Castanheira de Pera, Marinha Grande, Nazaré e Peniche. 

Nas legislativas de janeiro de 2022, o PS teve 36,73% dos votos e cinco deputados, vencendo pela primeira vez uma eleição legislativa no distrito de Leiria, tradicionalmente social-democrata. Já o PSD conquistou 35,68% e quatro deputados.

Então, o Chega elegeu pela primeira vez um deputado no distrito, ao alcançar 8,25%, perdendo o BE o parlamentar que alcançara nas legislativas de 2019.

A líder do PAN, Inês Sousa Real, acaba de ser eleita pelo círculo de Lisboa.

As legislativas deste domingo foram a primeira vez em que os partidos de direita elegeram mais deputados do que os de esquerda no conjunto dos três distritos alentejanos, com três deputados do Chega, três do PS e dois da AD, com o PCP a perder o seu último representante na região, que era João Dias, até agora deputado por Beja.

O PS venceu os três círculos, com 34,05% em Portalegre, 32,79% em Évora, 32,70% em Beja, mas perdeu três dos seis deputados que tinha (os segundos de Portalegre, de Évora e de Beja), enquanto o Chega ficou à frente da AD em Portalegre (onde voltou a não haver um eleito para os sociais-democratas) e em Beja.
O único círculo alentejano onde a AD ficou em segundo lugar, à frente do Chega, foi o de Évora. Nesse caso, foi reeleita a social-democrata Sónia Ramos.

A número dois do Livre por Lisboa, Isabel Mendes Lopes, junta-se aos já eleitos Rui Tavares e a Jorge Pinto. O anúncio aos militantes foi recebido de forma efusiva no quartel-general do partido. 

“Temos um grupo parlamentar e vamos continuar a crescer. Vamos esperar pelos próximos resultados”, disse a futura deputada, sugerindo que um quarto parlamentar ainda é possível.

"Vamos ter muito trabalho pela frente nos próximos anos, contamos com todas e com todos”, referiu, emocionada.

O PS venceu as eleições legislativas antecipadas de hoje no distrito de Coimbra, mas baixou a votação relativamente ao ato eleitoral de 2022, diminuindo o número de deputados eleitos de seis para quatro.

Os socialistas, com uma lista encabeçada pela anterior ministra da Coesão Territorial Ana Abrunhosa, obtiveram 32,67%, de acordo com os resultados provisórios, ficando aquém dos 46,41% de há dois anos.

A Aliança Democrática (AD), que juntou o PSD/CDS-PP e PPM, tendo como cabeça de lista a estreante advogada Rita Alarcão Júdice, obteve 30,58% e manteve os três deputados conquistados pelo PSD nas eleições de 2022, quando concorreu sozinho.

O Chega, que em 2022 tinha subido a terceira força política mais votada, manteve a posição e mais do que duplicou a sua votação, elegendo, pela primeira vez, dois deputados.

No distrito de Coimbra, o partido de André Ventura subiu dos 6,29% conquistados em 2022 para 15,46%, numa lista liderada pelo advogado e professor universitário António Pinto Pereira, antigo militante do PSD.

O Bloco de Esquerda manteve-se como quarto partido mais votado, com um resultado de 5,10%, sensivelmente igual ao das anteriores eleições legislativas.

A Iniciativa Liberal, que em 2022 tinha ultrapassado a CDU (PCP/PEV) também se manteve como quinta força política mais votada no distrito de Coimbra, subindo de 3,72% para 3,96%.

Os comunistas baixaram ainda mais a votação e passaram para sétima força política neste círculo, com 2,82%, quando há dois anos tinham obtido 3,47%%, sendo ultrapassados na sexta posição pelo Livre que obteve 2,84%, quando em 2022 tinha conquistado 1,05%.

A oitava posição é ocupada pelo PAN, que passou de 1,23% obtidos em 2022 para 1,58%.

Seguiu-se, com 1%, a Alternativa Democrática Nacional (ADN), que concorreu pela primeira vez nestas eleições. 

As restantes forças políticas que participaram no sufrágio de hoje obtiveram menos de 0,5%.

O PS foi o partido mais votado em 11 dos 17 concelhos, entre eles o de Coimbra e Figueira da Foz, os mais populosos, tendo a AD vencido nos restantes seis.

O presidente do partido de extrema-direita espanhol Vox, Santiago Abascal, felicitou os portugueses e o líder do Chega, André Ventura, pelos resultados das eleições de hoje, numa altura em que ainda não é conhecido o vencedor do sufrágio.

"Parabéns aos nossos vizinhos e amigos portugueses. Parabéns André Ventura por esse excelente resultado", afirmou Abascal na rede social X.

O Chega foi um dos vencedores das eleições legislativas, passando de 12 deputados para 43, numa altura em que faltavam 15 freguesias por apurar.

O Chega foi a força política mais votada no distrito de Faro nas eleições legislativas de hoje, com 27,19% dos votos e três deputados eleitos, o mesmo número de mandatos obtidos pelo PS e também pela Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM).

A número 2 por Lisboa, Mariana Leitão, é a mais nova deputada da IL no Parlamento.

É a segunda mulher eleita pelo partido e vai ocupar a sexta cadeira da IL no Parlamento.

Mariana vai cumprir o seu primeiro mandato na Assembleia da República. Em 2021, foi eleita deputada à Assembleia Municipal de Oeiras e em 2022 tentou uma vaga no Parlamento, sem sucesso.

Foi com mais animação que os liberais festejaram a eleição de Mário Lopes, cabeça de lista por Aveiro.

Diferente dos candidatos anteriores, será a estreia do liberal no Parlamento.

Também é a primeira vez que a IL elege um candidato no distrito de Aveiro. Com a vitória, o partido soma cinco cadeiras na Assembleia da República.

Os apoiantes da CDU que esta noite não arredaram pé do hotel Sana Metropolitan gritam "CDU, CDU" à chegada do secretário-geral comunista, Paulo Raimundo.

Com dois mandatos, os comunistas garantem grupo parlamentar. Para já, o silêncio deu lugar a palmas e a bandeiras no ar em apoio à CDU.

O ambiente é de festa, apesar de, pela primeira vez na história do partido, não ter conseguido eleger pelo Alentejo.

A sala do Hotel Sana que a AD escolheu para a noite eleitoral é já pequena para os militantes e apoiantes que apareceram e se vão espalhando pelos vários espaços abertos do hotel.

Numa das maiores salas, onde se assiste à emissão das televisões sobre as eleições, António Costa foi ouvido com atenção, nas declarações que fez à chegada ao Hotel Altis, onde o PS tem o seu quartel-general.

Quando disse que a noite ainda não estava definida e que poderia haver uma reviravolta com os votos da emigração, Costa foi vaiado pela sala. Na AD o sentimento é de vitória, mesmo que a contagem dos votos ainda mostre um empate.

Segunda grande explosão de alegria na sede do Bloco de Esquerda. O motivo: a reeleição de Mariana Mortágua, coordenadora do partido, para o lugar de deputada. É cabeça de lista por Lisboa. Os apoiantes entoam: "É esquerda, é bloco. É Bloco de Esquerda" e fazem uma enorme festa na sala.

Depois de Marisa Matias, o Bloco consegue agora eleger a segunda deputada e tem já um grupo parlamentar assegurado para a próxima legislatura.

Nas hostes do BE (que tinha cinco mandatos à entrada para esta eleição), há ainda a esperança de eleger mais deputados, como o número dois por Lisboa, Fabian Figueiredo.

Ainda não há perspetiva de reações oficiais aos resultados.

“Primeiro objetivo cumprido: temos grupo parlamentar”, anunciou assessor Pedro Mendonça, que é também candidato do Livre por Santarém.

A certeza de que Jorge Pinto já está eleito pelo círculo do Porto gerou forte entusiasmo entre os apoiantes do Livre que se concentram no Teatro Thalia, em Lisboa, quartel-general do partido em noite de legislativas. E a notícia de que Rui Tavares também já tem a eleição garantida, fez subir ainda mais o tom. 

A sala está cada vez mais cheia. Destacam-se dezenas de jovens, que agitam bandeiras e gritam em coro "Presente, Futuro, Livre, Livre, Livre!”. Está prevista uma declaração de Jorge Pinto, mas é incerto quando terá lugar.

A primeira mulher da Iniciativa Liberal (IL) eleita nesta legislatura é Ana Patrícia Gilvaz, número dois no Porto.

A jovem de 26 anos vai cumprir o segundo mandato pelo partido. A notícia foi recebida com poucos aplausos no quartel-general dos liberais.

Com a eleição da candidata, o partido soma quatro deputados no Parlamento. Já passa das 22:30 e ninguém no partido reagiu aos resultados.

A CDU já conseguiu dois mandatos, com Paula Santos a garantir a eleição pelo círculo de Setúbal e Paulo Raimundo por Lisboa.

Dentro de poucos minutos, Paulo Raimundo e Jerónimo de Sousa chegam juntos ao hotel Sana Metropolitan, para reagir aos resultados eleitorais, que já garantem a continuidade do PCP no parlamento.

A CDU perdeu o Alentejo, algo que nunca aconteceu nos 50 anos da democracia portuguesa. 

A CDU voltou a não conseguir eleger por Évora, o que deixa Alma Rivera fora do hemiciclo, mas a pior surpresa desta noite para os comunistas é a saída de João Dias do parlamento, com o partido a não conseguir eleger pelo círculo de Beja.

"Creio que neste momento os resultados quase finais são menos claros do que aquilo que eram as previsões eleitorais. Em termos de mandatos, há praticamente um empate entre PS e AD. Não é provável que hoje se saiba os resultados finais", disse o ainda primeiro-ministro.

Ativistas pelo clima atacaram a sede da AD com tinta vermelha. Segundo relatos feitos ao DN, quatro ativistas terão sido detidos e duas ter-se-ão posto em fuga quando a PSP se aproximou.

O átrio do Hotel Sana e as portas de vidro ficaram manchados de tinta vermelha. Um apoiante da AD foi atingido com tinta encarnada no casaco e saiu com a polícia para formalizar queixa contra os ativistas.

Ouviu-se uma troca de palavras entre jovens apoiantes da AD e ativistas climáticos que foram detidos depois de atirar tinta encarnada e bombas de cheiro para o Hotel Sana, onde decorre a noite eleitoral da AD.

“Rua, rua” e “prisão, prisão”, foram palavras de ordem gritadas pelos jovens da AD aos ativistas.

Além de tinta vermelha foram arremessados artefactos pirotécnicos que lançaram uma nuvem encarnada à porta do Hotel Sana e deixaram um forte cheiro a queimado no átrio.

Apoiantes da AD queixam-se de que polícia começou por não reagir perante o ataque dos ativistas pelo clima.

A Climáximo reivindicou, entretanto, o protesto, dizendo que quatro pessoas foram detidas durante a ação

Foi às 22:27 que surgiram aplausos - ainda que tímidos, na concentração da IL. A comemoração foi para o terceiro deputado eleito pelo partido, Bernardo Blanco, cabeça de lista por Lisboa.

Bernardo vai ocupar o cargo pela segunda vez. Discurso de Blanco, que estava previsto há cerca de uma hora, foi adiado para que se pudesse “fazer as contas direito”. A IL segue em quarto lugar na votação global.

O Chega realizou o desejo de ficar à frente de pelo menos um círculo eleitoral nestas legislativas, vencendo no círculo de Faro, com 27,19% dos votos, à frente do PS (25,46%) e relegando a AD para o terceiro lugar (22,39%).

Apesar da vitória do partido de André Ventura, os nove mandatos algarvios ficaram divididos entre três do Chega (Pedro Pinto, João Graça e Sandra Ribeiro), três do PS (Jamila Madeira, Jorge Botelho e Luís Graça) e três da AD (Miguel Pinto Luz, Cristóvão Norte e Ofélia Ramos).

Pouco depois das 22:00, Rui Rocha, líder da IL, foi declarado eleito.

O cabeça de lista por Braga é o segundo candidato liberal vitorioso da noite. Atentos aos ecrãs, os militantes e apoiantes aplaudiram a vitória e gritaram o nome do líder.

Rocha está no quartel-general da IL desde pouco antes das 22:00, mas em sala reservada desde então. A IL continua em quarto lugar na contagem dos votos, com pouco mais de 219 mil.

A “noite histórica” do Chega poderá representar um novo recorde de percentagem conseguida por uma terceira força política que não o PS e o PSD, que venceram todas as eleições legislativas disputadas até hoje, ainda que no caso dos sociais-democratas por vezes coligados com o CDS-PP e o PPM.

Quando estão apurados 95,33% dos votos o Chega tem 18,62%, aproximando-se dos 18,80% obtidos pela Aliança Povo Unido em 1979, então comandada pelo líder histórico comunista Álvaro Cunhal, que em 1983 voltou a conseguir 18,07%. 

Depois disso houve o caso do PRD, criado sob a égide do então Presidente da República, Ramalho Eanes, que em 1985 estraçalhou o eleitorado socialista e atingiu os 17,92%.

Desde então, o melhor que uma terceira força tinha conseguido foram os 11,70% do CDS-PP em 2011, com Paulo Portas.

Neste momento o Chega já garantiu 27 deputados, elegendo pela primeira vez em Beja, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Portalegre, Viana do Castelo, Viseu e Madeira.

A contagem já está fechada no distrito de Bragança, onde a AD venceu com 40,01% dos votos e elegeu dois deputados. O PS teve 29,64% dos votos e elegeu um deputado. 

ADN foi o quatro partido mais votado, com 1587 votos (2,18%).

Em 2022, o PS tinha eleito dois deputados e o PSD tinha eleito um. 

A contagem já está fechada no distrito de Vila Real, onde a AD venceu com 39,33% dos votos e elegeu dois deputados, os mesmos que o PSD em 2022.

O PS teve 29,6% e elegeu também dois deputados (tinham sido três há dois anos).

ADN é a quarta força política mais votada, com 2958 votos (2,53%).

O Chega teve 17,11% e elege o primeiro deputado neste distrito. 

O burburinho que se ouviu durante toda a tarde no hotel Sana Metropolitan, onde a CDU reagirá aos resultados eleitorais, subiu de tom e já se veem bandeiras nas mãos dos apoiantes comunistas. A CDU ainda não elegeu deputados, mas a expetativa é grande e o festejo está preparado.

Há pouco, o dirigente do partido Vasco Cardoso prometeu luta, independentemente do resultado que a CDU obtiver, pelo que esta antecipação do primeiro mandato é o primeiro grande momento da noite comunista.

O PCP perdeu o único deputado que tinha pelo distrito de Beja, João Dias, eleito nas eleições legislativas de 2022.

João Dias, que tem formação em enfermagem, tinha sido eleito pelo distrito de Beja entre a XIII e a XV legislaturas.

Depois de perder João Oliveira nas últimas legislativas de 30 de janeiro de 2022, que era cabeça de lista pelo distrito de Évora, o PCP perdeu o único deputado que tinha no Alentejo, que durante décadas foi considerado um bastião dos comunistas. 

Já o PS teve a maior percentagem de votos do distrito de Beja nas legislativas deste domingo, mas elegeu um deputado, o mesmo número de mandatos alcançados pelo Chega e pela Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), após o apuramento das 75 freguesias.

Em 2022, o PS tinha conseguido dois deputados neste círculo e a CDU (PCP/PEV) o terceiro.

É o seguinte o quadro completo dos resultados às 21:17, em comparação com os dados correspondentes às mesmas freguesias na eleição de 2022:

 O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi o primeiro líder partidário a ser eleito nas legislativas deste domingo, pelo círculo eleitoral de Aveiro.

Pedro Nuno Santos foi o primeiro deputado do PS a ser eleito pelo círculo de Aveiro, quando o partido que lidera conquistou 26,16 % dos votos já apurados e a AD (coligação PSD/CDS/PPM) vai à frente com 31,4%.

O secretário-geral do PS foi o cabeça de lista do PS por Aveiro, distrito de onde é natural.

Naquele distrito, a coligação AD (PSD/CDS/PPM) também já elegeu Emídio Ferreira dos Santos Sousa, com 37,38%. 

ADN já atingiu o patamar mínimo para receber a subvenção dada aos partidos políticos. Com 89,59% dos votos contados, o partido de extrema-direita tem 58 mil votos. A subvenção é dada a partir dos 50 mil votos

O lugar era elegível, e acabou mesmo por se confirmar a eleição de Nuno Melo, presidente do CDS-PP. Está assim confirmado o regresso do partido ao Parlamento, fruto da coligação com o PSD e o PPM.

Há ainda a expectativa, no CDS, de eleger pelo menos mais um deputado: Paulo Núncio, número quatro por Lisboa.

“É muito cedo para nos pronunciarmos sobre cenários”, disse Isabel Mendes Lopes, número dois do Livre por Lisboa, num primeiro comentário do partido às sondagens à boca das urnas divulgadas às 20h00 pelas televisões e que indicam, segundo a RTP, entre 3 e 5% para o partido, o que pode corresponder a um mínimo quatro deputados e um máximo de seis. 

A candidata subiu ao palco no Teatro Thalia sob gritos de “vitória, vitória”. 

Perante a incerteza sobre se os partidos de esquerda serão capazes de formar uma maioria, a candidata reafirmou uma frase que o porta-voz do partido, Rui Tavares, disse ao longo da campanha: “Se houver uma maioria de esquerda, faremos parte da solução. Se houver uma maioria de direita, faremos parte da oposição”. 

Acrescentou que “a esquerda está a par com a direita democrática” nas projeções. “Nesta altura é importante estarmos unidos e termos uma visão de futuro para combater extremistas”, sublinhou.

Diva Ribeiro tornou-se a primeira deputada do Chega eleito num círculo do Alentejo. Cabeça de lista por Beja, levou o partido de André Ventura a 21,56%, só atrás do PS (31,65%) é muito à frente da Aliança Democrática, que só teve 16,74%.

O histórico dirigente socialista Manuel Alegre considerou este domingo que, caso se verifiquem as projeções, a "derrota é do PS e não do Pedro Nuno", defendendo que cabe agora ao partido "preparar-se para liderar a oposição".

Em declarações aos jornalistas à chegada a um hotel em Lisboa onde os socialistas estão a acompanhar a evolução dos resultados eleitorais, Manuel Alegre disse ser preciso esperar pelos resultados e que "as sondagens não são clarificadoras" quanto às maiorias que se podem formar.

No entanto, Manuel Alegre, que é também membro do Conselho de Estado, considerou que o PS "tem de preparar-se para liderar a oposição e para criar uma alternativa para as próximas eleições", recordando que o partido "nasceu na clandestinidade" e "já está habituado a isso".

Questionado se considera que esta derrota é de Pedro Nuno Santos, Manuel Alegre respondeu: "A derrota é do PS, não é do Pedro Nuno Santos".

Relativamente às razões pelas quais o PS terá perdido as legislativas, o histórico dirigente do PS indicou que a situação atual era "muito adversa e muito difícil" para o partido, "pela forma como saiu do Governo", pelo "desgaste natural de oito anos de Governo, dois anos muito difíceis com a inflação, a guerra na Ucrânia".

"Acho que o PS fez uma boa campanha, o Pedro Nuno fez uma boa campanha e o resultado nas condições em que as eleições foram disputadas é honroso para o PS, que continua a ser um grande partido nacional, senão o maior", frisou o também presidente honorário do PS.

Já interrogado sobre como é que vê o crescimento da extrema-direita no ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, Manuel Alegre respondeu que a redução da abstenção é "de certa maneira uma homenagem ao 25 de Abril".

"Eu, como homem do 25 de Abril, vejo com tristeza o resultado do Chega. Mas é a vontade dos eleitores, temos de respeitar", acrescentou, recusando ficar assustado com esse crescimento.

"Já passei por situações muito piores. Já tive coisas que sim eram de assustar. Eu lutei contra o fascismo, contra a ditadura, fui preso pela PIDE", recordou.

O dirigente do PCP Vasco Cardoso levou os apoiantes do partido a quebrar o silêncio nesta noite em que o PCP, perante os primeiros resultados eleitorais, enfrenta um decréscimo no número de deputados. "CDU, CDU", gritaram os apoiantes no final da intervenção de Vasco Cardoso, que pretendeu ser motivador.

"É um resultado muito importante para enfrentar as forças de direita, as forças reacionárias, que, no enquadramento que se está a desenhar, bem o povo português vai precisar duma CDU forte, interventiva e combativa para enfrentar essa mesma situação", afirmou Vasco Cardoso. 

"Viva a CDU", foi o último apelo de Vasco Cardoso antes da reação entusiástica dos apoiantes. Por agora, o silêncio voltou a dominar a sala onde decorre esta noite eleitoral entre os comunistas.

Quase duas horas depois da primeira reação, a Iniciativa Liberal segue sem falar aos jornalistas e ainda não há uma previsão para tal. Militantes ouvidos pelo DN em Monsanto disseram para esperar - tanto pelas reações, quanto pelos resultados. Mesmo assim, os liberais estão otimistas com os números da noite. Até agora, o partido não elegeu nenhum deputado. No apuramento dos resultados globais, a IL está em quarto lugar.

O presidente do Chega, André Ventura, desafiou Luís Montenegro e a Aliança Democrática a formar um executivo maioritário de direta, apesar de o líder social-democrata ter sempre recusado esse entendimento ao longo de toda a campanha eleitoral.

“Seremos totalmente irresponsáveis se não concretizarmos um governo. Temos uma maioria para construir, um Orçamento para aprovar e isso só pode ser feito com o apoio do Chega”, disse Ventura, à chegada ao hotel lisboeta onde decorre a noite eleitoral do seu partido.

André Ventura admitiu que “pode haver outras maiorias”, mas reafirmou que espera protagonizar uma “solução de estabilidade” que inclua o Chega, a Aliança Democrática e a Iniciativa Liberal, cujo líder, Rui Rocha, também afastou a hipótese de um entendimento com o Chega.

“Cabe aos líderes políticos interpretarem o que hoje foi expresso”, disse o líder do Chega, referindo várias vezes que ainda se está a falar de projeções. Mas apontou que “a AD pediu uma maioria e os portugueses disseram que queriam um governo de dois partidos”.

A possibilidade de o Chega atingir os 20%, num “resultado absolutamente historico”, foi apresentada por Ventura como “o fim do bipartidarismp em Portugal”, e em que “tudo indica que haverá uma maioria forte à direita”.

“Estamos disponíveis para construir um Governo em Portugal e eu quero apelar a que todos tenham a disponibilidade que se impõe de darmos uma alternativa a Portugal”.

A líder do PAN acaba de chegar à sede de campanha do PAN, na estação do Rossio, em Lisboa. À chegada, reagiu às projeções dos resultados eleitorais. "Há uma grande amplitude dos resultados", realça, tendo em conta que ainda não é certo que o PAN consiga manter a representação parlamentar.

Ao mesmo tempo a líder do PAN volta a distanciar-se da AD. "Há valores do PAN que são irrevogáveis em relação à AD". E conclui: "As causas primeiro à frente de qualquer intenção político-partidária".

Inês Sousa Real dirigiu-se à sala onde cerca de 40 pessoas e um cão compõem a diminuta plateia. 

"Nos dados que são apresentados, há uma resistência por parte da CDU que consideramos importante", afirmou este domingo a dirigente comunista Fernanda Mateus. Em declarações aos jornalistas no hotel Sana Metropolitan, Fernanda Mateus, perante os resultados preliminares que apontam para uma redução do grupo parlamentar comunista para metade, garantiu que o partido vai continuar com "coragem e determinação a dar continuidade aos compromissos" assumidos.

"Daremos o melhor de nós", continuou a dirigente do PCP, sublinhando os compromissos assumidos durante toda a campanha de trazer "resoluções dos problemas do país", como "salários, habitação" ou "direitos dos pais e das crianças, das mulheres e da juventude".

De acordo com Fernanda Mateus, a CDU continua a ser a "força que enfrentará com coragem a política de direita e os projetos das forças reacionárias".

Questionada sobre as projeções que mostram o Chega a quadruplicar o grupo parlamentar, a dirigente comunista recusou-se a isolar o partido de André Ventura como uma força a combater, optando por associá-lo a um conjunto.

"Não devemos isolar o Chega", sugeriu Fernanda Mateus, apontando que, "se analisarmos o projeto da AD, o projeto da Iniciativa Libersal e do Chega, podemos dizer que no seu conjunto são claramente projetos de direita e reacionários".

Em relação ao aumento que os resultados preliminares sugerem, a dirigente comunista vê este cenário como "um libelo acusatório de muita gente que está descontente com a ausência de resolução dos problemas concretos com que se confrontam e que achou que caiu numa força que não vai resolver nenhum dos seus problemas".

Portanto, "enfrentaremos. Teremos que enfrentar", concluiu a Fernanda MAteus, que integra a Comissão Política do PCP.

João Torres, secretário-geral adjunto do PS, admite, de acordo com as projeções, que elas apontam para um resultado em que o PS fica “aquém das expetativas”, tornando-se agora na segunda maior força, ou seja, partido “líder da oposição”.

Depois assegura que “o PS não criará impasses constitucionais” quando for confrontado com uma eventual votação do programa do  Governo que a AD terá de apresentar.  Porém, ao mesmo tempo assegura que “o PS não é o parceiro natural da AD” e “ninguém espera” que no futuro viabilize Orçamentos do Estado apresentados pela direita.

“Um dos piores resultados de sempre da esquerda”, frisa Hugo Soares, secretário-geral do PSD na primeira reação da noite na AD às projeções.

Soares disse que a AD encara as projeções com “serenidade”, mas não deixou de realçar o facto de todas darem a vitória à coligação de centro-direita.

Hugo Soares realçou ainda a reduzida abstenção como “a primeira grande vitória” desta noite eleitoral.
Ao Hotel Sana vão chegando cada vez mais militantes e apoiantes da AD, num ambiente que é de celebração, apesar de as sondagens indicarem que será muito difícil à AD governar sem o Chega.

António Leitão Amaro, cabeça de lista da AD por Viseu, é o primeiro deputado a ser eleito.

Trata-se de um regresso ao Parlamento, depois de já ter sido eleito por três vezes (2009, 2011 e 2015).

Hugo Soares, secretário-geral do PSD, também já foi eleito por Braga (onde era cabeça de lista).

Às 20h em ponto, com a televisão ligada na RTP, os liberais aplaudiram a notícia de que a AD pode ser a vencedora destas eleições. Aplausos e gritos de celebração marcaram esta primeira projeção de voto. A sala agora começa a ficar mais composta, mas ainda não há a presença dos líderes do partido.

Foi perante uma pequena plateia silenciosa que Ernesto Morais, membro de comissão política permanente do PAN reagiu às primeiras projeções dos resultados eleitorais.

O PAN corre o risco de sair do Parlamento. "São apenas projeções. Acreditamos que o trabalho que temos vindo a desenvolver na rua, durante estes dias, nos irá dar um resultado positivo".

Ernesto Morais realça, ainda, o papel de Inês Sousa Real durante os últimos dois anos de legislatura. 

"Estamos a falar ainda de projeções e podemos atingir até quatro deputados", disse, revelando um semblante pouco esperançoso. "Vai ser uma noite longa e vamos aguardar por resultados mais fiáveis, até ao final da noite".

A pequena plateia fez um breve aplauso e aguarda, agora, em total silêncio, de olhos postos na televisão

O líder da IL, Rui Rocha, chegou à Monsanto pouco antes das 20h, sem aviso prévio aos jornalistas. O cabeça de lista por Braga foi direito para uma sala separada, longe de onde estão jornalistas e militantes. Ainda não há uma previsão de reações do líder dos liberais.

O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse que as projeções acabadas de revelar pelas televisões, que apontam para a vitória da Aliança Democrática e para um grande reforço do seu partido, constituem “uma noite histórica”.

“Vai haver uma viragem em Portugal, com uma vitória da direita e um grande resultado do Chega”, disse Pedro Pinto, novamente cabeça de lista pelo círculo de Faro, prevendo que destas eleições legislativas resulte “um grande grupo parlamentar”. Dos atuais 12 deputados, o partido liderado por André Ventura poderá triplicar ou mesmo quadruplicar o número de eleitos, a acreditar nas várias projeções.

Vitoriado pelas dezenas de apoiantes e militantes que começam a chegar à sala do hotel lisboeta onde se realiza a noite eleitoral do Chega, Pedro Pinto disse que o seu partido “é o que mais sobe” e que teve um contributo decisivo para a derrota do PS, que detinha o poder desde 2015.

“Estamos satisfeitos, vamos querer mais, mas uma coisa já conseguimos: que a esquerda não ganhe em Portugal”, disse Pedro Pinto, reservando para o líder do Chega, André Ventura, quaisquer declarações sobre as consequências que os resultados das legislativas terão na estratégia de “não é não” de Luís Montenegro, na medida em que o líder do PSD e da Aliança Democrática, que as sondagens não indicam poder atingir maioria absoluta mesmo coligado com a Iniciativa Liberal, sempre recusou entendimentos pós-eleitorais com o partido de direita radical.

PAN vai reagir. Silêncio absoluto, não há qualquer entusiasmo. Inês Sousa Real era suposto ter aparecido às 20.00 mas deixa a reação às projeções para este membro da comissão política permanente do partido.

No Fórum Lisboa, a plateia aguardou com expectativa a divulgação das projeções. Perante o resultado, incerto (o partido tanto pode perder deputados como ganhar), o silêncio foi a primeira reação. Houve comentários vagos e alguns abraços entre os presentes.

Para já, não há qualquer reação oficial agendada.

As poucas dezenas de militantes do Livre que por enquanto se encontram numa sala do Teatro Thalia, em Lisboa, acompanharam em direto as previsões da RTP1 às 20h00. 

Ouviu-se uma salva de palmas mal foi projetado num grande ecrã o resultado previsto entre 3 e 5%, que pode corresponder entre quatro a seis deputados. Pouco depois começaram a ser distribuídas pelos militantes bandeiras do partido. Os ânimos sereneram, sentindo-se alta expectativa.  

Isabel Mendes Lopes, número dois do Livre por Lisboa, deverá comentar a qualquer momento as projeções.

Daqui a pouco, Fernanda Mateus, da Comissão Política do PCP, fala aos jornalistas sobre os primeiros resultados que começam a surgir. CDU deverá eleger entre um a três deputados, de acordo com a maior parte das projeções, o que significa que poderá ficar com metade do grupo parlamentar que manteve até agora.

Fonte do partido diz que a reação oficial a estes resultados preliminares pode acontecer a qualquer momento, mas o burburinho no hotel Sana Metropolitan é o mesmo que se ouvia no início da noite. Não há celebrações, não há gritos nem sinais de entusiasmos ou de falta dele. Reina a calma entre os apoiantes da CDU, mas é evidente o nervosismos dos comunistas, que se mantêm atentos em frente aos ecrãs.

Uma dúzia de militantes do PS gritaram "PS, PS, PS" na sala de imprensa do Hotel Altis quando as televisões exibiram as suas projeções. Uma alegria construída apenas para a televisão visto que nenhuma das projeções dá vitória ao PS. Ainda não se sabe quando será a primeira reação.

Na sede do PAN o ambiente é de silêncio absoluto. Inês Sousa Real ainda não chegou para comentar os dois cenários possíveis: saída do Parlamento ou eleição de um a dois deputados.

PROJEÇÃO SIC:

AD: 27, 6% a 31, 8%

PS: 24,2% a 28, 4%

CH: 16,6% a 20, 8%

IL: 4,1% a 7,3% 

BE: 3,2% a 6,4%

Livre: 2,3% a 4,9%

CDU: 1,3% a 4,5% 

PAN: 0,5% - 3,1%

O ambiente no hotel Sana Metropolitan, em Lisboa, é de calma, na expectativa de que saiam os resultados. Os apoiantes da CDU já ocupam todas as cadeiras, mas não há reações, não há bandeiras, não há celebrações. Há poucos momentos, o membro da Comissão Política do PCP, Manuel Rodrigues, deixou uma palavra de esperança em relação ao resultado da CDU nestas legislativas perante o resultado da abstenção, que ronda os 35 e os 40%, bastante abaixo daquele que se registou há dois anos.

Declarações do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, só serão conhecidas quando os resultados estiverem consolidados e quando o líder comunista atravessar a rua que separa a sede do partido do local onde jornalistas e apoiantes o esperam.

PROJEÇÃO TVI:
AD: 28% a 33%

PS: 24,5% a 29,5%

CH: 16,6% a 21,6%

IL: 3,3% a 6,3%

LIVRE: 2,2% a 5,2%

BE: 3% a 6,0%

CDU: 2,3% a 5,3%

PAN: 0,8% a 2,8%

PROJEÇÃO CMTV:
AD - 27,2% a 33,2%
PS - 23,8% a 29,8%
CH - 15,6% a 20,6%
IL - 3,3% a 7,3%
BE - 2,7% a 6,7%
LIVRE - 2,1% a 6,1%
CDU - 1,2% a 5,2%
PAN - 0,5% a 3,5%

PROJEÇÃO RTP:

AD: 29% a 33%

PS: 25% a 29%

CH: 14% a 17%

IL: 5% a 7%

BE: 4 % a 6%

Livre: 3% a 5%

CDU: 2% a 4%

PAN: 1% a 2%

Chega agora Catarina Martins. À entrada do Fórum Lisboa, a ex-coordenadora do Bloco de Esquerda começou por elogiar a campanha feita pelo partido, ressalvando o trabalho feito pela sua sucessora, Mariana Mortágua, que considerou ser "a líder política mais bem preparada do país".

Tal como fizera Louçã, quando chegou, e Adriano Campos, na reação oficial, Catarina Martins destacou os números da abstenção que, ao que tudo indica, serão mais baixos do que nas eleições mais recentes. 

Questionada sobre aquilo que, para si, configuraria um bom resultado nestas Legislativas, a também ex-deputada usou uma palavra: "Crescer." "Qualquer partido quer crescer. Isso seria um bom resultado", rematou.

O porta-voz do Livre e cabeça de lista por Lisboa declarou que esta noite “há espaço para uma esquerda verde em Portugal”, e quanto ao “tamanho” desse espaço “estamos preparados para tudo”. 

À chegada ao Teatro Thalia, em Lisboa, onde o Livre se reúne nesta noite eleitoral, Rui Tavares congratulou-se com as projeções das televisões que apontam uma abstenção entre 32 e 46,5%. “É sempre bom que as pessoas exerçam o seu direito e o seu dever. Ainda bem que houve mais pessoas a participar”, disse. Mas esta “vai ser uma noite longa”, vaticinou. 

Para Rui Tavares, “um bom resultado” para o Livre nestas legislativas é obter “um grupo parlamentar e isso começa com dois”.

Entusiasmo contido na sede da AD. Nos corredores do Hotel Sana as conversas são dominadas pelas sondagens que já circulam pelas redes sociais, muitas delas de proveniência duvidosa.

Apesar disso, na AD a sensação é a de que a vitória pode estar próxima, mesmo que ensombrada por um resultado forte do Chega que pode dificultar a governação.

A subida da participação eleitoral "mostra que os portugueses, no fim de uma campanha eleitoral participada e mobilizadora, responderam e estiveram hoje nas urnas”, disse o dirigente socialista Pedro Delgado Alves, falando aos jornalistas no Hotel Altis, em Lisboa, onde a direção do PS acompanha a noite eleitoral.

Já há movimentações de dirigentes comunistas nos corredores do hotel Sana Metropolitan, onde apoiantes da CDU aguardam os resultados eleitorais, com burburinho mas sem celebrações nem manifestações de qualquer ordem.

O deputado Duarte Alves ou o dirigente António Filipe são duas das figuras do PCP que se juntaram à comitiva comunista que aguarda a chegada do secretário-geral do partido, Paulo Raimundo.  Isabel Camarinha, ex-secretária-geral da CGTP, está também presente no hotel Sana Metropolitan.

Angélique Da Teresa, vice-presidente da IL, faz a primeira reação do partido nesta noite eleitoral. Primeiramente, agradeceu a participação nas urnas e celebrou o baixo número de abstenções. “É um sinal importante no ano em que celebramos os 50 anos do 25 de Abril, é um sinal de vitalidade da democracia”. A vice-presidente dos liberais espera que esta seja “a primeira boa notícia da noite”.

Da Teresa ainda criticou o sistema eleitoral, relembrando que, nas últimas legislativas, “foram desperdiçados 700 mil votos”. A deputada municipal pela IL afirmou que o partido já propôs um sistema que “efetivamente represente” os cidadãos portugueses. A vice-presidente também disse ter esperança que os votos de hoje não sejam de protesto, mas sim, “de futuro”, mesmo entre os eleitores “zangados e desiludidos”. Sobre os resultados, afirmou que serão esperados “serenamente”.

O dirigente comunista Manuel Rodrigues afirmou que "a confiança é um elemento decisivo" do combate do PCP, enquanto reagia aos resultados da abstenção avançados este domingo depois de encerradas as urnas de voto.

O membro da comissão política do PCP destacou a importância da participação popular nesta eleições, que considera ser "uma expressão concreta dos valores de Abril", principalmente no ano em que se comemora o cinquentenário da Revolução dos Cravos.

Manuel Rodrigues considerou também que este resultado reafirma o quanto a CDU valoriza a "vitalidade da vida democrática", "um direito que tanto custou a conquistar" e para o qual o PCP teve um papel fundamental, referiu.
O dirigente comunista lembrou ainda que "a CDU fez uma campanha pelo esclarecimento, evitando o show off".

O Livre reagiu às 19h00 aos primeiros números da abstenção.

“Haver maior participação é um dado positivo, dá mais legitimidade ao Parlamento e ao próximo Governo”, disse Paulo Muacho no quartel-general do partido nesta noite eleitoral, no Teatro Thalia, em Lisboa. Admitiu que a mensagem de ontem à noite do Presidente da República, a apelar ao voto, “pode ter contribuído” para o aumento da afluência às urnas e lamentou que a campanha eleitoral tenha sido "marcada por uma grande onda de desinformação".

Paulo Muacho é cabeça-de-lista por Setúbal e foi deputado municipal à Assembleia Municipal de Lisboa entre 2017 e 2021. Questionado sobre se espera ser eleito, respondeu afirmativamente: “Temos essa expectativa”. 

O Livre informou que Rui Tavares, porta-voz do partido e cabeça-de-lista por Lisboa, faz declarações à imprensa às 19h30. A número dois por Lisboa, Isabel Mendes Lopes, deverá comentar as primeiras projeções quando forem 20h00.

Adriano Campos, quinto candidato do Bloco de Esquerda pelo Porto, sobe ao púlpito do Fórum Lisboa reage oficialmente à abstenção. Fá-lo poucos minutos depois da chegada de Francisco Louçã ao Fórum Lisboa.

Deixando a nota de que é "ainda bastante cedo" para qualquer comentário extra, o candidato diz "ser sempre positivo quando há mais pessoas a votar". Expressa também o desejo de que esta "seja uma noite boa" em termos eleitorais.

Paulo Vieira de Castro, membro da direção do PAN: "Extremamente feliz com esta participação bastante elevada dos portugueses, ainda por cima no ano em que fazemos 50 anos de democracia. Não me recordo de haver umas eleições em que, a esta hora, tudo está em aberto. É notável! Esperemos que, no final, seja uma vitória das nossas causas: Pessoas, Animais e Natureza. Todos sabemos que todos os cenários são possíveis. Podemos eleger um grupo parlamentar ou ficar numa situação mais difícil. Mas acreditamos, e o país vai ganhar com isso".

Francisco Louçã já chegou ao Fórum Lisboa, onde irá acompanhar a noite eleitoral do Bloco de Esquerda. Ainda

sem uma reação oficial do partido, o ex-dirigente bloquista foi o primeiro a comentar os números da abstenção. Considerando que as "pessoas votam como tiverem de votar", Louçã disse que "a subida da adesão eleitoral é uma excelente notícia" para o país e para a democracia.

A reação oficial do Bloco de Esquerda acontecerá dentro de minutos, pela voz de Adriano Campos.

Enquanto parte dos representantes dos partidos já reagiram à abstenção, na IL a reação está atrasada.

Uma primeira declaração estava prevista para às 19h, mas ainda não aconteceu. Neste momento, é maior o número de pessoas na concentração, porém nenhum dos líderes chegou.

O deputado do Chega Rui Paulo Sousa reagiu às projeções da abstenção, que apontam para valores entre os 35% e os 40%, congratulando-se com a contribuição do seu partido para uma participação eleitoral como não se via desde 2005.

“Os portugueses sentiram que era seu dever votar e dar resposta aos muitos problemas deste país”, disse o deputado, que volta a ser o número 2 da lista do Chega por Lisboa.

Rui Paulo Sousa disse estar “obviamente extremamente satisfeito” com uma participação que, confirmando-se as projeções, “beneficia essencialmente a democracia em Portugal”.

As projeções das televisões sobre a abstenção: 

RTP: 32% - 38%

SIC: 35,5% - 40,5%

TVI/CNN Portugal: 40,5%/46,5% 

Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.

Luís Montenegro chegou ao Hotel Sana, no centro de Lisboa, pouco depois das 18h30. O líder da AD congratulou-se com a elevada afluência às urnas e disse-se preparado para “todos os cenários”, antes de subir à suite em que deve acompanhar a noite eleitoral.

No Sana, desde as 17h30 que se vêm juntando apoiantes da AD e figuras como Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD, ou Paulo Núncio, dirigente do CDS.

Pedro Nuno Santos chegou ao Hotel Altis pelas 18h50 e, cercado de imediato por dezenas de jornalistas, declarou-se "contente porque a campanha acabou".

"É um dia feliz para a democracia", afirmou, recusando mais comentários, nomeadamente à diminuição da abstenção: "Vamos ter tempo para conversarmos, não vamos?"

Na Sala do Rei, da Estação do Rossio, em Lisboa, ainda só se vêem elementos do staff do PAN. Inês Sousa Real passou por aqui pelas 17:30, de surpresa, afirmando que o "grande objetivo do PAN é voltar a ter um grupo parlamentar".

Foi uma visita curta; regressou a casa e vem, oficialmente, para a sede de campanha pelas 19:30.
O passe social gratuito e a ferrovia são duas das bandeiras do PAN, daí a escolha simbólica da Sala Tejo, no interior da estação ferroviária do Rossio, em Lisboa.

Os dirigentes do Chega que já estão no hotel lisboeta onde decorrerá a noite eleitoral do partido de André Ventura, esperado apenas à hora de jantar, não escondem o otimismo com as indicações que vão recebendo das sondagens à boca das urnas que serão divulgadas às 20:00 pelas televisões.

O Chega conta subir muito em relação aos 7,18% de 2022, podendo ir bastante além de duplicar esse resultado.

Entre os dirigentes que já passaram pela sala do hotel lisboeta, com 300 lugares, estão o líder parlamentar Pedro Pinto, os atuais deputados do Chega Diogo Pacheco de Amorim, Gabriel Mithá Ribieiro e Rui Paulo Sousa. E ainda o ex-deputado social-democrata Rui Cristina, que é o cabeça de lista do partido por Évora e espera continuar na Assembleia da República.

Nuno Melo, líder do CDS, chegou ao Hotel Sana, cerca de 15 minutos depois de Luís Montenegro, sem se alongar nos comentários. 

Garantiu não ter nenhum discurso preparado e saudou os números de abstenção mais baixos do que há dois anos.

No quartel-general da Iniciativa Liberal, em Monsanto, as primeiras declarações estão previstas para às 19h. Por enquanto, há pouca movimentação de líderes do partido. A maior parte dos presentes pertence ao staff ou são jornalistas. As bandeiras presentes são da própria IL e também da NATO.

A Comissão Nacional de Eleições vai enviar as declarações do antigo primeiro-ministro José Sócrates ao Ministério Público, afirmando que terá recebido "participações relativas" às mesmas, conforme avança a CNN Portugal.

Em comunicado, a CNE, citada pelo canal de notícias, diz que "foram recebidas nesta Comissão várias participações relativas às declarações do ex-primeiro-ministro, José Sócrates".  

"As participações resultam da visualização e da leitura de diversas reportagens que procederam à cobertura da sua deslocação à assembleias de voto. As declarações proferidas referem-se a uma candidatura concorrente às eleições, tecendo considerações sobre a mesma. Com efeito, tais declarações podem interferir no processo de formação de vontade dos eleitores e, assim, inserir-se no âmbito da proibição de realização de propaganda no dia da eleição", lê-se no comunicado da CNE.

A Comissão Nacional de Eleições vai “remeter os elementos do processo ao Ministério Público por haver indícios do crime de propaganda em dia de eleição e junto à assembleia de voto e determinar aos órgãos de comunicação social que cessem a divulgação de tais declarações”, indica ainda a CNN Portugal, citando a CNE.

Às 19 horas, Manuel Rodrigues, da Comissão Política do PCP, reage à abstenção, confirmou ao DN fonte da CDU. À mesma hora, outros dirigentes do partido vão prestar declarações em direto, para as televisões, mas o secretário-geral, Paulo Raimundo, só marcará presença para a declaração final, quando os resultados estiverem estiverem consolidados. Entretanto, no hotel Sana Metropolitan, mesmo em frente à sede do partido, o ambiente é calmo. Neste exato momento, na sala onde se espera que aconteçam as declarações, há mais jornalistas do que staff comunista.

A CNE reagiu às queixas hoje apresentadas pela AD e ADN, relativamente à possibilidade de confusão por parte dos eleitores com as siglas dos partidos nos boletins de voto.

"A questão da siglas é resolvida no Tribunal Constitucional, afirmou o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, aos jornalistas, acrescentado que este tema parece desadequado. 

Esta posição surge após reunião plenária do órgão superior da administração eleitoral, na sequência de um pedido da Aliança Democrática (AD) relacionado com a semelhança de nomes no boletim de voto com o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN).

A AD pediu que a CNE promova o "voto esclarecido" e ADN levantou depois uma queixa contra a AD junto da CNE, criticando a publicidade através dos meios de comunicação "com a desculpa" de enganos entre ADN e AD.

Neste âmbito, a CNE determinou que "os órgãos de comunicação social cessem qualquer referência a quaisquer candidaturas ou partidos políticos a respeito deste tema".

O órgão superior da administração eleitoral esclareceu ainda que o voto depois de depositado na urna não pode ser repetido.

O porta-voz referiu ainda que o facto dos partidos estarem a falar sobre esta questão no dia das eleições está interferir com as eleições. "No dia das eleições não deve haver ações que interferem com o ato eleitoral. Esta polémica está interferir no ato eleitoral".   

"Estão a trazer um tema que está claramente fora de tempo. A questão da confundibilidade teria de ter começado há muito tempo atrás", acrescentou.

Os números da adesão às urnas continuam a ser superiores aos de 2022.

Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna, votaram, até às 16h00, 51,96% dos eleitores recenseados. Em 2022, este número era de 45,66%.

Isto significa que às 16h já tinham votado mais 700 mil eleitores do que à mesma hora em 2022, o que corresponde a 5,6 milhões de eleitores (em 2022, foram 4,9 milhões). Mantendo-se o crescimento, isto pode representar mais de seis milhões de votantes. Há três anos, foram 5,5 milhões. A abstenção rondou os 48%.

Até ao meio-dia, a votação também tinha sido superior do que em 2022. 25,21% votaram este ano. Nas últimas legislativas, o valor era de 23,27%.

Os dirigentes do PS vão começando a chegar ao Altis. Pelas 18h20 entraram o presidente do partido, Carlos César, e o líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias (que é cabeça de lista por Leiria). Ambos se dirigiram ao 13º andar do hotel, piso onde a direcção do PS acompanhará a evolução dos resultados.

A sala de imprensa está instalada na cave e estão acreditados mais de duas centenas de profissionais da comunicação social.

A Comissão Nacional de Eleições decidiu enviar para o Ministério Público declarações do presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, feitas no momento em quando foi votar, por considerar que houve "indícios do crime de propaganda".

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu este domingo "várias participações" relativas às declarações de Miguel Albuquerque, quando este se deslocou para votar, revela a CNE em comunicado enviado para a Lusa.

Perante as declarações transmitidas na CNN Portugal e no Diário de Notícias da Madeira, a CNE decidiu "remeter os elementos do processo ao Ministério Público por haver indícios do crime de propaganda em dia de eleição e junto à assembleia de voto e determinar aos órgãos de comunicação social que cessem a divulgação de tais declarações".

Miguel Albuquerque considerou hoje que a crise política na região não iria afastar os madeirenses do voto, mostrando-se confiante na vitória de um partido e atribuindo a um outro partido um "grande desgaste".

Para a CNE, as declarações a duas candidaturas às eleições "podem interferir no processo de formação de vontade dos eleitores e, assim, inserir-se no âmbito da proibição de realização de propaganda no dia da eleição".

No comunicado, a CNE acrescenta ainda que os órgãos de comunicação que divulgaram as declarações para que "cessem a divulgação de tais declarações".

A atuação dos órgãos de comunicação social "deve ser pautada pelo respeito das regras (...) não devendo, em caso algum, interpelar os eleitores e colocar questões que possam, direta ou indiretamente, revelar o seu segredo de voto ou levá-los a fazer declarações que possam consubstanciar propaganda, fazendo-os incorrer no incumprimento da lei".

As mesas de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, deverá chegar ao Hotel Altis, o estado-maior dos socialistas, entre as 18:30 e as 19:00. A direção do PS reservou um espaço no 13º andar, enquanto na cave está a sala de imprensa.

O PS acusou este domingo "uma força política" de estar em campanha em pleno dia de eleições, salientando que o apelo ao voto é uma violação grosseira das regras democráticas.

Esta posição foi divulgada pelo PS em comunicado, depois de a AD (Aliança Democrática) ter pedido que a CNE (Comissão Nacional de Eleições" promova o "voto esclarecido" por semelhança de nomes no boletim de voto com o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN).

"O PS lamenta que em dia de eleições uma força política esteja em campanha eleitoral, violando todas as regras da democracia. O apelo ao voto em dia de eleições é uma violação grosseira dos deveres democráticos", refere-se no comunicado do PS.

Para os socialistas, "o teor do boletim de voto era de prévio conhecimento público há semanas".

"E nenhum acontecimento superveniente pode justificar os comunicados, partilhas em redes sociais, missivas ou outras ações que hoje têm ocorrido no sentido de clarificar a distinção entre as duas siglas constantes do boletim", acrescenta-se.

A CNE afirmou hoje que os nomes dos partidos e coligações não devem ser abordados nem discutidos em dia de eleições, "sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral".

"As denominações, siglas e símbolos dos partidos e coligações que constam dos boletins de voto são, como legalmente têm que ser, as que se encontram no registo do Tribunal Constitucional. O tema não deve ser abordado nem discutido em dia de eleições, sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral", disse a CNE em comunicado.

 O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) apresentou hoje uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra a Aliança Democrática (AD), criticando a publicidade através dos meios de comunicação "com a desculpa" de enganos entre ADN e AD.

"A campanha eleitoral serviu para clarificar essas situações, pelo que, usar este subterfúgio ridículo apenas para tentar cativar eleitores a irem votar na AD e denegrir o ADN é inaceitável", afirmou o partido ADN, em comunicado, acusando a AD de interferência eleitoral.

Neste âmbito, o ADN enviou uma queixa à CNE "devido à publicidade que está a ser feita no voto na AD, através dos meios de comunicação, com a desculpa de que estão a existir enganos entre ADN e AD".

Em causa está o apelo feito hoje pela AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, para que a CNE promova o "voto esclarecido" devido à semelhança de nomes nos boletins, o que tem motivado pedidos de repetição do ato eleitoral.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, disse que a situação reportada pela AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, vai ser analisada "daqui a pouco", sem adiantar mais detalhes: "Em conformidade com a lei eleitoral e com a situação em concreto, iremos obviamente tomar uma posição", garantiu.

Num comunicado dirigido à CNE, a direção de campanha nacional da AD alertou que tem recebido "inúmeros relatos" de pedidos de repetição do voto.

O diretor de campanha nacional da AD, Pedro Esteves, adiantou à Lusa que se registam "muitos relatos em muitas secções de pessoas que se confundem entre dois partidos, neste caso é o ADN e a AD, e pedem para corrigir votos".

Além disso, há cartazes que estão a circular nas redes sociais, tendo como fundo o símbolo do ADN e com a presença dos três líderes partidários da AD.

O pedido da AD é para que a CNE, órgão superior da administração eleitoral, apele à atenção dos cidadãos eleitores antes de votarem para que seja um "voto consciente", indicou Pedro Esteves.

Questionado sobre queixas e pedidos de repetição do voto, o porta-voz da CNE afirmou que "são muito pontuais", indicando que as situações de que tem conhecimento chegaram, "essencialmente, por reporte de órgão de comunicação social, sem uma aferição".

A Aliança Democrática (AD) apelou à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para que promova o "voto esclarecido" devido à semelhança de nomes nos boletins, o que tem motivado pedidos de repetição do ato eleitoral.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, disse que a situação reportada pela AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, vai ser analisada "daqui a pouco", sem adiantar mais detalhes: "Em conformidade com a lei eleitoral e com a situação em concreto, iremos obviamente tomar uma posição", garantiu.

Num comunicado dirigido à CNE, a direção de campanha nacional da AD alertou que tem recebido "inúmeros relatos" de pedidos de repetição do voto.

O diretor de campanha nacional da AD, Pedro Esteves, adiantou à Lusa que se registam "muitos relatos em muitas secções de pessoas que se confundem entre dois partidos, neste caso é o ADN e a AD, e pedem para corrigir votos".

Além disso, há cartazes que estão a circular nas redes sociais, tendo como fundo o símbolo do ADN e com a presença dos três líderes partidários da AD.

O pedido da AD é para que a CNE, órgão superior da administração eleitoral, apele à atenção dos cidadãos eleitores antes de votarem para que seja um "voto consciente", indicou Pedro Esteves.

Questionado sobre queixas e pedidos de repetição do voto, o porta-voz da CNE afirmou que "são muito pontuais", indicando que as situações de que tem conhecimento chegaram, "essencialmente, por reporte de órgão de comunicação social, sem uma aferição".

"A repetição do voto é possível se a pessoa se enganou. O boletim é anulado, dão-lhe outro e ela vota com deve ser", indicou Fernando Anastácio, advertindo que tal é possível desde que não tenha colocado o primeiro boletim - aquele em que se enganou - dentro da urna.

A CNE também tem reporte da situação dos cartazes com o fundo do ADN e os líderes da AD, que será vista em conjunto com o tema dos boletins de voto, apontou o porta-voz.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), cerca de 25,21% dos 10.819.122 eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje tinham votado até às 12:00, o que representa uma percentagem de participação superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 23,27%.

Cerca de 25,21% dos 10.819.122 eleitores inscritos nas eleições legislativas deste domingo tinham votado até às 12:00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o MAI, até ao meio-dia votaram 25,21%% dos eleitores, uma percentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 23,27% dos eleitores.

Inês Sousa Real a votar.
ANTONIO COTRIM/Lusa

"Eu recordo que fazemos este ano 50 anos em que assinala o 25 de Abril, é uma data por demais importante para que a abstenção saia novamente vencedora. Esta é uma oportunidade para nós reforçarmos a nossa democracia", salientou Inês Sousa Real.

A cabeça lista do PAN por Lisboa falava aos jornalistas depois de ter exercido o seu direito de voto cerca das 10:40 em Lisboa.

A ambição de voltar a ter um grupo parlamentar e a afirmação como principal força progressista com políticas verdes marcaram a campanha do PAN, que criticou o conservadorismo da AD e a falta de obra feita do PS.

Depois de ter conseguido eleger André Silva em 2015, o PAN assegurou quatro lugares no parlamento em 2019, mas voltou a ter um único representante após as legislativas de 2022.

A presidente do PAN votou na Escola Básica de Telheiras e depois apelou ao combate à abstenção, pedindo mesmo aos eleitores, e fazendo uma alusão aos jogos de futebol,  que "venham votar antes do jogo, por favor, não deixem que seja a abstenção a marcar golos".   

HUGO DELGADO /EPA / Lusa

Rui Rocha escusou-se a falar sobre cenários pós-eleitorais, sublinhando que o dia é para os portugueses "manifestarem a sua vontade democrática", indo às urnas e honrando o legado do 25 de abril.

Na sede da União de Freguesias de Nogueiró e Tenões, em Braga, onde exerceu o seu direito de voto, Rui Rocha apelou à afluência às urnas, para que os portugueses escolham "o país que querem" e os deputados que podem interpretar melhor esse país.

"O desafio que queremos fazer é que as pessoas votem, têm esta oportunidade, têm a oportunidade de celebrar o 25 de abril antecipadamente, votando em liberdade, escolhendo o país que querem, escolhendo os intérpretes, os deputados que podem interpretar melhor esse país, que querem", sublinhou aos jornalistas.

Admitindo que os políticos "podem sempre fazer melhor" para contrariar a abstenção, Rui Rocha vincou que o voto é uma oportunidade única para definir o país que querem para os seus filhos e netos.

Afirmou que o seu compromisso é deixar para as próximas gerações um país melhor.

"O país que eu espero é um país, sobretudo, em que tenhamos a possibilidade de as gerações poderem deixar às futuras gerações um país melhor. É um compromisso que nós temos para todas as gerações e que as gerações que vêm a seguir a nós tenham um país melhor", estimou.

Rui Rocha lembrou que este ano se comemora cinquentenário do 25 de abril e defendeu que "a melhor forma de honrar o legado" da revolução é votar e escolher o futuro do país.

Em relação a cenários pós-eleitorais, o líder da IL disse não ser dia para falar do assunto, lembrando apenas que já teve oportunidade "de manifestar repetidas vezes" a sua posição.

"Neste momento, é dia de os portugueses votarem. O que estamos a fazer neste momento é escolher os deputados de cada círculo que melhor corporizam ou melhor interpretam o país que queremos e isso é fundamental. Vamos deixar os portugueses em liberdade votarem em liberdade. E é isso que hoje se decide, pois a decisão dos portugueses será aquela que entenderem", referiu.

Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, foi o primeiro líder político a exercer o voto neste domingo. 

Antes de se deslocar para Lisboa, indicou aos jornalistas que "as expetativas são as melhores" e o voto deve servir para os portugueses escolherem o país que querem ter. 

Paulo Raimundo, líder do PCP, a votar.
Manuel Almeida/Lusa

O secretário-geral do PCP já votou hoje pelas 10:05 para as eleições legislativas, manifestando confiança numa grande afluência às urnas após exercer o direito de voto na escola básica de Alhos Vedros, na Moita (distrito de Setúbal).

"Estamos nos 50 anos do 25 de Abril, é um bom momento para afirmar Abril também por essa perspetiva do direito ao voto, que custou tanto a conquistar e era uma boa forma de afirmar Abril com uma grande participação eleitoral", afirmou Paulo Raimundo aos jornalistas, depois de depositar o boletim de voto na urna da secção 16.

As mesas de voto estarão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

Concorrem a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.

Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.

Rui Tavares, líder do Livre, a votar.
André Kosters/Lusa

Rui Tavares, líder do Livre, já votou na Escola Gil Vicente, em Lisboa.

A seguir falou aos jornalistas sobre a importância do direito ao voto, dizendo mesmo que é "um dever de todos participar nos destinos do país".   

Rui Tavares salientou ainda que cada voto "vale o mesmo", haja "mais ou menos dinheiro na conta".

"Este dia em que somos todos iguais, em que o voto vale o mesmo para cada um e cada uma, não há quem tenha mais dinheiro na conta e menos dinheiro na conta, o voto vale ao mesmo", apontou.

O dirigente do Livre e cabeça-de-lista por Lisboa considerou ainda que a abstenção em atos eleitorais "é sempre uma preocupação" tal como a "atualização dos cadernos eleitorais".

"É muito importante que toda a gente vá votar, que toda a gente exerça o seu direito, mas também é o dever de todos nós como cidadãos da mesma comunidade, do mesmo país, participar na definição dos destinos desse país", apelou.

Rui Tavares rejeitou nervosismos para já, acrescentando que vai passar a tarde com a família até à noite eleitoral do partido, que terá lugar no Teatro Thalia, em Lisboa.

Pedro Nuno Santos a votar
JOSE SENA GOULAO / Lusa

O secretário-geral do PS votou antes das 12:00 na Escola Básica de Telheiras, em Lisboa, referindo aos jornalistas, que o dia hoje é sobretudo para apelar à participação, pedindo mesmo aos portugueses que não fiquem em casa.  

Pedro Nuno Santos, que surgiu na mesa de voto acompanhado pelo filho, referiu aos jornalistas que "este é um dia maior da nossa democracia. É um dos mais importantes da nossa vida coletiva ao qual não devemos falahar".

Depois de tirar algumas selfies com eleitores presentes na escola de telheiras onde votou, Pedro Nuno Santos ainda disse que o PS é "um partido da democracia. Vemos sempre este dia com entusiasmo e ânimo".

Luís Motenegro a votar em Espinho.
José Coelho/Lusa

O líder da Aliança Democrática Luís Montenegro, já votou na Escola Primária, em Espinho, distrito de Aveiro, manifestando-se "tranquilo" e dizendo que hoje "é um dia marcado pela alegria, esperança e futuro". 

O também líder do PSD referiu ainda aos jornalistas esperar que "todo o processo decorra com muita participação e que espera que a vontade  popular se possa expressar", esperando que o mau tempo que se faz sentir nalgumas zonas do país não esmoreça a vontade de os portugueses para exercerem o seu direito se voto.

O líder do CDS-PP, Nuno Melo, partido que integra Aliança Democrática (AD), com o PSD e o PPM, também já votou no Porto e mostrou-se confiante num bom resultado, acreditando que será um  "dia histórico" para o CDS.

"Sei como as pessoas receberam a AD. Creio que será um dia histórico e único. O apelo que faço às pessoas é que votem e celebrem a democracia. Mais logo estarei em Lisboa a aguardar os resultados e farei a declaração que essa vontade popular justificar", disse Nuno Melo.

António Costa a votar na eleições legislativas de 10 de março.
CARLOS M. ALMEIDA/Lusa

Eram quase 12:30 quando o primeio-ministro demissionário, António Costa, votou na Secção 26 da Escola José Salvado Sampaio, em Benfica, onde, de resto, já costuma exercer o seu direito de voto. 

António Costa chegou acompanhado da mulher, que se dirigiu a outra secção de voto, e teve ainda de esperar alguns minutos na fila para poder votar.

Já fora, disse aos jornalistas que, em primeiro lugar, tinha de saudar todos os aqueles que hoje estão a prestar um serviço cívico ao país, estando em mesas de voto ou em outras funções e às forças de segurança.

Depois, António Costa sublinhou que o ato eleitoral de hoje "é muito importante" já que estamos a "um mês de celebrar os 50 anos do 25 de Abril" e "não há melhor forma de celebrar a democracia exercendo o direito ao voto". Por isso, reforçou, "o importante, hoje, é votar".

Questionado sobre como iria passar este dia e assistir aos resultados, António Costa menciou que "em quase 30 anos" seria a primeira vez que "não sou candidato", sentindo-se um pouco com os jogadores que deixam de jogar e passam para a bancada como adeptos.

E nesta condição, de adepto, disse ser um adepto preocupado e, ao contrário de Eusébio - com quem disse ter visto muitos jogos do Benfica na bancada e que usava uma toalha onde se agarrava para combater os nervos e o stress - vai tentar concentrar-se num puzzle. 

O presidente do Chega votou na escola básica do Parque das Nações, em Lisboa, e disse aos jornalistas estar "muito confiante e otimista". Sobretudo porque "tem tido informação" de uma forte participação eleitoral em muitas mesas de voto e muitos jovens a exercerem o seu direito de voto. 

"É um dia que todos, e em pé de igualdade, têm força e o direito e a prerrogativa de mudar o país", acrescentando: "Espero que ninguém fique em casa".  

O ex-Presidente da República e ex-primeiro-ministro pelo PSD, Aníbal Cavaco Silva, já votou em Lisboa na zona da sua residência, em Campo de Ourique, dizendo aos jornalistas ter ficado surpreendido com o número de pessoas a votar durante a manhã, naquele local. 

"Olhando para a secção de voto pareece-me haver mais gente a votar nesta manhã do que nas anteriores eleições, talvez receiem que o tempo pior da parte da tarde".

Questionado sobre a abstenção, Cavaco Silva sublinhou que todas as eleições são importantes, mas que hoje "é muito important votar". "Está em causa a escolha para um novo governo e um novo primeiro-ministro para Portugal".  

Coordenadora do Bloco de Esquerda já votou na Escola Básica N.º 1 de Lisboa, na freguesia de Arroios, e disse aos jornalistas ter ficado muito contente por ter de estar em filas para exercer o seu direito de voto. "Acredito e tenho esperança que as pessoas vão votar com convicção. É a melhor forma de comemorarmos e exercermos a democracia que conquistámos há 50 anos".

Mariana Mortágua referiu ainda que a sua "expectativa é que muita gente vá votar, que este seja um dia de celebração da democracia", disse a líder do BE depois de ter votado na Escola Básica N.º1 de Lisboa, na freguesia de Arroios.

Mariana Mortágua recordou que "há 50 anos houve tanta gente que lutou para que o voto passasse a ser um direito, livre", esperando que "essa força da democracia seja hoje posta em prática no exercício do voto".

"Estamos no ano em que celebramos 50 anos do 25 de Abril e eu acredito que as pessoas vão votar e que vão votar por convicção. Essa é a melhor forma de comemorarmos e de exercermos a democracia que conquistámos há 50 anos e que temos que celebrar, não só do ponto de vista simbólico, mas todos os dias e em particular no dia das eleições", pediu.

"É sempre um bom sinal e por isso fiquei aqui feliz hoje por ter esperado alguns minutos para votar", admitiu.

Os 230 deputados eleitos nas legislativas de hoje iniciam funções na primeira sessão plenária da XVI legislatura, que, a repetirem-se os prazos habituais, deverá realizar-se entre fim do mês e o início de abril.

Nessa ocasião, a XV legislatura arrancou quase dois meses depois das legislativas de 30 de janeiro, a 29 de março, uma vez que a publicação dos resultados finais derrapou para 26 de março.

O XXIII Governo Constitucional tomaria posse um dia depois, exatamente dois meses após as eleições e entrou em funções plenas a 08 de abril, após apreciação do seu programa.

A data da primeira sessão parlamentar está dependente de vários prazos legais, mas, nas legislaturas anteriores às de 2022, tem demorado entre 15 e 19 dias, o que atiraria a primeira sessão plenária para a semana entre 25 e 29 de março.

No entanto, nas últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, o processo de transição política foi muito mais demorado devido à repetição de eleições no círculo da Europa, determinada pelo Tribunal Constitucional por terem sido misturados votos válidos com votos nulos em 151 mesas de voto.

O futuro Governo que resultar das legislativas de hoje não tem prazo legal para tomar posse, mas o processo tem levado em média cerca de um mês, embora em 2022 tenha demorado o dobro.

De acordo com a Constituição, um Governo só entra em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado, o que tem de acontecer num máximo de dez dias após o executivo ter sido empossado.

No entanto, não existem prazos legais para que o Governo tome posse ou seja proposto pelo primeiro-ministro indigitado ao Presidente da República.

Em média, nas últimas duas décadas, os executivos entraram em plenitude de funções pouco mais de um mês depois das legislativas.

O anterior Governo, o XXIII Governo Constitucional, só entrou em plenitude de funções em 08 de abril de 2022, 68 dias depois das eleições de 30 de janeiro.

O processo pós-eleitoral de há dois anos foi mesmo o mais longo do século XXI - devido à repetição de eleições no círculo da Europa, determinada pelo Tribunal Constitucional por terem sido misturados votos válidos com votos nulos.

O líder do Iniciativa Liberal Rui Rocha vai votar pelas 10:00h no Centro Cívico de Nogueiró, em Braga. À mesma hora, na Escola Básica de Alhos Vedros, na Moita, Setúbal, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP estará a fazer a mesma coisa. Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, estará pelas 10:30h a votar exercer o seu direito de voto, na Escola N.º 1, Largo da Escola Municipal, em Arroios. 

O líder do Livre, Rui Tavares, votará também pelas 10.00h na Escola Gil Vicente, no bairro da Graça,em Lisboa. A líder do PAN, Inês Sousa Real, pelas 10.30 na Escola Básica de Telheiras, em Lisboa.

Pelas 11.00h será a vez de Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, votar também na Escola Básica de Telheiras, em Lisboa. Mas à mesma hora, em Espinho, estará Luís Montenegro a votar na Escola Primária n.º 2. Por volta das 12.00h será a vez do líder do Chega, André Ventura, votar na Escola Básica do Parque das Nações,em Lisboa.

A votação para as eleições legislativas de hoje está "na generalidade do país a acontecer com normalidade", disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

 As mesas de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.

As mesas de voto estarão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

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