O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, lançou críticas aos partidos de esquerda, que acusa de alertarem para políticas que não constam do seu programa eleitoral no que toca a áreas como a Segurança Social. “Não vale a pena agitarem papões”, disse nesta segunda-feira, no final de uma arruada pelo centro de Lisboa.Horas depois do debate dos partidos com representação parlamentar nas rádios, e no dia seguinte ao debate televisivo em que foi atacado pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, Rui Rocha respondeu que “a esquerda tem absoluta falta de soluções para o país”, contrapondo aquilo que disse serem “propostas testadas que trouxeram prosperidade a muitos países europeus”.Rui Rocha salientou que grande parte dos jovens com que falou durante a arruada, que foi do Campo Pequeno ao jardim do Arco do Cego, passando pela Praça do Saldanha, disseram que põem a hipótese de emigrar para a Alemanha, um dos países que a IL tem como exemplo para o que deverá ser Portugal. . Sobre os cenários pós-eleitorais, nomeadamente no que toca a um possível entendimento de governação com a AD, o líder da IL disse apenas que “saberemos interpretar as decisões dos portugueses e estar à altura das circunstâncias”. E, num recado implícito à coligação liderada por Luís Montenegro, acrescentou que “os outros vão ter que ver se têm ritmo para acelerar Portugal”.Pouco antes de Rocha começar a fazer as declarações para os jornalistas que acompanharam a ação de campanha eleitoral, um jovem insurgiu-se contra a comitiva, dizendo que “a habitação está f…”. Sem ir tão longe, o líder partidário reconheceu que “o que se passa na habitação em Portugal é um escândalo”, prometendo soluções numa legislatura “que tem de ser de mudança”.E, apesar de ter privilegiado contactos com os mais jovens - incluindo a própria filha, que encontrou a comitiva de poucas dezenas de apoiantes na Praça do Saldanha -, Rocha garantiu que o seu partido “de confiança, responsável e reformista” apresenta medidas para todos os eleitores, alavancadas no crescimento económico, necessário para resolver problemas como a elevada carga fiscal e as pensões baixas.